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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Conversa para boi dormir?

O século 21 começa com uma dúvida inquietante: por que os bois não pastam mais virados para o mesmo lado? É os cavalo tbm.


20.01.16
Algumas anotações sobre recente viagem de carro pela BR-290 até o Alegrete:
* O bois sempre pastaram virados para o mesmo lado. Há estudos que comprovam: uma boiada fica com a cabeça na posição norte-sul, por causa da gravidade da Terra. Mas vi agora que os bois e os cavalos estão virados para todos os lados. Deve ser efeito do individualismo neoliberal. Até os bois e os cavalos
perderam o sentido do coletivo.
* Há cada vez menos bois para observar. A campanha está tomada por lavouras de soja e florestas de eucaliptos. Há placas no acostamento , entre São Gabriel e Caçapava, com esse alerta: "Atenção, zona agrícola". Regiões onde antes alertavam para os tatus peludos que atravessavam a estrada agora alertam para o trânsito de tratores e colheitadeiras.
* O GPS, como já observaram os Fagundes, é absolutamente inútil para quem vai a Alegrete. O mundo mudou muito, mas a 290 continua em linha reta. Você pode precisar de GPS para ir a Itaqui ou a Espumoso, mas não a Alegrete. Quando fizeram a 290, os militares decidiram que chegar a Alegrete deveria ser mais fácil do que ir a Roma. Alguém pode dizer que é também assim, pelo retão da BR, que se chega a Uruguaiana. Mas antes se passa por Alegrete.
* Há trechos com limites variados de velocidade na 290. Os trechos mais esburacados têm sinalização de limite de 100 km/h. Nos melhores trechos, é o contrário, cai para 80 km/h. Os trechos com um e outro limite vão se alternando. Deve ser para que a viagem não fique cansativa.
* Os argentinos continuam vindo, apesar da crise. Mas só há carrões na estrada. Foi-se o tempo em que vinham famílias inteiras dentro de uma lata. Um funcionário de restaurante de beira de estrada me disse que a cada ano aparecem menos argentinos. Em pouco tempo não teremos mais argentinos. Até que um dia o governo inventará um plano em que um peso vale um dólar e começará tudo de novo. E os argentinos voltarão em massa. Depois, eles quebrarão mais uma vez. E assim vai.
* A 290 é uma das mais bem traçadas estradas do Brasil. Foi feita nos anos 60, quando, dizem, nada era superfaturado. Mas até os terneiros tataranetos dos bichos que testemunharam a construção da estrada sabem que isso é conversa pra boi dormir com o rabo virado pra Brasília.

             Foto ilustrativa deste Blogueiro

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Marta Sfredo: nem 8 nem 88 bilhões Nesta quinta-feira o mercado vai dizer, nas negociações com ações, se o balanço divulgado pela Petrobras zarpou bem ou ancorou mal

22/04/2015 | 22h33
Poucas vezes um balanço de companhia aberta foi tão esperado e tão discutido. E menos vezes ainda importou tão pouco a chamada "última linha" – lucro ou prejuízo líquido dos exercícios, tanto do terceiro trimestre quanto de todo o 2014. As especulações de mercado para o ano passado iam de ganho ao redor de R$ 20 bilhões a perda perto de R$ 5 bilhões. O prejuízo acima de R$ 20 bilhões surpreendeu.
Nesta quinta-feira o mercado vai dizer, nas negociações com ações, se o balanço zarpou bem ou ancorou mal. A bolsa nesta quarta-feira inverteu até uma de suas máximas – subir no boato para cair no fato – e teve queda expressiva no valor das ações da estatal, superior a 3%, para fechar quase no zero a zero. É um reflexo da opacidade.
http://cdn.rbs.com.br/resources/jpg/8/4/1428511956148.jpg
Para a maioria dos brasileiros, o que mais interessa é o registro da perda com corrupção. Para os analistas, há outra palavra-chave antes da última linha, o que o pessoal da contabilidade chama de "impairment". Em tradução literal, quer dizer "deterioração".
Na prática, refere-se à diferença entre o valor contabilizado e o considerado justo para um ativo – uma refinaria ou uma plataforma, por exemplo. Foi a soma desses dois critérios que fez a antiga diretoria informar que as perdas chegariam a R$ 88,6 bilhões.
Quem conhece a Petrobras avalia que o número selou o destino da então presidente Graça Foster. No pedido às consultorias internacionais para que fechassem um valor às pressas, teria faltado computar as sinergias da estatal, que não são pequenas.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

"Nem tudo é Festa" o Governo de 15 anos nada Fez. Leia que vcs entenderam nem a Samu tem equipe disponiveis


Em meio à comemoração organizada pelo governo para celebrar o fim dos pedágios que tanta polêmica provocaram nos últimos 15 anos, sobra pouco espaço para uma discussão serena sobre o futuro das estradas, sobretudo das federais no Rio Grande do Sul. Com exceção da ERS-122, entre Caxias e Farroupilha, as estaduais continuarão a ter pedágio, administrado pela Empresa Gaúcha de Rodovias, com preço inicial de R$ 5,20 para carros. As BRs dependerão do Dnit, que terá de incluir despesas em seu já apertado orçamento.
Terá o governo federal fôlego para manter as estradas em condições mínimas de trafegabilidade? Com a chegada do inverno e do período de chuvas, em que aumenta o desgaste do asfalto, as rodovias devolvidas à União precisarão de manutenção imediata, para que um pequeno buraco não se transforme em cratera por falta de reparo. O governo tem dito que o Dnit vai contratar empresas para fazer a conservação das estradas, mas esse é um processo que não se faz do dia para a noite.
Se é verdade que as concessionárias não fizeram obras estruturais, até porque os contratos não exigiam, também é verdade que as estradas estão incomparavelmente melhores do que eram antes dos pedágios. Só discorda dessa avaliação quem tem memória fraca (ou seletiva, por questões políticas) ou não andava pelas estradas gaúchas antes de 1998. O usuário vai economizar dinheiro com o não pagamento de pedágio e esse dinheiro, como disse o governador Tarso Genro na sexta-feira, será injetado na economia local. Mas a manutenção das estradas é cara e o dinheiro para tanto terá de sair dos impostos. Como não há dinheiro sobrando, o governo terá de remanejar e escolher uma área ou obra para sacrificar.
Nos últimos 15 anos, os usuários vociferaram contra os pedágios, mas se acostumaram com alguns luxos que deixarão de existir nas estradas federais, como banheiro, fraldário, socorro mecânico, guincho e ambulâncias acionadas rapidamente. Agora, em caso de acidente, tanto nas estaduais quanto nas federais, será preciso chamar o Samu mais próximo, que nem sempre tem equipes disponíveis Com certeza ainda mais agora perto das eleições, depois para tapar os buraco o povo paga. Sempre foi assim que pensaram e não mudaram enquanto nós formos cordeirinhos.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Garoto Murilo de São José do Norte, já e uma realidade no futebol Gaúcho.um craque surge no Beira Rio. Um orgulho para o seu Lilo lá Quinta secção da Barra. Parece mentira mas pela primeira vez vibrei com um gol do inter. Da-lhe Murilo..............







