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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Pastor que se faz passar por Gay



Não estou aqui para criticar ou elogiar a ideia de Timoty Kurek. Mas concordo com ele que “só conhecemos o sofrimento do outro quando nos colocamos na pele dele”. A experiência de passar um ano fingindo ser gay não o afastou de Deus, mas o fez refletir sobre os extremismos das religiões – que tanto pregam o amor ao próximo, mas não respeitam o “diferente”.

Timothy Kurek passou um ano inteiro fingindo ser gay para chegar a uma simples conclusão: é preciso uma mudança drástica para alterar profundamente as crenças religiosas arraigadas.

A decisão de fazer essa experiência foi influenciada após uma amiga lésbica compartilhar com Kurek como se sentia após ter sido execrada por sua família por causa de sua sexualidade. Ele disse que ficou tão espantado com a situação de sua amiga que decidiu fazer algo drástico.

Morando na cidade conservadora de Nashville, Tennessee, ele viveu em meio à comunidade gay durante o ano de 2009. No primeiro dia do ano ele “saiu do armário” diante de sua família, conseguiu um emprego em uma cafeteria para gays e contou com a ajuda de um amigo gay que fingia ser seu namorado em público.

A experiência de Kurek, que não incluiu contato íntimo com outros homens, está documentado no seu livro “”The Cross in the Closet” (A Cruz no Armário), que tem recebido atenção internacional. Recentemente, o assunto foi o tema de um especial do programa “The View”, da rede ABC. Claro, gerando muitas críticas por parte de gays e de cristãos.

Para Kurek, viver um ano como gay mudou radicalmente sua visão da fé e da religião. Ele afirma que lhe ensinou “o que significa viver como um cidadão de segunda classe.” Durante anos, Kurek diz que a única coisa que conhecia era “a vida na igreja evangélica”. Essa era a sua identidade.

Ele foi educado em um lar cristão, frequentou a mesma igreja batista a vida toda e estudou na Liberty University, a maior universidade evangélica do mundo. Ele explica que sua visão de mundo o levou a alguns ter pontos de vista profundamente arraigados sobre a homossexualidade. Ele sempre foi contra o casamento gay. Afinal, a maioria das igrejas evangélicas condena a homossexualidade, classificando-a como pecado.

“Eu fui ensinado a ser cauteloso com os gays”, escreve Kurek, “afinal, todos eles eram HIV positivos, pervertidos e pedófilos liberais”. Mas isso mudou em 2004, quando ele conheceu o trabalho do Soulforce, grupo que lutava pelos direitos civis de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. O grupo o fez ver como a maioria das pessoas tratava injustamente os membros da comunidade LGBT.

Quando sua amiga lésbica o procurou pedindo ajuda em 2015, após ser repudiada pela família, ele disse que cometeu “uma traição sutil, mas cruel”, pois sua resposta foi o silêncio e a tentativa de tentar convertê-la. Mas depois isso mudou.

“Eu acredito em imersão total”, explica Kurek. “Se você quer realmente entender as outras pessoas, precisa passar pelo que elas passam”. Para garantir o sucesso de seu projeto, Kurek teve de mentir para sua família profundamente religiosa sobre ser gay, algo que o perturbou ao longo daquele ano todo.

“Eu senti que eles ainda me amavam, mas não sabiam como lidar comigo”, diz. “Eles não entendem como deviam lidar com um irmão ou filho gay.”

No livro, Kurek relata sua mãe chegou a dizer que preferia que seu filho tivesse dito que tinha câncer do que saber que ele era gay. Essa experiência e outras deixaram Kurek confuso e em conflito sobre suas crenças em um meio religioso que dizia pregar o amor.

Ao ser exibido na TV, o caso repercutiu mal na comunidade LGBT de Nashville. “Eu creio que a comunidade gay, e cada pessoa que confiou em Kurek suficiente para flertar com ele, sair com ele e confiar nele… sentiu-se traído agora” escreveu Amy Lieberman, responsável pelo blog LGBTS Feministing.

A pastora Connie Waters, que defende a causa LGBT em sua igreja do Memphis disse estar “orgulhosa” de Timothy, que conheceu em um fórum online. Embora nunca incentive os fieis a mentir, entende que no caso do projeto secreto de Kurek, isso serviu a um “objetivo maior”. “A transformação nele foi uma mudança de vida”, disse ela. “É isso que se espera, é o objetivo da caminhada de fé cristã….”.

Emily Timbol, que possui um blog sobre religião, escreveu no Huffington Post o artigo “Fingir ser gay não é a resposta”, onde declarou uma opinião semelhante: “O mais triste é que cada interação que Timothy Kurek teve durante esse ano foi falsa… Ele foi recebido sob falsos pretextos, agindo como alguém que entendia a luta que seus amigos LGBT enfrentam”, escreveu ela. “Mas ele não entendia”.

Kurek se defende, dizendo que esse não era seu objetivo. “Este não é um livro sobre ser gay. Eu não poderia escrever esse livro, pois não estou qualificado. O objetivo é falar sobre o rótulo de gay e como ter esse rótulo me afetou pessoalmente”.

