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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Governo quer exigir ficha limpa de dirigente de ONG Projeto de lei foi fechado após escândalos envolvendo ministérios e entidades Vejam isso foi inscrito em 2012. Sancionou Obvio que não o dela estava na reta e os dos companheiros.


Texto só depende do aval de Dilma para ir para o Congresso e regularia setor beneficiado com R$ 6 bi desde 2008


Após discussão com outros sete ministérios, a Secretaria-Geral e a Casa Civil encaminharam à presidente Dilma Rousseff texto de projeto de lei que altera a relação entre o governo e as ONGs.
Entre as medidas, estão a exigência de que os dirigentes tenham ficha limpa na Justiça para receber dinheiro público, aceitem salários regulados pelo governo e mudem os estatutos das organizações para tentar barrar o enriquecimento ilícito de seus integrantes.
As regras são controversas e, se aprovadas, vão mudar completamente o funcionamento das organizações não governamentais que recebem verbas federais.
Desde 2008, foram mais de R$ 6 bilhões em repasses do governo para essas entidades, mas não há lei para regular o setor, que se vale das normas de repasses da União a Estados e municípios.
Em 2011, na chamada "faxina" do governo Dilma, três ministros caíram após suas pastas serem alvejadas por irregularidades com ONGs: Esporte, Turismo e Trabalho.
Após a queda de Orlando Silva, do Esporte, o governo chegou a suspender repasses a ONGs e determinou um pente-fino em convênios.
FICHA LIMPA
A proposta de exigir ficha limpa para os dirigentes segue o molde da exigência feita aos políticos candidatos. O dinheiro será barrado não só para entidades ligadas a dirigentes condenados, mas em período de até oito anos após o cumprimento da pena.
O texto, que além dos ministérios foi discutido com 14 entidades, precisa apenas da aprovação de Dilma para seguir para o Congresso.
Outra exigência da proposta é criar um mecanismo para impedir que as ONGs, entidades sem fins lucrativos, sejam usadas para o enriquecimento dos seus membros.
A ideia é obrigar as entidades a alterarem seus estatutos se quiserem receber dinheiro público, o que encontra resistência.
Pelo texto, o patrimônio das ONGs não poderá ser distribuído aos seus integrantes. Caso a entidade seja fechada, os bens devem ser destinados a outra instituição similar. Se sobrar dinheiro, o montante também não seria distribuído entre seus membros.
Além disso, as ONGs deverão aceitar que os salários sejam pagos pelo governo, nos projetos, em valores abaixo do teto constitucional, atualmente em R$ 26,7 mil (o salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal).
Outra medida é submeter projetos acima de R$ 600 mil a uma auditoria externa independente. Além disso, os ministérios deverão criar uma comissão específica para monitorar as parcerias.
Segundo levantamento do governo, entre setembro de 2008 e julho deste ano, os projetos acima de R$ 600 mil representaram cerca de 20% dos projetos, mas concentraram 80% dos repasses.
"Até hoje não existia nada que tratasse de forma direta da relação entre esses entes e as ONGs. Isso criava insegurança para todos", diz Vera Maria Masagão Ribeiro, representante da Abong (Associação Brasileira de ONGs) que participou da elaboração do projeto de lei.

sábado, 16 de maio de 2015

Estão Brincando? o Lulinha bem que podia ser o Ministro da economia do País????????? com ele talvez os pobres saberiam como ficar milionário em quatros anos????





BRASÍLIA - Depois de sete anos sem avançar nas investigações, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal arquivaram o inquérito sobre possível tráfico de influência de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2004, no segundo ano do governo do pai, Lulinha recebeu R$ 5 milhões da operadora de telefonia Telemar, atual Oi, uma concessionária pública. O dinheiro foi injetado na Gamercorp, uma empresa de jogos eletrônicos aberta no ano anterior com um capital de R$ 10 mil. O inquérito foi arquivado sem que ninguém tenha sido chamado a depor
À época, o Ministério Público abriu a investigação porque a Telemar, além de ser uma concessionária pública, recebeu financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O caso Gamecorp foi o maior escândalo envolvendo a família Lula nos oito anos de governo. O episódio ganhou grande dimensão porque, logo depois do repasse do dinheiro, o então presidente Lula assinou decreto permitindo a fusão da Telemar com a Brasil Telecom, que deu origem à Oi. Até então, a legislação não permitia o negócio. O caso Gamecorp chegou a ser analisado pela CPI dos Correios, em 2005, no Congresso, mas, por pressão do Planalto e da bancada do PT, os integrantes da comissão decidiram não convocar Lulinha e representantes da Telemar e do BNDES.
Em 2010, o procurador Marcus Marcelo Goulart recomendou o arquivamento do inquérito 5a Câmara de Coordenação e Revisão (CCR), um órgão da Procuradoria Geral da República. A CCR, no entanto, manteve o inquérito aberto. O arquivamento ocorreu em agosto, segundo informou a Folha de S.Paulo, após novo pedido do procurador Bruno Vieira. Desta vez, a CCR aceitou a sugestão.
Em sete anos de inquérito, o Ministério Público e a Polícia Federal não ouviram Lulinha, o pai e outros citados no escândalo. Os procuradores se limitaram a enviar pedidos de informação por escrito à Gamecorp, à Telemar e ao BNDES. No pedido, o Ministério Público perguntou à Telemar e ao BNDES se sabiam que Lulinha era filho de Lula. O pedido de informação a Lulinha só foi feito em 2009. Na defesa do filho ex-presidente, o advogado Roberto Teixeira escreveu que não havia "impedimento legal" para Lulinha participar da sociedade da Gamecorp pelo fato de ele ser filho do presidente da República.
Após analisar as respostas e confrontar com reportagens de jornais, o Ministério Público decidiu arquivar as investigações. Na interpretação do órgão, Lulinha não fez tráfico de influência e o aporte de capital na Gamecorp não causou prejuízo para os sócios da operadora de telefonia. Nos últimos anos, a empresa criada por Lulinha acumulou prejuízos. Procurados na tarde de ontem para dar detalhes do arquivamento, o Ministério Público e a Polícia Federal não retornaram telefonemas e e-mails.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Petrobrás perde 40% de valor em 3 anos e cai em ranking de petrolíferas Empresa passou da segunda para a quarta colocação na lista de maiores empresas de gás e petróleo dos Estados Unidos e América Latina, segundo estudo da Economatica