 


Com a vitória de 2 a 1 sobre o Passo Fundo, o Inter sub-23 manteve o aproveitamento de 100% no Campeonato Gaúcho. Em um jogo muito disputado, no Vermelhão da Serra, os gols colorados foram marcados por Aylon e por Murilo.
JOGO AO VIVO: relembre os lances de Passo Fundo x Inter
Abel Braga se reunirá nesta segunda-feira com o departamento de futebol a fim de decidir se o elenco principal assumirá o Gauchão, a partir de quarta-feira, contra o São Paulo-RG, no Estádio do Vale, ou se o sub-23 receberá reforços dos reservas do grupo de Abel para a próxima rodada.

Nem bem havia começado o jogo quando os guris de Clemer já marcavam o 1 a 0. Foi assim: Lenílson chutou cruzado e Alisson defendeu; defendeu e lançou com precisão para Raphinha correr quase do meio-campo em diante. O lateral-esquerdo lançou Murilo (eleito o melhor jogador do Brasileirão sub-20) na área, que deslocou do goleiro e encontrou Aylon às costas da zaga. O atacante apenas encostou para o gol vazio.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Aos 50 anos de militância, Raul Pont anuncia nova frente de luta




A militância política de Raul Pont iniciou há cerca de 50 anos na luta contra a ditadura civil-militar implantada no Brasil a partir do golpe de 1964 que derrubou o governo de João Goulart. De lá para cá, dedicou sua vida à política, pela esquerda. Fundador do PT, deputado estadual, deputado federal, prefeito de Porto Alegre e candidato à presidência nacional do partido em 2005, Pont anunciou na última semana que não pretende concorrer na eleição de 2014 (é deputado estadual no Rio Grande do Sul) e que vai centrar sua atividade política fora do parlamento.
A entrevista é de Marco Aurélio Weissheimer e publicada por Carta Maior, 01-09-2013.
Na entrevista Raul Pont fala sobre as razões de sua decisão, critica o atual modelo eleitoral do país (“está podre”) e a crescente influência do poder econômico na vida política brasileira, inclusive no PT.
“Para mim, a militância parlamentar é uma militância como qualquer outra. Não faço carreira disso. A maior parte da minha vida política ocorreu fora do parlamento”, diz o dirigente petista que pretende dedicar parte de sua atividade política agora a convencer filiados e militantes do PT que é preciso combater a influência do poder econômico dentro do partido e as práticas que ela engendra, como o inchaço do Colégio Eleitoral no Processo de Eleições Diretas (PED) deste ano. O Diretório Nacional revogou, por maioria, regras que haviam sido aprovadas no último Congresso do partido estabelecendo critérios mais rígidos para a participação de filiados nas eleições internas.
“A atual direção do partido defendeu que não poderíamos baixar o número de votantes (em relação ao último PED) pois passaria uma imagem negativa para fora. Esse foi o argumento apresentado no Diretório Nacional que, por maioria, começou a afrouxar as regras. Nos últimos dias, há uma verdadeira explosão do quórum do colégio eleitoral (...) Eu prefiro mostrar para fora um partido real, com regras claras e bem definidas, do que um partido do inchaço. E agora estamos diante de um novo inchaço que vai deslegitimar o processo eleitoral”, critica Pont, advertindo:
“Ou nós conseguimos convencer um grande número de militantes que esse tipo de prática é um câncer dentro do partido, ou o partido vai morrer canceroso e nós vamos ter que construir outro e começar de novo”.
Eis a entrevista.
Como se deu e quais são as razões de sua decisão de não concorrer à reeleição em 2014?
É uma decisão pessoal que, evidentemente, ainda pode estar subordinada a um debate político no partido ou na minha própria corrente [a Democracia Socialista]. Mas a minha disposição pessoal é de não concorrer. É claro que não há um único motivo ou uma única razão para isso. O primeiro deles tem a ver com o sistema eleitoral que nós temos. Eu não estou descobrindo agora que esse sistema não é bom ou que acho ele antidemocrático. Eu luto e brigo contra isso há décadas. A primeira coisa que fiz quando fui deputado federal foi tentar levar adiante uma emenda constitucional que buscava estabelecer um mínimo de igualdade e identidade na representação proporcional dos estados. Não consegui apoio nem nas grandes dos partidos de centro e de direita de São Paulo, que é o maior prejudicado no modelo atual. Voltei para o Rio Grande do Sul e o projeto foi arquivado.
Naquele momento, a questão do poder econômico não estava tão acentuada e as nossas campanhas no PT ainda não estavam dominadas por essa lógica dos demais partidos. Ainda eram candidaturas muito coletivas. De lá para cá, e principalmente nas últimas eleições, a partir de 1998 e 2002, com a eleição de Lula, onde nós batemos no teto na representação federal, nós só patinamos.
Mesmo com o partido crescendo, mesmo possuindo mais deputados estaduais, mais diretórios, mais filiados e militantes, com governos federais a favor, o tamanho da bancada federal parou de crescer. Ao contrário, estamos diminuindo o número de nossos deputados federais, ainda que se eleja o presidente da República três vezes seguidas, e a influência do poder econômico só vem se exacerbando.
Um estudo da Consultoria Legislativa da Câmara Federal mostra que, na eleição de 2010, 370 deputados foram eleitos combinando a condição de candidaturas mais caras (entre as 513 candidaturas mais caras do país). E isso tende a continuar. O valor das contribuições empresariais dobra ou mais do que dobra a cada eleição, chegando a quase 5 bilhões de reais na última campanha. Isso do que foi declarado. Houve muita triangulação dentro dos partidos e o que corre sem declaração é incalculável. Assim, trabalhando só com os dados do Tribunal Superior Eleitoral, temos, na última eleição, quase 5 de bilhões de reais doados por pessoas jurídicas para candidatos. E são doações para candidatos, não para os partidos. Os candidatos são escolhidos a dedo por essas empresas, em todos os partidos, inclusive o nosso. O número de empresas dispostas a financiar candidaturas dentro do PT cresce de maneira assustadora.
Eu nunca me elegi desse jeito. Nunca pedi dinheiro para empresa, banco ou latifundiário. A eleição hoje está cada vez mais difícil. Esse é um dos motivos pelos quais decidi não concorrer no ano que vem. É um protesto mínimo e uma espécie de denúncia de que esse sistema está podre e dominado pelo poder econômico, e o será cada vez mais.
E quais seriam os outros motivos?