Ao longo do livro, Kurek enfatiza essa distinção. Embora muito do conteúdo de “The Cross in the Closet” seja sobre a luta para compreender a comunidade gay, a questão principal é como a comunidade da igreja – e sua família – reagiu a seu novo “estilo de vida”.

Depois de tudo que passou, ele diz que não se considera mais amigo de “99,99% das pessoas com quem eu cresceu. Kurek diz que ele não decidiu se afastar das pessoas, mas quando encontrava com os membros de sua antiga igreja, eram apenas conversas cordiais e rápidas. Quando a mãe de Kurek disse a uma amiga da igreja que seu filho era gay, ouviu que a sexualidade de Timothy poderia comprometer a posição dela na igreja. Um ano depois isso mudou. De acordo com Kurek, sua mãe agora defende os direitos da comunidade LGBT.

Hoje Kurek afirma que continua indo à igreja, embora com menor frequência, e ainda se considera um cristão, embora não mais evangélico no sentido tradicional. Ele cita Tiago 1:27, do Novo Testamento, que fala sobre a religião que deseja viver.

Quanto ao seu objetivo original, que era mudar radicalmente de opinião, Kurek diz que venceu seus preconceitos contra a comunidade LGBT e está feliz com a pessoa que se tornou. Hoje, ele acha a homossexualidade completamente aceitável.

Com as boas vendas do livro, ele diz que irá doar parte da renda que obteve para ajudar jovens LGBT sem-teto, que foram rejeitados por suas famílias.

Sua família diz estar feliz em saber que ele não é gay, mas Kurek mudou-se para Portland, Oregon, depois de terminar seu ano experimental e hoje tem novos amigos. No momento, dedica-se a trabalhar numa sequência de “A Cruz no armário”, onde deve contar como passou a viver depois de sua experiência, a transição de volta à vida heterossexual e como ele continua a se interagir com a comunidade LGBT.

“Eu quero contar mais histórias”, diz ele, “e humanizar as pessoas para quem os cristãos sempre querem olhar usando rótulos.”

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

É impressionante o que aconteceu com o mensalão o Ministro Toffoli absolveu sete Réus de uma vez só. Viva o Brasil????????????????????


Fiquei impressionado que o ministro Dias Toffoli, do Supremo, absolveu, em um minuto, sete réus do mensalão. Para mim e para meus leitores, não causou surpresa: eu afirmara nesta coluna que o ministro Toffoli tinha o dever, antes do julgamento, de declarar-se suspeito e afastar-se da lide, em face de que tinha sido empregado de José Dirceu e por outros motivos que o ligaram no passado ao PT. *** Pois bem, depois de absolver a maioria dos réus que lhe competia julgar, o ministro Toffoli voltou à carga na etapa da dosimetria das penas: ele insistiu em participar da dosagem das penas. De início, sua pretensão pareceu escandalosa: como um ministro que absolveu vai querer participar da dosagem das penas? Logo todos imaginaram que ficaria ridículo o ministro declarando, por exemplo: “Absolvo inteiramente o réu José Dirceu e aplico-lhe a pena de um ano de prisão”. “Mas como? Ele absolveu e agora apena o próprio réu absolvido por ele?”, se espantariam todos. Felizmente, colocada em votação a aparente contradição, por maioria os ministros decidiram que os que absolveram não poderiam participar da dosimetria das penas. *** Só que o presidente do STF, ministro Ayres Britto, votou a favor de que Toffoli participasse da dosagem das penas, foi vencido mas votou. E Ayres Britto é um monumento de integridade e saber. Fui, então, tentar reunir grande parte dos meus neurônios para saber quais os elementos favoráveis à tese de que quem absolve deve também e ainda participar do cálculo e aplicação das penas. *** E pensei comigo: quem absolve um réu, ou teve compaixão dele, ou se convenceu de que ele era inocente. Como se iria então tirar do ministro que absolveu o réu o direito de continuar julgando, até mesmo na dosagem das penas aos réus condenados? Como se iria tirar esse direito do ministro, pois, se ele absolveu o réu, o seu intuito foi favorecer o réu – então, ele tem o direito de continuar favorecendo o réu, votando na dosimetria por uma pena o menor possível para o condenado. Foi assim que concluí. A pretensão do ministro Toffoli, que me parecia antes absurda, tinha agora na minha mente, pelo meu raciocínio, mérito indiscutível. *** Mesmo assim, a atuação do ministro Toffoli no julgamento do mensalão foi deprimente. Ele permitiu que todos percebessem quais seriam seus votos antes mesmo de o julgamento ter início, o que por si só já oferece um desconforto ao Supremo e ao próprio ministro. E ele saiu distribuindo absolvições a granel, obcecado pela indulgência indiscriminada e quase sempre calado, sem expor as razões dos seus pacotes absolutórios. O ministro Toffoli deu uma lição a todos os magistrados do Brasil de como não deve se comportar um juiz isento. Lamentável.

Geografia de SJNorte - Veja como e linda nossa Praia do Mar Grosso que infelizmente a mídia televisiva não divulga.

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