SÃO PAULO - A Petrobrás perdeu 40% do seu valor de mercado em três anos e passou da segunda para a quarta posição no ranking das maiores empresas de gás e petróleo dos Estados Unidos e da América Latina, segundo levantamento da consultoria Economatica para o Estado.
A estatal valia US$ 199,3 bilhões no dia 1º de janeiro de 2010, valor que despencou para US$ 119,9 bilhões nesta quarta-feira - uma diferença de quase US$ 80 bilhões. Em 2012, a Petrobrás foi ultrapassada pela primeira vez pela Ecopetrol e a diferença agora se amplia. A empresa colombiana está avaliada hoje em US$ 130,1 bilhões e ocupa o terceiro lugar no ranking.
Com trajetória oposta à da concorrente brasileira, a Ecopetrol viu o seu valor de mercado disparar 165% no mesmo período, roubando o posto da Petrobrás de maior empresa latino-americana. As norte-americanas ExxonMobil e Chevron, que atualmente lideram o ranking do setor, também se valorizaram entre 2010 e 2013, com altas de 27,7% e 47,5%, respectivamente.
Para o professor de finanças do Insper Ricardo Almeida, o principal fator que explica o descolamento da Petrobrás é a decepção dos acionistas minoritários com a bilionária capitalização da companhia, realizada em setembro de 2010. "O governo fez a cessão onerosa de uma forma que as regras ficaram muito questionáveis. Houve um desequilibro entre as condições do governo e a dos outros investidores", explica Almeida.
A chamada cessão onerosa foi uma troca feita entre a União e a Petrobrás. O governo "cedeu" barris de petróleo do pré-sal para a estatal e, em troca, recebeu ações da empresa. Nessa operação, na visão do mercado, o governo aumentou a sua participação na companhia com base em um valor superestimado do barril.
"Temos ainda um componente de incerteza que é a revisão dessa cessão onerosa, quando teremos as mesmas dúvidas que ocorreram em 2010 em relação ao preço do barril", destaca Almeida. Para ele, enquanto a revisão estiver pendente, o papel da empresa seguirá pressionado. A nova leitura está marcada para setembro de 2014.
Interferência
Para o analista-chefe da corretora SLW, Pedro Galdi, prevalece a sensação de que o governo está interferindo fortemente na Petrobrás, destruindo seu valor. "Lá na frente, a empresa pode ficar sufocada por prejuízos e não conseguir nem mesmo tocar o pré-sal."
Na visão de Galdi, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) impulsionou a produção de carros no País, sem que o refino de combustíveis tenha crescido na mesma proporção. "Por esse motivo, a companhia precisa importar e paga um preço maior lá fora do que vende aqui dentro."
O reajuste de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel, anunciado pela estatal na última terça-feira, não foi suficiente para mudar o ânimo dos investidores. Apenas no pregão desta quarta-feira, as ações ON da Petrobrás recuaram 5,12%, enquanto as PN caíram 4,76%. Grande parte dos analistas esperava um reajuste maior, entre 7% e 10%. Segundo Galdi, mesmo com a alta nos preços, ainda resta uma defasagem de 6% no valor da gasolina.
Ânimo minado
A perda de valor de mercado da Petrobrás nos últimos três anos também é reflexo da frustração dos investidores com a empresa, afirma o analista da corretora Coinvalores Bruno Piagentini. "O ânimo com o pré-sal foi minado ao longo do tempo com números de produção abaixo da meta e atrasos em projetos, que elevaram os custos." Segundo ele, o mercado agora está apenas precificando a forte ingerência do governo na empresa.
Piagentini destaca, contudo, que a troca de comando na companhia - agora presidida por Graça Foster - trouxe mais transparência, além de um planejamento mais realista. "Não acredito que os papéis vão despencar muito mais. Agora os investidores estão de olho nos números de produção." Os dados financeiros e de produção serão publicados na próxima segunda-feira.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Guria de Santa Catarina foi um espanto , do ponto de vista de um cineasta Australiano que vai fazer um filme e realizar um documentário . E a menina faturou só no marketing??