Para mim, a militância parlamentar é uma militância como qualquer outra. Não faço carreira disso. A maior parte da minha vida política ocorreu fora do parlamento. Comecei a militar 50 anos atrás e não tinha a mínima ideia ou pretensão de ter algum cargo. Militava no movimento estudantil, no Sindicato dos Bancários. Em 1964, eu era bancário e comecei a estudar História na UFRGS. A minha militância começou efetivamente na resistência ao golpe militar em março de 64. De lá para cá eu não parei e na maior parte da minha militância não precisei de mandato, atuando até em condições muito mais adversas que a atual. Então, para mim o parlamento não é o único espaço de atuação. Há o partido, sindicatos, entidades sociais, o trabalho que posso fazer como professor universitário na área de ciência política. Posso contribuir também com a formação política dentro do partido.
Tenho 50 anos de militância. Vou completar 70 anos de idade no ano que vem. É claro que isso cansa e a minha vitalidade não é a mesma dos meus tempos de estudante e de jogador de basquete. Acho que o partido precisa se renovar e abrir espaço para novos quadros. Votei a favor do limite de mandatos no último Congresso do PT (que aprovou um limite de três mandatos). Acho que é um bom exemplo sinalizar para a juventude, para outros companheiros e companheiras que estão com mais vitalidade, mais pique, e que respondem também a uma nova conjuntura. Depois de 30, 40 anos, a vida de um partido político, principalmente num caso como o do PT que teve um crescimento muito rápido, tende a uma certa burocratização, à consolidação de funções e cargos de direção e representação parlamentar, que vai acomodando as pessoas. Temos que ter regras e práticas como o direito de tendência, o limite de mandatos ou a quota de 50% de gênero nas direções partidárias (também adotada pelo PT no seu último Congresso) para evitar que isso ocorra.
Se tem algum partido hoje no Brasil preparado para não fossilizar esse partido é o PT. Ele tem um processo muito dinâmico. Agora mesmo, no dia 10 de novembro, nós vamos eleger todas as nossas direções - municipais, estaduais e nacional – pelo voto direto dos filiados. As correntes do PT são dinâmicas, compõem maiorias e minorias. Quem é minoria está brigando para ser maioria, etc. Isso dá um dinamismo muito superior às experiências que a esquerda teve na Europa e na própria União Soviética, onde os aparatos partidários fossilizaram e se transformaram em burocracias vinculadas ao Estado. Penso que a grande contribuição que o PT traz para a teoria partidária no Brasil é a introdução de novas regras internas como a garantia de uma quota de 50% de gênero nas direções partidárias. Só isso já vai ser uma mudança muito grande nas direções do PT.
Mas não conseguimos ainda fazer uma reforma política e o que dá o tom do sistema hoje é a regra do jogo. O predomínio do poder econômico, o sistema de voto nominal que fortalece o indivíduo, enfraquece o partido e liquida com a ideia de identidade de programa, de projeto, torna o candidato cada vez menos um candidato do partido e mais um candidato da empresa ou do grupo econômico que o financiou. Ele passa a ser um lobista daquele grupo econômico e não mais um sujeito comprometido com a base que o elegeu.
Hoje temos a bancada ruralista, a bancada do setor financeiro, a bancada identificada com os interesses automobilísticos, a bancada dos agrotóxicos, das igrejas evangélicas, sem que alguém tenha votado para isso. As pessoas votaram em indivíduos que, teoricamente, se apresentaram como sendo de um partido. Esse sistema está falido, quebrado e é cada vez mais antidemocrático e corruptor.
Como até agora não conseguimos mudá-lo, vamos ter que continuar tentando. E eu não pretendo continuar lutando aqui dentro (da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul). Vou lutar lá fora. Vou continuar escrevendo sobre isso, denunciando essas práticas, ajudando a organizar as pessoas em favor de outro modelo de política. Acho uma tarefa importante que pretendo continuar cumprindo por toda a vida. Não estou saindo da política, estou saindo do parlamento, de uma representação parlamentar.
Esse aumento do poder econômico no sistema político e dentro dos partidos parece que só vem crescendo nas últimas eleições. Quando a gente acha que a situação não pode piorar ela piora um pouco mais, como aconteceu essa semana com a aprovação da PEC do Orçamento Impositivo, que obriga o governo a pagar todas as emendas individuais dos parlamentares ao orçamento da União, até o valor de R$ 10 milhões por deputado e senador.
Exatamente. Há algumas coincidências que são impressionantes. O mesmo Congresso que não consegue votar o fim da guerra fiscal, um mínimo de reforma tributária para o país, a reforma política e eleitoral, um imposto sobre as grandes fortunas, coisas que todos dizem serem justas e necessárias, no meio dessa crise toda, 376 deputados, com toda a facilidade e rapidez, aprovam uma proposta de clientelismo impositivo.
As emendas parlamentares, por si só, já são uma excrescência da política, um clientelismo escancarado, a antessala da corrupção. Todo mundo que já passou por uma prefeitura sabe disso. De certa forma, é a legalização da corrupção e do clientelismo. Com exceção do PT que, para meu desgosto e contrariedade, liberou o voto, todos os demais partidos, inclusive os ditos esquerdistas do PSOL, votaram favoravelmente. Esses partidos orientaram o voto ‘sim’ nos dois turnos. Como o PT não fechou questão, ao menos os deputados que integram a Mensagem ao Partido e alguns outros votaram contra (outros 40 deputados do PT votaram a favor).
Mas a nossa bancada deveria ter fechado questão. Aqui expresso uma contrariedade, não com o sistema eleitoral, mas com atual executiva nacional do partido Eu sou parte da direção, mas sou minoria dentro do Diretório desde a fundação do partido. Como é que essa direção coordenada pelo Rui Falcão, que é o presidente do partido, sequer estabelece uma orientação para a bancada. Pode até perder. Mas se você não orienta, não diz que determinada política está errada, fica difícil. Ninguém defende que essa PEC é uma política correta e republicana. Se todos os partidos orientam o voto ‘sim’ e o nosso libera o voto, nem o nosso partido se distingue. Nós nos diluímos no oportunismo, na submissão, na cumplicidade com práticas que ninguém consegue defender abertamente.
Como é que você quer que o eleitor, olhando para isso, vá confiar nos partidos políticos. Nós estamos afundando um processo de representação democrática duramente alcançado, que não é nenhum paraíso, mas que é superior às ditaduras e a muitas democracias já completamente dominadas pelo poder econômico como é o caso dos Estados Unidos. Essa lógica é mortal para o sistema democrático e só favorece o autoritarismo e saídas fascistas.
