"Virgins Wanted": os "reality shows" -- no caso, um documentário de um cineasta australiano -- chegaram até esse ponto, leiloar a virgindade de uma jovem. No caso, a catarinense Catarina Migliorini, de 22 anos
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Sisly vinha ao Brasil para assistir a um desfile de modas de que sua escolhida, Catarina Migliorini, garota de 22 anos de Itapema (SC), iria participar, no Rio, mas teve seu visto de entrada recusado pelo Itamaraty com base em artigo do Código Penal que fala em prostituição e exploração sexual. Catarina, que está na Austrália, acabou também não vindo ao Rio.
Segundo autoridades, o cineasta poderia ser preso se desembarcasse, com base no artigo 231 do Código, que diz: “Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro”. (A pena para esse crime chega a oito anos de prisão.)
O fato envolveu até um dos subprocuradores-gerais da República, João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho, que ordenou uma investigação sobre o caso. Num ofício que teria sido encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores, segundo o portal Terra, Mello Filho estaria recomendando um contato com as autoridades policiais e judiciárias da Austrália para impedir a consumação do ato. O subprocurador também teria solicitado a revogação do visto de Catarina na Austrália.
Antes de partir para a Austrália, Catarina concedeu a entrevista abaixo à revista Playboy, que transcrevo sem maiores comentários, porque a naturalidade com que a jovem aborda a venda de sua virgindade fala por si.
As fotos incluídas na entrevista fazem parte de um ensaio “sensual” de Catarina, como parte das ações de marketing destinadas a promover o documentário. O ensaio foi publicado em sua página do Facebook.
Entrevista concedida Brunna Castro, publicada na edição de novembro de Playboy
CATARINA MIGLIORINI
A catarinense de 22 anos que vendeu a virgindade por 1,5 milhão de reais em um leilão na Internet revela detalhes da transação, fala sobre a expectativa para a hora H, diz como treinou as preliminares e cogita posar nua para Playboy
1. O leilão pela sua virgindade teve alguns momentos de disputa acirrada entre os participantes. Você não ficou curiosa para saber quem são esses homens que estão tão interessados em você?
De início eu não tinha muita curiosidade, mas, nos momentos finais, confesso que deu vontade de conhecer cada um deles. Eu não costumava acompanhar o leilão diariamente, mas nos últimos minutos fiquei acompanhando, e foi bastante emocionante.
No último segundo o Natsu [o cidadão japonês de idade e profissão não revelados, vencedor do leilão] deu o lance maior, além de outros lances feitos por outros participantes que permaneceram meio sorrateiros até o último dia do leilão. Foi legal, inusitado.
2. Se você sentir vontade, vai poder transar pelo tempo que quiser ou o período é determinado?
Tem um tempo determinado de 1 hora no mínimo, mas nada impede que se prolongue um pouco mais. Estarão presentes seguranças para garantir que as regras não sejam quebradas. Quero conversar com o Natsu antes de qualquer coisa. Quero conhecê-lo e quero que ele me conheça também. Acho que isso é fundamental.
Eu tenho uma boa noção teórica de como vai ser, mas nenhuma noção prática, pois nunca me relacionei com ninguém em nenhuma modalidade sexual e por isso me considero virgem, mas não vejo isso como um troféu. É a condição em que me encontro.
3. O evento ocorrerá durante um voo entre a Austrália e os Estados Unidos, o qual dura 17 horas. O que você vai fazer caso a relação termine em 1 hora?
Hummm, não pensei nisso ainda, mas, jogar paciência, talvez? Não sei, mas aceito sugestões.
4. O lance de 1,5 milhão de reais vai ficar inteiro com você? O que você pretende fazer com todo esse dinheiro?
O dinheiro do maior lance do leilão ficará todo comigo, e ainda não decidi o que fazer. Eu só saberei informar isso depois que o valor estiver na minha conta.
Pé na bola
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