"Virgins Wanted": os "reality shows" -- no caso, um documentário de um cineasta australiano -- chegaram até esse ponto, leiloar a virgindade de uma jovem. No caso, a catarinense Catarina Migliorini, de 22 anos

Amigas e amigos do blog, é tudo um espanto, do ponto de vista moral: um cineasta australiano que decide realizar um documentário sobre uma garota disposta a leiloar sua virgindade (Virgins Wanted, cujo site está neste link) e filmar seu dia a dia até depois de consumado o ato; garotas dispostas a se submeter a isso — foram várias, em número não revelado, desde que Justin Sisly começou seu “projeto”, há dois anos; homens interessados em participar disso; e, naturalmente, um público ávido para acompanhar tudo, desde o show de lançamento do filme até a grande expectativa que já está provocando mundo afora.
Seja bem-vindo ao Mundo 2014.
Sisly vinha ao Brasil para assistir a um desfile de modas de que sua escolhida, Catarina Migliorini, garota de 22 anos de Itapema (SC), iria participar, no Rio, mas teve seu visto de entrada recusado pelo Itamaraty com base em artigo do Código Penal que fala em prostituição e exploração sexual. Catarina, que está na Austrália, acabou também não vindo ao Rio.
Segundo autoridades, o cineasta poderia ser preso se desembarcasse, com base no artigo 231 do Código, que diz: “Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro”. (A pena para esse crime chega a oito anos de prisão.)
O fato envolveu até um dos subprocuradores-gerais da República, João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho, que ordenou uma investigação sobre o caso. Num ofício que teria sido encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores, segundo o portal Terra, Mello Filho estaria recomendando um contato com as autoridades policiais e judiciárias da Austrália para impedir a consumação do ato. O subprocurador também teria solicitado a revogação do visto de Catarina na Austrália.
Antes de partir para a Austrália, Catarina concedeu a entrevista abaixo à revista Playboy, que transcrevo sem maiores comentários, porque a naturalidade com que a jovem aborda a venda de sua virgindade fala por si.
As fotos incluídas na entrevista fazem parte de um ensaio “sensual” de Catarina, como parte das ações de marketing destinadas a promover o documentário. O ensaio foi publicado em sua página do Facebook.

Entrevista concedida Brunna Castro, publicada na edição de novembro de Playboy

CATARINA MIGLIORINI
A catarinense de 22 anos que vendeu a virgindade por 1,5 milhão de reais em um leilão na Internet revela detalhes da transação, fala sobre a expectativa para a hora H, diz como treinou as preliminares e cogita posar nua para Playboy

1. O leilão pela sua virgindade teve alguns momentos de disputa acirrada entre os participantes. Você não ficou curiosa para saber quem são esses homens que estão tão interessados em você?
De início eu não tinha muita curiosidade, mas, nos momentos finais, confesso que deu vontade de conhecer cada um deles. Eu não costumava acompanhar o leilão diariamente, mas nos últimos minutos fiquei acompanhando, e foi bastante emocionante.
No último segundo o Natsu [o cidadão japonês de idade e profissão não revelados, vencedor do leilão] deu o lance maior, além de outros lances feitos por outros participantes que permaneceram meio sorrateiros até o último dia do leilão. Foi legal, inusitado.
Catarina Migliorini teve sua virgindade arrebata por 1,5 milhão. No site do documentário "Virgin Wanted" há um contador de dias para o fim de sua virgindade
No site do documentário "Virgin Wanted" há um contador de dias para o fim da virgindade de Catarina, que leiloou sua primeira vez pelo equivalente a 1,5 milhão de reais
2. Se você sentir vontade, vai poder transar pelo tempo que quiser ou o período é determinado?
Tem um tempo determinado de 1 hora no mínimo, mas nada impede que se prolongue um pouco mais. Estarão presentes seguranças para garantir que as regras não sejam quebradas. Quero conversar com o Natsu antes de qualquer coisa. Quero conhecê-lo e quero que ele me conheça também. Acho que isso é fundamental.
Eu tenho uma boa noção teórica de como vai ser, mas nenhuma noção prática, pois nunca me relacionei com ninguém em nenhuma modalidade sexual e por isso me considero virgem, mas não vejo isso como um troféu. É a condição em que me encontro.
3. O evento ocorrerá durante um voo entre a Austrália e os Estados Unidos, o qual dura 17 horas. O que você vai fazer caso a relação termine em 1 hora?
Hummm, não pensei nisso ainda, mas, jogar paciência, talvez? Não sei, mas aceito sugestões.
4. O lance de 1,5 milhão de reais vai ficar inteiro com você? O que você pretende fazer com todo esse dinheiro?
O dinheiro do maior lance do leilão ficará todo comigo, e ainda não decidi o que fazer. Eu só saberei informar isso depois que o valor estiver na minha conta.