Os conceitos estão completamente confusos. Este ano vimos pessoas na rua gritando coisas como “ninguém nos representa”. Mas quem representa então? Existe outro partido em gestação que vai representá-los? O sistema é todo igual? Os partidos são todos iguais? Vamos criar a cada luta, a cada greve um novo partido que representa essa luta específica? Não. Há um acúmulo necessário para isso, um processo de identificação que nem sempre pode ser de cem por cento. Acho que o descrédito que está se criando hoje no Brasil é perigosíssimo, pois ele conduz às famosas saídas messiânicas de algum militar de plantão ou de algum populista autoritário querendo impor uma nova ordem.
Nós já vivemos isso. Como eu tenho 50 anos de experiência nas costas, sei bem como são essas coisas. Seria um desastre para nós um retrocesso desse tipo. Por isso eu quero lutar para ter partidos que controlem e punam os eleitos quando for o caso, para que os eleitos tenham fidelidade partidária, que sejam subordinados ao partido para votar as resoluções nas assembleias e nas câmaras. É essa noção de partido que precisamos fortalecer para termos uma democracia confiável com um mínimo de legitimidade. E nós estamos indo no caminho oposto. Já vimos outras vezes como, em momentos como este, sempre aparece um Castelo Branco, um Jânio Quadros, a figura salvadora da humanidade que, de maneira autoritária, resolve tudo.
Na sua avaliação, essas preocupações estão presentes nos debates do Processo de Eleições Diretas, pelo qual o PT renovará, pelo voto dos filiados, todas as suas direções agora em novembro?
O problema é que esses vícios do poder econômico vão para dentro do partido. O nosso estatuto e o nosso código de ética proíbem tais coisas. O artigo 14 do Código de Ética, por exemplo, diz que o que foi feito na votação da PEC que tornou as emendas parlamentares impositivas é proibido no PT. Os deputados que votaram a favor dessa medida, que é flagrantemente clientelista e contrária a critérios republicanos e democráticos no gasto público, tinham que ser punidos, suspensos. Praticamente a metade da bancada teria que ser suspensa. Ou essas pessoas são enquadradas ou então que se rasgue o código de ética.
Nós estamos em plena disputa interna no PT. O quarto congresso do partido, talvez sensível a esse quadro das ruas que já se expressava no ano passado, aprovou regras e normas bastante rígidas para esse Processo de Eleições Diretas que vivemos agora. Essas regras fariam com que o tamanho do colégio eleitoral apto a votar caísse drasticamente. Dos 1,7 milhão de filiados, que o PT tem hoje aproximadamente, votaria um número muito menor. A maioria desses filiados não paga as contribuições mensais. Há inclusive dirigentes partidários, cargos de confiança e parlamentares que não estão com as contribuições em dia. Se a regra aprovada no congresso fosse para valer, teríamos algumas dezenas de milhares de filiados aptos a votar neste PED (no último PED votaram cerca de 500 mil filiados).
Diante desse cenário, a atual direção do partido defendeu que não poderíamos baixar o número de votantes pois passaria uma imagem negativa para fora. Esse foi o argumento apresentado no Diretório Nacional que, por maioria, começou a afrouxar as regras. Nos últimos dias, há uma verdadeira explosão do quórum do colégio eleitoral, um crescimento exponencial do número de eleitores, com evidente incidência do poder econômico, colocando em dia as contribuições de filiados. Há filiados pagando por outros, filiados que descobrem que alguém já pagou a sua contribuição e que eles vão poder votar. Só que esse alguém que pagou vai dizer em quem eles devem votar.
Nós discutimos essa questão e fomos derrotados no Diretório. Foi muito conflitivo pois, para nós, o Congresso é uma instância superior ao Diretório e, portanto, este não poderia revogar uma regra aprovada no primeiro. Mas o Diretório, por maioria, acabou mudando as regras, alegando razões de prestígio externo do partido.
Eu prefiro mostrar para fora um partido real, com regras claras e bem definidas, do que um partido do inchaço. E agora estamos diante de um novo inchaço que vai deslegitimar o processo eleitoral. De novo, também no PT, ganha quem compra mais votos. Essa é, infelizmente, a dura realidade que estamos vivendo. É impossível, a cada ano, a gente começar de novo, um novo partido, uma nova sigla. Precisamos travar uma luta interna, pois nestes 33 anos de vida do PT nós construímos uma experiência riquíssima e muito forte. Estamos ultrapassando a casa dos 1,7 milhões de filiados e tenho a certeza de que a maioria dessas pessoas não concorda com esse tipo de método.
Temos aí, portanto, um espaço de trabalho político, de disputa e de convencimento. Mas esse processo de inchaço do colégio eleitoral não deixa de ser um elemento corruptor também. Se isso virar uma prática permanente dentro do partido, que não possa ser revertida no Congresso ou no Diretório do partido, nós vamos ter que pensar outras formas de organização, começar de novo, com todos os problemas que isso implica.
Eu disse há alguns dias numa entrevista que os partidos não têm prazo de validade e também não há nenhum desígnio dos céus dizendo que vai durar 20, 30 ou 100 anos. É a prática social, a identidade dessa luta com a vida, com a realidade, que determina essas coisas. Não sou profeta, não sei bem o que vai acontecer no próximo período. Pela experiência acumulada, a gente sabe que tem coisas que não dão certo. Algumas coisas eu tenho certeza que não darão certo. Mas não sei se teremos capacidade de nos contrapormos a essas práticas. Pode ser que sim, pode ser que não. Acho que neste momento a gente precisa brigar com as regras do jogo que estão na mesa e tentar convencer o maior número possível de militantes de que não podemos abandonar princípios éticos e morais na política. O preço que nos é cobrado depois é muito maior. Ou a política tem outro padrão que não o da força ou das regras do esquecimento, ou nunca vamos conseguir formar cidadãos plenos, com capacidade de discernimento e capazes de construir alternativas melhores.
Ou nós conseguimos convencer um grande número de militantes que esse tipo de prática é um câncer dentro do partido, ou o partido vai morrer canceroso e nós vamos ter que construir outro e começar de novo. Essa é a minha opinião.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Éder Jofre é internado em São Paulo com suspeita de Alzheimer Ex-pugilista tem na carreira dois títulos mundiais