                                          Pé na bola

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Olívio Dutra diz que Genoino não deveria ter assumido. "O partido não é o Dirceu, nem o Lula, nem a Dilma, nem o Tarso e nem o Olívio; o partido é uma construção coletiva da democracia brasileira", Declaração dada em 07.01.2013. no Estadão


O ex-governador do Rio Grande do Sul, ex-prefeito de Porto Alegre, ex-ministro das Cidades e ex-presidente do PT Olívio Dutra sugeriu que o também ex-presidente do partido José Genoino não deveria ter assumido o mandato de deputado federal depois de ter sido condenado a 6 anos e 11 meses no julgamento do caso do Mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Também lembrou ter advertido a sigla para o perigo que as "más companhias representavam", em uma referência à entrega de cargos para garantir a governabilidade.
Olívio falou sobre as mazelas do PT no estúdio da Rádio Guaíba, no programa Esfera Pública, apresentado pelo jornalista Juremir Machado da Silva. O ex-governador chegou a conversar ao vivo com Genoino, que concedeu entrevista por telefone. "Eu acho que tu deverias pensar na tua biografia, na trajetória que tens dentro do partido", afirmou Olívio, em conversa direta com Genoino, na qual chegou a sugerir que o companheiro deveria renunciar ao mandato que assumiu.
"É uma opinião pessoal, mas tenho convicção de que assumir nessas condições não foi a melhor escolha para a tua própria trajetória e para o sentimento partidário", ressalvou. Genoino reiterou não ter cometido crime enquanto foi presidente do partido. "Fui condenado à noite e no dia seguinte eu saí do governo porque era cargo comissionado", lembrou. "É diferente de uma eleição. Os eleitores me delegaram o cargo de suplente. Esses eleitores não têm encontrado nenhuma restrição ao fato de eu assumir", afirmou.
Em outro trecho da entrevista, Olívio reiterou críticas ao que seriam as "más companhias" das quais o PT teria se aproximado. "Eu avisei em uma ocasião que íamos sofrer com as más companhias, que não são somente aquelas de fora para dentro, mas também de dentro do partido à medida que vão chegando pessoas, à medida em que tu tens cargos a oferecer", destacou.
"Há pessoas no partido que não conhecem nada da história nem da razão de ser (do PT)", prosseguiu. "O PT falha nisso, deixa de ser uma escola política e passa a agregar pessoas por conta dos cargos". Olívio também disse que mantém confiança na credibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deu a entender que considera a sigla maior do que qualquer problema pontual. "O partido não é o Dirceu, nem o Lula, nem a Dilma, nem o Tarso e nem o Olívio; o partido é uma construção coletiva da democracia brasileira",

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Brasil repete para 2014 os erros de mais de 60 anos atrás Pesquisa revela algumas semelhanças inesperadas entre o evento ultraprofissional que está sendo feito com o semiamador de 1950

Maracanã tinha andaimes nas arquibancadas poucos dias antes da abertura da Copa do Mundo de 1950 - Divulgação


Divulgação
Maracanã tinha andaimes nas arquibancadas poucos dias antes da abertura da Copa do Mundo de 1950
Há 60 anos, o Mundial contou com 13 seleções, após muitas delas desistiram ou esnobaram o Brasil. A Argentina, provavelmente a melhor seleção do mundo na década de 40, optou por não jogar. Segundo a pesquisa, a Copa custou ao País menos de R$ 500 milhões, transformando para valores atuais. A conta do Mundial de 2014 ficará por US$ 29,2 bilhões. Portanto, comparar o evento semiamador de 1950 e o ultraprofissional de 2014 não seria adequado. Marcada pela dramática derrota do Brasil na final contra o Uruguai, a parte inicial do Mundial e sua própria preparação foram sendo esquecidas da memória coletiva. Mas o fato é que, mesmo com seis décadas de diferença, a pesquisa revela como os acontecimentos em 50 guardam inesperadas semelhanças com os desafios atuais.
Assim como ocorreu para a Copa de 2014, em 1950 o Brasil praticamente não teve concorrente na disputa por sediar o Mundial. O País foi escolhido para ser o anfitrião da quarta Copa do Mundo em 1946, um ano depois da Segunda Guerra Mundial que havia deixado um continente inteiro de joelhos. A Fifa, assim como várias outras organizações esportivas, voltava a ter suas atividades regulares e buscava formas de retomar seus torneios. A última Copa havia ocorrido em 1938.
A opção dos cartolas foi a de levar o Mundial para a América do Sul, longe dos conflitos. Nenhum país europeu tinha condições financeiras e nem emocionais para sediar o evento. Mesmo em 1950, várias seleções europeias desistiram de participar, seja por falta de recursos, por não ter retomado o futebol ou por terem se aliado ao Nazismo. A própria Copa teria um ano de atraso. Em 1946, quando a Fifa anunciou que a Copa ocorreria no Brasil, a previsão era de que ela fosse em 1949. Mas, em setembro de 47, a Fifa decidiu adiar o projeto para 50.
Sedes. Mas nem o adiamento serviu de alívio para o Brasil. Se poucos eram os países que tinham condições de realizar um Mundial, dentro do Brasil a disputa foi acirrada entre as cidades para que fossem escolhidas como sede. Não havia um número predeterminado de cidades e, para chamar a atenção da Fifa e de autoridades no Rio de Janeiro, políticos por todo o País começaram a promover jogos de futebol.
Mesmo tendo quatro anos para se preparar, o Brasil só começaria a definir as sedes um ano antes da Copa e em praticamente todas as cidades os atrasos nas obras marcaram a preparação.
Numa vistoria ao Pacaembu, os delegados da Fifa indicaram 23 dias antes do início do Mundial de 1950 que o estádio paulista não estava totalmente dentro dos padrões internacionais. O então inspetor da entidade, o italiano Ottorino Barassi, pediu uma ampliação do gramado e a criação de um local para a imprensa.
Mesmo a escolha das sedes se transformaria em uma novela que chegaria às vésperas do evento. Ao final de inúmeros debates, a decisão foi a de realizar o Mundial no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Curitiba. Outras duas - Porto Alegre e Recife - acabariam sendo incluídas na programação faltando semanas para o evento.
No caso da capital gaúcha, interesses pessoais de alguns políticos garantiram a inclusão de último momento na agenda da Fifa. O presidente da CBD na época, Rivadávia Meyer, fazia há meses uma forte pressão sobre políticos gaúchos para conseguir dinheiro público para colocar um dos estádios de Porto Alegre em condições para receber o evento. Mas, para sediar jogos do Mundial, o Estádio dos Eucaliptos precisaria ter 35 mil lugares - 15 mil a mais que a capacidade naquele momento. Também precisaria de uma dimensão mínima de 106 m x 89 m para o campo, além da construção de túneis para vestiários e novos alambrados.
Mas já era janeiro de 1950 e o governo do estado se recusava a abrir os cofres. Foi então quando o prefeito da cidade, Ildo Meneghetti, um torcedor fanático do Inter e com interesses de garantir a seu time um estádio melhor, liberou 500 mil cruzeiros - o equivalente a R$ 715 mil hoje - para a obra. Em um decreto, alegou que ampliar o estádio era "uma das necessidades mais clamorosas" de Porto Alegre. Outro argumento: a Copa iria projetar a cidade internacionalmente. O estádio seria inaugurado oito dias antes da Copa começar. Mas a passagem do Mundial pela cidade não seria nada do que o político havia prometido e os 15 mil lugares extras jamais foram usados, já que os jogos não conseguiram atrair grande público.
O acordo com a CBD era de que, com a reforma, Porto Alegre receberia três jogos da Copa. Antes mesmo de começar o evento, um dos jogos seria cancelado. A França se recusou a viajar ao Brasil, alegando que a tabela era inaceitável. Pela programação, o time de Paris jogaria em Porto Alegre e, quatro dias depois, no Recife contra a Bolívia. Assim, Porto Alegre ficou com apenas dois jogos, um dos 3,5 mil pagantes - 10% do estádio - e outro com 11 mil.
Uma frustração similar seria registrada em Curitiba. A arena havia sido construída aos poucos e pelos próprios funcionários de uma empresa ferroviária. Durante anos, os trabalhadores, loucos pelo esporte, paravam os trens que passavam pela região e pediam sobras do material que carregavam. Essas madeiras, metais e pedras acabariam sendo usados para erguer o estádio.
Com a decisão de ter a Copa no Brasil, o governo do Paraná deu 300 mil cruzeiros (R$ 430 mil atuais) para permitir que o estádio do Ferroviário fosse ampliado para 30 mil pessoas, uma exigência da Fifa mesmo numa cidade que na época tinha uma população de 180 mil pessoas. Segundo a pesquisa, os dois jogos do Mundial disputados na capital paranaense foram um fracasso de público.
Na partida Espanha 3 x 1 EUA, apenas 9 mil pessoas acompanharam o jogo. No segundo - Suécia x Paraguai -, não havia sequer 8 mil pessoas na arquibancada.
Trena. Uma das disputas mais acirradas ocorreu no Nordeste. Faltando 39 dias para a abertura do Mundial, o Brasil ainda não sabia qual seria a sede dos jogos na região. Fortaleza, Recife e Salvador disputavam a vaga. Num espelho perfeito do que era o processo de seleção dos organizadores da Copa, um dos enviados mediu campo da Ilha do Retiro com sua própria trena. Dias depois, indicou que Recife seria a vencedora para sediar os jogos.
Mas os desafios estavam apenas começando. Para estar pronto para o Mundial, 20 dias depois de ser confirmado, os sócios do time do Sport se mobilizaram para reformar o estádio. Superada essa dificuldade, veio a ducha de água fria. A seleção da Suíça se recusou a jogar no calor nordestino, Portugal abandonou a ideia da Copa e a França se negou a viajar ao Brasil.
A capital pernambucana ficaria com apenas um jogo, entre Chile e Estados Unidos, partida assistida por Jules Rimet. Mas o jogo ainda seria marcado pela queda de energia do estádio, o que impediu que a partida fosse transmitida pelas rádios ao restante do Brasil e do mundo.
Maracanã. A partir de fotos da época, documentos e relatos, a pesquisa ainda revela como uma disputa política particular seria travada nas obras do Maracanã, a maior da Copa e que se transformou em uma síntese do que foi o Mundial de 50. Carlos Lacerda, líder da oposição, e o prefeito do Rio, Mendes de Morais, travaram uma batalha na determinação do local, cada qual lutando para ser o pai da obra.
A história do Maracanã começa em 1941. Um certo Oscar Niemeyer chegou a apresentar dois projetos para o estádio, ambos recusados. Naquele momento, brigas políticas enterraram a ideia de um estádio para a capital. Foi só mesmo em 1946, quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa, que o projeto se transformaria realidade. O prefeito insistia em erguer o estádio ao lado do rio Maracanã, enquanto Lacerda o queria em Jacarepaguá. Para justificar, Morais usou até mesmo o argumento de que a urbanização da região ajudaria a evitar as inundações do rio. Depois de uma disputa intensa na Câmara de Vereadores, o prefeito acabou prevalecendo. O Maracanã seria oficialmente chamado de "Estádio Mendes de Morais".
Mas a briga teve seu preço e as obras sofreram importantes atrasos. O Maracanã não seria entregue nem no prazo e nem no orçamento estimados originalmente. Apesar de a construção ter sido iniciada em 1948, a pesquisa encontrou fotos do jogo de inauguração ocorrido apenas uma semana antes da Copa e que mostravam a presença ainda de andaimes nas arquibancadas no dia 16 de junho de 1950, entre a Seleção Paulista e a Seleção Carioca. A concretagem não tinha sido concluída. Na realidade, até a inauguração havia sido adiada. A ideia era de que a partida de abertura ocorre no dia 28 de maio.
Oito dias depois, a Copa seria aberta no mesmo estádio, o maior da história até então. Para aquele jogo entre Brasil e México, as estruturas de apoio já haviam sido retiradas e o Exército foi convocado para ajudar a limpar a área. Mas, ao chegarem ao estádio, os torcedores se depararam com barro, lama e material de construção espalhado pelo local.
Pilar de um projeto de autoafirmação da capacidade de um país em desenvolvimento sediar um evento internacional, o Maracanã custou o equivalente hoje a R$ 215 milhões. Após a dramática derrota do Brasil na final, o busto de Mendes de Morais que havia sido colocado na entrada do estádio foi destruído pelos torcedores. O estádio deixou de levar o nome do prefeito.
Nos seis meses que se seguiram, o coronel Herculano Gomes, engenheiro principal das obras, seria cobrado por auditores a explicar os atrasos e inflação no orçamento, colocando praticamente um fim a sua carreira.
A seleção só entraria em campo dois anos depois do drama de 1950 e sua camisa jamais seria a mesma. Nem a história do futebol brasileiro.