Primeiro brasileiro a conquistar um título mundial de boxe, Éder Jofre está internado desde a tarde desta quinta-feira em um hospital na Vila Mariana, em São Paulo. Aos 77 anos, o ex-pugilista apresenta sintomas de mal de Alzheimer, de acordo com informações do canal SporTV.
O Galinho de Ouro foi internado na última madrugada em um hospital na região do Campo Limpo após apresentar sintomas de perda de memória. Na última tarde, foi transferido para um hospital especializado em doenças desta natureza.
A última aparição pública de Éder Jofre ocorreu no fim de semana passado. Ele foi homenageado durante o torneio Luvas de Ouro, promovido pela Federação Paulista de Boxe, em Santos.
Ao longo de sua carreira, Jofre acumulou dois títulos mundiais: o dos pesos-galos pela Associação Mundial de Boxe, e o dos pesos-penas pelo Conselho Mundial de Boxe. Seu cartel soma 78 lutas, com 72 vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas.

domingo, 9 de junho de 2013

Dops gaúcho ‘fichou’ o primeiro marido de Dilma, cujo nome não foi citado na biografia oficial dela

Dilma Rouseff

Em 14 de março de 1969, a máquina de espionagem da ditadura abriu uma ficha para “Dilma Lana Roussef Linhares” no Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul. Além de um par de erros –é Vana, não “Lana”; é Rousseff, não “Roussef”— a identificação trazia um sobrenome que o tempo apagou da biografia oficial da atual presidente da República: “Linhares”.
A ficha de Dilma é uma das 4,6 mil que o Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul catalogou. Digitalizado, o material foi oferecido à consulta pública na internet, neste final de semana, pelo diário gaúcho ‘Zero Hora’. Tomada pelo poder que detém no presente, essa Dilma de 44 anos atrás –“estudante” e “comunista”– mereceu dos espiões do Dops gaúcho um resumo mixuruca. Apesar disso, a anotação explica o sobrenome desconhecido:
“A nominada é esposa de Cláudio Galeno de Magalhães Linhares (vulgo Lobato), estudante da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG. Está desaparecida e é solicitado pelo SCI a sua prisão, é ligada à organização trotskista recentemente levantada em Belo Horizonte.”
Primeiro marido de Dilma, Cláudio Galeno, mineiro de Ferros, à época estudante de sociologia, participou de uma ação ousada: o sequestro de um avião brasileiro levado do Uruguai para Cuba. Na biografia oficial da ex-mulher, exposta na página eletrônica do Planalto, Galeno é tratado como um clandestino. Foram casados por dois anos. União formal, com registro em cartório. Porém…
O texto da Presidência ignora Galeno. Menciona apenas o ex-companheiro com quem Dilma teve sua única filha, Paula. “Em 1969, conhece o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo”, anota a biografia. “Juntos, sofrem com a perseguição da Justiça Militar. Condenada por ‘subversão’, Dilma passa quase três anos, de 1970 a 1972, no presídio Tiradentes, na capital paulista.”
Quer dizer: em 1969, quando a turma do Dops imaginava que Dilma ainda era mulher de Cláudio Galeno, ela já estava noutra sintonia. A ditadura desbaratara em Belo Horizonte a organização Colina (Comando de Libertação Nacional). Dilma e Galeno tiveram de fugir. Ele foi escalado para atuar em Porto Alegre. Ela passou a esgueirar-se, clandestina, entre o Rio e São Paulo.
No Dops gaúcho, Dilma era a ficha número 25. Galeno, a 24. Ela não militava em Porto Alegre. Quanto a ele, na ocasião em que sua presença foi farejada na capital gaúcha, o codinome já não era “Lobato”, como mencionado na anotação da ficha. No final da década de 60, Galeno escondia-se atrás de várias outras identidades. Entre elas Ivan e André.
Procurada, Dilma não quis comentar o assunto. Galeno, hoje com 71 anos, vive na Nicarágua com a segunda mulher e duas filhas. Alcançado pelo telefone, rememorou nacos do passado. A Colina fundiu-se à VPR, dando origem à Vanguarda Armada Revolucionária, a Var-Palmares. Ele era um dos coordenadores da nova organização no Rio Grande do Sul. Mudava de endereço amiúde.
Passou uma temporada na casa de Luiz Heron Araújo, irmão de Carlos Araújo, o  companheiro que Dilma conheceria no Rio. Noutra fase, mudou-se para uma pensão no centro da capital gaúcha. Moravam no mesmo local outros militantes. Entre eles um amigo mineiro de Galeno e Dilma: Fernando Pimentel, atual ministro do Desenvolvimento.
Súbito, sumiram no Rio de Janeiro dois militantes da Var-Palmares. Fausto Machado Freire e Marco Antonio Meyer. Para forçar os militares a dar conta do paradeiro da dupla, a organização decidiu sequestrar um avião. “Exército, Marinha, Dops, polícia, ninguém dava notícias deles”, recorda Galeno. “Estavam ameaçados de morte. O sequestro foi uma maneira de denunciar a prisão deles e exigir que os familiares pudessem vê-los.”
Junto com outros três companheiros, Galeno viajou para Montevidéu. Ali, juntaram-se a um estudante goiano que se exilara na capital uruguaia havia quatro anos. Em 31 de dezembro de 1969, o grupo embarcou num avião Caravelle, da brasileira Cruzeiro do Sul. Fazia a rota Montevidéu-Porto Alegre-São Paulo-Rio. Contando com eles, eram 21 passageiros. Armados, anunciaram o sequestro logo depois da decolagem.
O avião foi desviado para Cuba. Como a autonomia de voo do Caravelle era pequena, fizeram quatro escalas antes de aterrissar em Havana: Argentina, Chile, Peru e Panamá. Em Lima, a aeronave teve de passar por uma manutenção. Sob cerco da polícia peruana, um dos sequestradores concedeu uma entrevista improvisada. A ação obteve repercussão internacional. Segundo Galeno, a ditadura viu-se compelida a admitir que capturara Fausto Freire e Marco Meyer. Estavam vivos.
Duas semanas depois, no alvorecer de 1970, Dilma foi presa em São Paulo. Nada a ver com a ação armada de Montevidéu, diz Galeno. “Na época, não tínhamos contato. Ela não teve qualquer participação no sequestro.”
Nas pegadas da Lei da Anistia, Galeno voltou para o Brasil, em 1979. Dilma já vivia em Porto Alegre. Reaproximou-se dela, dessa vez como amigo. Em 2005, tornou-se assessor de Fernando Pimentel, então prefeito de Belo Horizonte. Visitou Dilma em Brasília depois que ela substituiu José Dirceu na Casa Civil, sob Lula.
Aposentado, Galeno fixou residência em Manágua. Em 2011, voou até Brasília para prestigiar a posse de Dilma na Presidência. De longe, acompanha o desempenho da ex-mulher. “Sou suspeito para dizer isso, mas acho que ela faz um excelente governo.”
No vídeo abaixo, você vê como funcionava a máquina de bisbilhotagem do Dops no Rio Grande do Sul.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Interativo| Editorial diz que governantes e autoridades são os maiores responsáveis pela violência. Você concorda?