                                          Pé na bola

domingo, 27 de abril de 2014

Chavismo, lulismo e El Cid Todos Foram populistas?

Eles foram populistas populares na mesma época e, de tanto poder, intitularam livros que juntaram um "ismo" ao final de seus nomes. O sufixo implica um líder acima dos partidos, conduzindo multidões anos a fio. Ambos lideraram movimentos populares, mas quão duradouros? Por vias diversas, os legados de Hugo Chávez e Luiz Inácio Lula da Silva estão à prova.

Nem todo governante que desfruta de popularidade em algum momento do mandato acaba substantivo. A "Era FHC" virou título de livro sem que houvesse um "fernandohenriquismo". A herança do tucano foi estruturante para o Brasil, mas impessoal. Crismando Aécio Neves, o ex-presidente tenta reescrever seu testamento.

O personalismo é um divisor entre presidentes. Chávez levou a mitificação ao limite. O congênere brasileiro ficou a meio termo. Lula adotou a continuidade sem continuísmo. Já o venezuelano apostou que nunca viria a faltar.

No Twitter, venezuelanos comparam a situação do "chavismo" à dos castelhanos que criaram o mito de El Cid. Pela lenda, o corpo sem vida do cavaleiro símbolo da reconquista ibérica foi assentado em sua montaria para parecer imortal e afugentar os inimigos. A metáfora é tentadora, embora precipitada. No Brasil, a prática de congelar presidentes está, felizmente, superada.

Antes de Lula, só o "getulismo" durou além de Vargas, após se espalhar de sul a norte. Seus fiéis trataram de cumprir a profecia do líder de que, ao deixar a vida, ele entraria na história. Os demais caciques ficaram limitados no espaço - como as tribos de carlistas, malufistas e brizolistas - ou no tempo: o "janismo" não sobreviveu a seu inspirador.

Os "ismos" colam bem em espanhol. A Argentina saiu do "peronismo" para cair no "kirchnerismo". Em ambos os casos, a popularidade do marido foi herdada pela viúva. No Brasil, a transição pela via feminina se deu em vida. Mas o sucesso inicial não responde à questão de sempre: por quanto tempo?

Chávez não deixa uma, mas dezenas de herdeiros, de concepções diferentes. Eles propagandeiam união, só por conveniência da possível eleição que se avizinha. Mesmo que ganhem, o que será um governo "chavista" sem Chávez? Prevalecerá o militarismo nacionalista dos ex-oficiais do Exército tornados políticos? Ou o socialismo pró-Cuba do vice-presidente e suposto sucessor?

As contradições são mais do que aparentes. Enquanto o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, passa o rolo compressor na oposição parlamentar e imita os arroubos de Chávez ("Estamos prontos para o debate, mas não para a negociação"), seu rival, o vice Nicolás Maduro, conversa discretamente com os EUA para restabelecer relações diplomáticas plenas. 

O "chavismo" ainda precisa passar pelo teste das urnas sem o nome de Chávez entre os candidatos. O "lulismo" passou. Mais do que isso, incorporou milhões de eleitores pobres ao petismo ao longo da última década. Numericamente, o legado de Lula superou o que o PT perdeu por causa do mensalão.

Segundo o Ibope, o PT saiu de 8% da preferência nacional em julho de 1989 para 33% em março de 2010. A trajetória de crescimento teve altos, associados às vitórias eleitorais de Lula (33% em março de 2003 e 2010), e baixos, durante a denúncia e julgamento do mensalão (24% em junho de 2005 e outubro de 2012). No caminho, mudou o perfil socioeconômico dos petistas. A nova classe média tomou espaço da elite sindical-universitária.

A mágica que popularizou o PT foi o aumento de renda e crédito que incluiu dezenas de milhões de neoconsumidores ao mercado nacional. O PSDB finalmente se deu conta de que não há como fazer oposição sem confrontar o petismo na economia. Daí conduzir o debate para os baixos índices de crescimento do PIB em detrimento, por exemplo, da queda das taxas de desemprego.

No Brasil e na Venezuela, a batalha é pela opinião pública. A diferença é que Dilma Rousseff cavalga ao lado do padrinho vivo, enquanto os herdeiros de Chávez manobram à sombra de El Cid.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Para presidente da OAB, pensões vitalícias ferem moral e ética. E o pior que são pensões astronômicas que realmente afeta o sistema e benificia 266 pensionista no País das Maravilhas?




O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, criticou o pagamento, pelo governo de São Paulo, de pensões vitalícias relativas à extinta carteira previdenciária da Assembleia Legislativa. O jornal O Estado de S.Paulo revelou na edição desta quarta-feira que ex-ministros, um ex-governador, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e até o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estão entre os 266 pensionistas que recebem o benefício. O custo para os cofres públicos é de mais de R$ 33 milhões por ano.
A carteira foi extinta em 1991, mas os beneficiários tiveram seus direitos preservados. Com oito anos de contribuição o parlamentar poderia requerer metade da pensão, e daí proporcionalmente até 20 anos de contribuição, quando poderia receber o valor total - atualmente em R$ 18,7 mil.
"Não é concebível que o cidadão comum, o contribuinte que quer se aposentar, tenha que recolher durante no mínimo 35 anos, ter 65 anos de idade, 60 se mulher, para poder ter uma aposentadoria de no máximo R$ 3 mil, enquanto que a pessoa trabalha oito anos como deputado, ou dez, doze, e recebe uma pensão dessa natureza."
Segundo Ophir, "a questão do princípio moral e ético, em situações como essa, é relegada a um plano secundário". "É completamente desproporcional a qualquer lógica da razoabilidade. O voto pode muito, mas não pode tudo. E também não é um salvo-conduto para situações que ferem os princípios da moralidade."
Ele afirma que o princípio do "privilégio" a ex-deputados é o mesmo dos ex-governadores que em muitos Estados também recebem pensão. Sobre este último caso, o Supremo Tribunal Federal deve se pronunciar no primeiro semestre de 2014. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Para Marco Aurélio, ministros indicados por Dilma vão mudar rumos do mensalão Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso podem adotar entendimentos diferentes ao reanalisar alguns casos do processo







Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) há 23 anos, Marco Aurélio Mello acredita que a nova formação da Corte, com Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, trará mudanças às decisões anteriormente tomadas pelo Supremo no julgamento do mensalão. Os dois ministros, indicados pela presidente Dilma Rousseff, passaram a fazer parte do STF quando o processo já estava em andamento.