QUANDO NOS LIVRAREMOS DO MEDO?
Provocou grande repercussão o artigo do dirigente empresarial Roberto Rachewsky, publicado neste espaço na última terça-feira, afirmando que a pena de morte já existe em nosso país e vem sendo aplicada indistintamente contra cidadãos de bem, crianças, jovens, adultos ou idosos. Seu desabafo contra a violência questiona a responsabilização das vítimas e diz que só há dois culpados pela criminalidade no país: os delinquentes e as autoridades que não cumprem sua função de impedi-los de agir, pela ação policial e pela punição judicial.
Não endossamos totalmente a tese defendida pelo articulista, pois ele também sugere que a população se arme e reaja contra os criminosos _ o que, como a realidade comprova diariamente, quase sempre resulta em tragédia. Mas é inquestionável e revoltante que vivamos todos sob o regime da criminalidade, que comanda o triste espetáculo do medo nas grandes e pequenas cidades brasileiras. Vivemos aprisionados por grades, não nos arriscamos a sair à noite e, durante o dia, temos que estar sempre vigilantes, temos que desconfiar de tudo e de todos, temos que evitar lugares potencialmente perigosos, jamais portar objetos de valor e frequentar sempre locais protegidos.
Quando nos livraremos do medo? Que desgraça é essa que recai sobre o Brasil, quando até mesmo países vizinhos desfrutam de relativa tranquilidade para tocar a vida? Quantas gerações de brasileiros ainda terão que viver como nossos adolescentes e jovens, que nunca conheceram o direito de sair sozinhos com a certeza de voltar incólumes para casa?
Pode até haver razões culturais por trás dessa calamidade nacional, mas a responsabilidade maior é das autoridades que elegemos e sustentamos com elevados impostos para nos dar proteção e Justiça. Leis permissivas, polícia insuficiente e tribunais lenientes formam o tripé da impunidade, que também é sustentado por políticas sociais equivocadas.
A desigualdade social já não serve mais de explicação para a violência. Se o país retirou milhões de pessoas da miséria nos últimos anos, como explicar que a criminalidade continue aumentando e que os crimes urbanos sejam cada vez mais banais e monstruosos? Vítimas que não reagem são executadas, criminosos queimam uma pessoa imobilizada porque ela tem pouco dinheiro na conta corrente, assaltantes explodem bancos e aterrorizam cidades inteiras. Até mesmo moradores de rincões remotos são acordados na madrugada e têm suas casas invadidas por quadrilhas de delinquentes.
Acreditamos que só existe um caminho para superar este estado de terror, que passa por três pontos basilares: polícia, Justiça e educação. Polícia ostensiva, bem preparada, bem equipada e eficiente no combate à criminalidade; Justiça célere, rigorosa, exemplar e dissuasória na penalização de delinquentes de todos os calibres; e educação preventiva, transformadora, que efetivamente encaminhe os jovens para uma existência humanitária e produtiva

terça-feira, 14 de maio de 2013

Adilson Troca vence Marchezan, e é o novo Presidente do PSDB. Merece Pois é o Deputado que mais faz na assembléia, principalmente para os nortense


  Com 25 anos de vida pública, o deputado estadual Adilson Troca é o novo presidente do PSDB gaúcho. A chapa encabeçada pelo parlamentar rio-grandino obteve 52% dos 435 votos, vencendo o grupo liderado pelo deputado federal Nelson Marchezan Jr., que buscava a reeleição. Para Troca, apesar de sua vitória apertada, a legenda saiu unida da disputa:

— Ano que vem teremos uma eleição difícil pela frente, por isso, queremos estar com o partido forte. A gente ganhou com essa proposta , do PSDB Convergente, e agora precisamos colocá-la em prática.
Nos discursos, líderes tucanos— como o ex-prefeito de Uruguaiana Sanchotene Felice — defenderam candidatura própria ao Piratini. O novo comandante da legenda não descartou a possibilidade, apesar de reconhecer a inexistência de um nome forte neste momento.
Segundo Troca, a ideia é trabalhar para a construção de um palanque no Estado para o senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato à Presidência da República.
— Sabemos das nossas dificuldades, mas conhecemos o nosso potencial. Já estivemos no governo três vezes com vice-governadores e uma vez com a governadora Yeda Crusius. Uma corrente defende candidatura própria, mas também podemos conversar com outros partidos.
A convenção estadual do PSDB, realizada na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, também definiu o diretório estadual, os delegados titulares à convenção nacional (marcada para o dia 18 de maio), os membros do conselho de ética e disciplina partidária e os integrantes do conselho fiscal. A ex-governadora Yeda Crusius não participou.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Sant'Ana a assessor de Luxa: "Não é do meu feitio debater com capangas" Colunista de Zero Hora fala sobre crítica de assessor do técnico gremista



Fui obrigado ontem, pelas circunstâncias do declínio assustador da produção do Grêmio nos últimos seis jogos, a escrever uma coluna inteira criticando o treinador Luxemburgo.
Ontem, circulou publicamente a resposta de um senhor, chamado Lombardi, que disse que este “tal de Paulo não entende nada de futebol”.
Já estava pronto para me queixar ao presidente Fábio Koff da ousadia de um funcionário do Grêmio responder a uma coluna minha. Mas a tempo me informaram que o senhor Lombardi não é funcionário do Grêmio, é, isto sim, assessor de Luxemburgo em São Paulo.
E lá de São Paulo, vejam o peito de tal assessor, interveio para tentar me descaracterizar, sem analisar o mérito da minha crítica.
Luxemburgo é um treinador de tanta nomeada, que possui assessores em São Paulo, Rio de Janeiro e Exterior.
Mas não quero crer que Luxemburgo tenha terceirizado a resposta a mim, não é feitio do treinador gremista, quando ele quer responder a um crítico o faz pessoalmente.
Quanto à resposta que eu teria de dar ao senhor Lombardi, vou silenciar: não é do meu feitio debater comcapangas                                            

joaowaldirpenabola.blogspot.com.br//

sexta-feira, 12 de abril de 2013

EBR agora é Fato em São José do Norte - RS









Assinado o contrato entre Petrobras e EBR, a empresa de estaleiros lida com um novo desafio: capacitar trabalhadores para erguerem o estaleiro e integrar a P-74. Serão necessários até 2 mil empregados, especialmente soldadores, para fabricar os módulos necessários para adaptar o casco. Como São José do Norte tem apenas 25 mil habitantes, a maioria virá de cidades vizinhas.
Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a EBR iniciou um curso para 80 pessoas no município. Novas turmas serão formadas até a construção e montagem dos módulos, em maio de 2014. Uma segunda leva de cursos, com capacidade para treinar um número maior de pessoas simultaneamente, deve ter início nos próximos meses.
Possivelmente ocorrerá em um pavilhão que foi oferecido pela prefeitura, anteriormente um depósito de cebolas, uma das principais culturas do município. O local deve ser dividido em salas, onde diferentes turmas poderão aprender tarefas ligadas à metalurgia. Há poucos dias, representantes do Senai visitaram o espaço, que fica próximo ao centro administrativo da cidade, e apresentaram um plano de adaptação.
— Só falta assinar o termo de compromisso com o Senai para que o pavilhão comece a ser usado como local de treinamento — explica o prefeito de São José do Norte, Zeny Oliveira.
Além do trabalho com o Senai, a EBR irá em busca de profissionais do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) em Pelotas. Se ainda faltar gente, a companhia não descarta trazer profissionais experientes de outros Estados. Também espera contar com um reforço de 400 pessoas que vivem em São José do Norte, mas hoje trabalham nos estaleiros em Rio Grande.
— Acreditamos que essas pessoas irão preferir trabalhar mais perto de casa — explica o presidente da EBR, Alberto Padilla.
O executivo descarta que uma eventual dificuldade em encontrar mão-de-obra possa causar atraso na construção das plataformas, uma das preocupações apontadas ontem pela presidente da Petrobras, Graça Foster. Na opinião de Padilla, o Rio Grande do Sul está formando um grande contingente de trabalhadores, em razão de capacitações tocadas por empresas como Engevix e Ecovix, e agora também pela própria EBR.

domingo, 10 de março de 2013

Barcos relembra a infância pobre e contesta a condição de ídolo tricolor Em entrevista a ZH, argentino falou sobre fase no Grêmio e origem do apelido


O Grêmio virou um porto seguro para o pirata Hernán Barcos. “Um pouco menor do que São Paulo”, como observa o centroavante, Porto Alegre caiu no gosto de sua mulher, Cristina, e dos filhos, a argentina Abril, quatro anos, e o equatoriano Emílio, dois. Já com imóvel alugado na Capital, o novo ídolo da torcida gremista só espera a volta de Caracas, na próxima semana, para inaugurar a churrasqueira.
– Sou bom no churrasco – anuncia Barcos, revelando um raro sorriso.
A escassez de risos não é sinônimo de mau humor. Pelo contrário. Na véspera da partida contra o Caracas, na Arena, combinou com os companheiros uma coreografia, em que todos imitariam um pirata. Pegos de surpresa, nem todos os fotógrafos conseguiram registrar a cena.
Barcos, na verdade, é um profissional extremamente compenetrado, que leva a sério treinos. O assessor de imprensa Bruno Junqueira observa:
– Ele não mostra os dentes.
– É um dos profissionais mais sérios que conheci – diz Vitor Rodriguez, jornalista do Grêmio, ainda impressionado com o que viu no Engenhão, na goleada sobre o Fluminense. Barcos chegou cansado da Argentina, onde velara o cunhado, não dormiu e ainda assim pediu para atuar.   
Sexta-feira, quando conversou com ZH, o argentino não fugiu aos assuntos. Falou da infância pobre, da adolescência marcada pela fome, da polêmica saída do Palmeiras, cujos torcedores o chamaram de mercenário. Um de seus sonhos é seguir ajudando os moradores de Bell Ville, a pequena cidade argentina em que nasceu, há 28 anos – famosa pela indústria de bolas de futebol e por outro filho pródigo, o ex-jogador Mario Kempes. Barcos investe na construção civil, gerando empregos e erguendo imóveis “que todos tenham condições de comprar”.
Zero Hora – Como surgiu o apelido Pirata?
Barcos –
 Não tenho bem certeza. Sei que foi no Equador (atuou pela LDU em 2010 e 2011). Um jornalista associou meu sobrenome com barco pirata e passou a me chamar assim.

domingo, 3 de março de 2013

Grêmio usa bola parada em jogo-treino na Arena e vira sobre o Cerâmica Werley e Douglas Grolli marcaram no 2 a 1 sobre o time de Gravataí, com o Nortense Felipe Pinto atuando pelo Cerâmica


Na noite deste sábado, em uma Arena praticamente vazia, o Grêmio venceu o jogo-treino com o Cerâmica, que teve início às 20h, por 2 a 1, com um gol com cada time. A preparação para a Copa Libertadores da América contou com 60 minutos dos titulares em ação, que tiveram dificuldades para furar o bloqueio da equipe de Gravataí, eliminada nas quartas de final do Campeonato Gaúcho para o São Luiz.