De acordo com Marco Aurélio, a primeira mudança já ocorreu e deve fazer com que parlamentares condenados no caso tenham o mandato preservado. O precedente foi aberto no caso do senador Ivo Cassol (PP-RO), condenado em agosto por fraude em licitação. O Supremo definiu que não deve haver cassação automática e a decisão caberá ao Congresso. O entendimento foi o oposto do que já havia sido decidido no caso do mensalão no fim de 2012, quando se definiu que os condenados deveriam perder os direitos políticos.
"Nós já temos aí um tema que, no julgamento dos embargos infringentes, fatalmente haverá modificação. A sociedade não vai entender esse segundo julgamento, para caminhar-se para a absolvição", afirmou o ministro ao Broadcast Político, quando também destacou o impacto negativo do processo para a imagem da Corte. "Houve, temos que reconhecer, uma decepção por parte da sociedade no que teremos depois de tantas discussões, mais de 60 sessões realizadas, nós teremos um novo julgamento".
Consultado pelo Broadcast Político, Luís Roberto Barroso explicou que o Supremo muda de composição rotineiramente ao longo da sua história e também muda algumas das suas orientações, como outras cortes constitucionais do mundo. O ministro disse que segue as leis em suas decisões. "O papel de um tribunal é aplicar a Constituição e as leis corretamente, e ter a percepção de que as multidões são volúveis. Fazer o certo não é estar subjugado à opinião pública, embora se deva ouvi-la" destacou, enfatizando que o processo do mensalão é um ponto fora da curva e despertou uma quantidade de paixões que o Poder Judiciário não é capaz de administrar.
Marco Aurélio Mello, entretanto, minimizou o conflito de ideias com os novos colegas. Segundo ele, não há incômodo entre os ministros. "Nós nos respeitamos, o efeito é só externo, internamente não", disse.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou que não existe sistema judiciário mais confuso que o brasileiro.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou que não existe sistema judiciário mais confuso que o brasileiro.
Durante fórum empresarial em São Paulo, Barbosa ainda destacou que a Justiça precisa ser mais “eficiente” e criticou a influência política na escolha de juízes para instâncias superiores.
— Não há sistema judiciário mais confuso que o nosso. O sistema legal brasileiro precisa desesperadamente de simplicidade, eficiência e eficácia — declarou Barbosa.
De acordo com o ministro, a solução para superar os obstáculos que levam à morosidade da Justiça é de responsabilidade conjunta dos três poderes da República. 

O presidente da Corte também observou que é preciso investir em transparência e fiscalização para recuperar a confiança da população na Justiça. Segundo ele, há uma “banalização da competência” do STF e do STJ, além de desconfiança do brasileiro em relação à Justiça.
Para o ministro, um dos principais problemas do sistema legal é o congestionamento dos tribunais em razão da quantidade de demandas em tramitação. Barbosa salientou que a “solução fácil” para esse entrave é aumentar os gastos públicos criando novos tribunais, mas isso não é suficiente.
O ministro propõe dar prioridade à primeira instância e “fortalecer instâncias que signifiquem soluções mais simples e duradouras, como os juizados especiais”. Também defendeu a redução do número “excessivo” de recursos, que prolongam litígios.
Logo após a palestra, Barbosa foi questionado sobre mecanismos de combate à corrupção dentro do Judiciário e, como resposta, criticou o sistema de escolha de magistrados para as Cortes Superiores. Segundo ele, juízes federais estão expostos a influências políticas, um dos “fenômenos mais perniciosos” do Judiciário brasileiro:
— Só não aplica a lei o juiz que é medroso, comprometido ou politicamente engajado. Todo juiz federal tem a expectativa de subir ao tribunal superior, a Constituição prevê, mas não há mecanismos permitindo que ele progrida, sem sair com o pires na mão para conseguir essa sua promoção, (...) sem que políticos tenham de se intrometer.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Lula defende mandato limitado para ministros do Supremo 'Se tudo nesse País pode ser renovado, por que um juiz tem de ficar a vida inteira?', questionou o ex-presidente em evento em Brasília
















ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira, 1, tempo de mandato limitado, e não mais vitalício, para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). "Eu acho que, se tudo nesse País pode ser renovado, por que um juiz tem de ficar a vida inteira?", perguntou Lula. "Se um presidente da República tem tempo, tem mandato, por que os outros cargos não podem ter?".
Lula fez a afirmação após participar de cerimônia promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para comemorar os 25 anos da Constituinte, em Brasília. No domingo, ao classificar de "linchamento" o julgamento do mensalão pelo Supremo, em entrevista a jornais do grupo Diários Associados, ele disse que, se fosse indicar hoje um ministro para a Corte teria "mais critério".
"Eu acho que, quanto mais a gente conseguir ouvir as pessoas sobre os indicados, mais chance a gente tem de colocar lá, cada vez mais, gente que dê mais segurança ao cumprimento da Constituição", afirmou o ex-presidente. Foi da caneta de Lula que partiu a indicação do atual presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, algoz dos réus petistas do mensalão.
Mesmo sem querer detalhar quanto tempo os ministros do STF deveriam ter de mandato, Lula pregou um amplo processo de consulta antes das indicações. "Hoje quem indica (o ministro do Supremo) é o presidente da República e o nome é aprovado pelo Senado. Poderíamos ouvir a OAB ou consultar outra instituição", insistiu.
Para o ex-presidente, a vantagem de definir um mandato para os juízes é promover a "alternância" de nomes ocupando o mesmo cargo. Depois do julgamento do mensalão, alguns petistas chegaram a sugerir, em conversas reservadas, uma proposta de emenda à Constituição para que ministros do Supremo tenham oito anos de mandato - o mesmo tempo de um senador.
Lula, porém, esquivou-se de cravar um tempo definido. "Você pode ter um ministro (do Supremo) por dez anos, do Tribunal de Contas por dez anos, pode ter por quinze, por cinco...", argumentou. "É uma coisa que tem de ser discutida. O importante é que, no Brasil, não há tema proibido."

Geografia de SJNorte - Veja como e linda nossa Praia do Mar Grosso que infelizmente a mídia televisiva não divulga.

                                           Nossa linda Praia do Mar Grosso O município, localizado em uma península, é banhado a...