Veja a galeria de fotos da partida
O confronto foi decidido a favor do Grêmio em duas jogadas de bola parada. A primeira, aos 36 minutos do primeiro tempo, quando Werley completou escanteio cobrado por Elano e empatou a partida. Já no segundo tempo, aos 17, Douglas Grolli repetiu o companheiro de posição e subiu mais alto que os adversários para concluir. O gol do Cerâmica foi o primeiro da atividade, aos 12 minutos, quando Soares, também de cabeça, venceu Dida. A jogada saiu às costas de André Santos, um problema que Luxa já citou como algo a ser visto.
Vanderlei Luxemburgo utilizou a partida para dar ritmo e um teste mais fortes aos titulares antes do duelo pela Libertadores, com o Caracas, às 21h30 de terça-feira, na Arena. O gramado não trouxe problema para o Tricolor. A forte marcação do Cerâmica, armado por Guilherme Macuglia, esta sim complicou. Barcos e Vargas tiveram de se movimentar muito e ficar mais longe do gol para ajudar na criação das jogadas. Zé e Elano estiveram bem marcados e poucas vezes tiveram êxito na tentativa de 'pifar' os companheiros. Barcos teve um chute aos 25, após jogada individual, e Vargas aos 36, depois de completar rebote. O Cerâmica manteve o Tricolor sob forte marcação durante o jogo-treino.
Na segunda etapa, Luxemburgo pode observar um time com três atacantes (Kleber, William José e Welliton) e com as presenças de Kleber Gladiador e Fábio Aurélio. Ambos se recuperam de lesão e podem se tornar em breve opções importantes para o comandante gremista. O atacante, inclusive, já pode figurar na lista dos concentrados para o jogo da próxima terça-feira.
A escalação gremista de início foi Dida; Pará, Werley, Cris e André Santos; Fernando, Souza, Elano e Zé Roberto; Vargas e Barcos. A partir dos 17 minutos do segundo tempo, o Grêmio teve Marcelo Grohe; Tony, Bressan, Douglas Grolli e Fábio Aurélio; Misael, Adriano e Marco Antônio; Welliton, Willian José e Kleber. Já o Cerâmica teve a seguinte escalação inicial: Túlio; Bindé, Alexandre, Marcão e Fidélis; Robson, Serginho Catarinense, Geninho e Cristian; Felipe Pinto e Soares.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Ano letivo começa com escolas em más condições no Estado Secretaria Estadual da Educação tem plano de reformar 1.028 estabelecimentos, mas projeto está com um ano de atraso


Na volta às aulas da rede estadual, esta semana, estudantes gaúchos depararam com escolas deterioradas, afetadas por infiltrações, danos estruturais e problemas em redes hidráulicas e elétricas.
A necessidade de reformas não é exceção. Pelo menos 40% dos 2,5 mil colégios de Ensino Fundamental e Médio, segundo levantamento da Secretaria Estadual da Educação (SEC), precisam receber algum tipo de obra. O plano para recuperar esses estabelecimentos, porém, está com atraso de pelo menos um ano.
O cenário encontrado por alunos e professores ilustra a deterioração da rede estadual. Nem um dos colégios mais tradicionais, o Instituto de Educação Flores da Cunha, na Capital, escapa dos rombos nas paredes, das goteiras no teto e da necessidade de interditar áreas por impossibilidade de uso. O vice-diretor do turno da tarde, Ademar Leão, afirma que o telhado mais parece uma peneira. Em caso de chuva intensa, avalia que será necessário suspender as aulas tamanha é a vazão de água que escorre pelo forro e pelas paredes. Durante a chuvarada de 20 de fevereiro, o estabelecimento inundou e centenas de livros da biblioteca acabaram molhados.
— Chove aqui dentro como se estivéssemos na rua. O telhado e as calhas estão comprometidos, o teto de gesso do auditório está caindo, o teto do banheiro está desabando, e o ginásio está desativado há muito tempo. O chão está podre — enumera Leão.
Como o ginásio permanece sem condições de utilização, as aulas de educação física são dadas no pátio, e a quadra esportiva onde os alunos deveriam correr e pular se transformou em um depósito de entulho. No local, podem ser encontrados pneus, classes e até tampas de privada. Nesta semana, a reunião com os pais foi realizada sob o temor constante de que mais partes do teto de gesso desabassem.
Um levantamento da SEC aponta a necessidade de algum tipo de intervenção em 1.028 colégios, ou 40% da rede. Esse contingente inclui desde reformas mais significativas, como recuperação estrutural e cobertura de áreas esportivas, até ações mais simples, como climatização e paisagismo — mas complexas o suficiente para exigir licitações. Destes, 523 estabelecimentos maiores e mais comprometidos estão em fase de licitação dos projetos. Depois, terão de ser licitadas as obras em si. A promessa inicial era de que começassem ainda no segundo semestre do ano passado, mas a nova expectativa agora é que se iniciem no segundo semestre deste ano.
Em um outro momento, deverão ser encaminhadas as licitações dos colégios restantes, somando um investimento próximo de R$ 1 bilhão por meio de recursos próprios, do Ministério da Educação e do Banco Mundial.
— A demora ocorre por entraves legais, a burocracia para as licitações é muito grande. O funcionamento do setor público é difícil e sabemos que precisa avançar para superar esses entraves — afirma o secretário estadual da Educação, Jose Clovis Azevedo.
Embora pequenas intervenções possam ser feitas de maneira emergencial, as grandes reformas devem começar em outubro, segundo a SEC. Se isso se confirmar, deverão terminar somente em 2015.
A situação nas escolas
Confira alguns casos em que carências de infraestrutura complicam o retorno às atividades no Estado:
Colégio interditado em Campo Bom
Após um princípio de incêndio em março do ano passado, que feriu a diretora da Escola Estadual de Ensino Médio La Salle, de Campo Bom, no Vale do Sinos, os dois prédios da instituição sofrem com curto circuitos e quedas de luz. Em protesto, professores e funcionários da escola iniciaram o ano letivo dos cerca de mil alunos em apenas meio período, mas ontem e hoje decidiram suspender as atividades. Na tarde de quinta, os bombeiros interditaram o local por falta de segurança.

Geografia de SJNorte - Veja como e linda nossa Praia do Mar Grosso que infelizmente a mídia televisiva não divulga.

                                           Nossa linda Praia do Mar Grosso O município, localizado em uma península, é banhado a...