Minha vida nunca foi tão fácil como parecia transparecer para os outros, pois nos primeiros meses de minha vida, meus pais me entregaram aos meus avós para criar-me. Segundo pessoas de minha família passei por problemas de saúde, já com três meses sofri na época um mal súbito que os doutores não conseguiam detectar e até hoje guardo comigo uma foto ao qual estou junto com um anjinho da guarda. Segundo eles neste tempo era um procedimento para quem estava desenganado pela medicina, obviamente sobrevivi senão não estaria contando esta história.
Meus avós maternos para mim não podiam ser melhor já que meus avós paternos não os conheci minha família possuía uma união que até os dias de hoje não consigo esquecer as festa de natal meu avós distribuíam muitos presentes para as pessoas mais necessitadas e nós, finais de ano agrupavam toda família para as comemorações e nos aniversários de meu avó convidava toda a comunidade para festejar na praia do oceano (hoje praia do mar grosso) isto tudo me trazia muita paz de espírito por vê ele ser tão querido pela suas ações como cidadão, Comigo principalmente ele era extremamente cuidadoso e carinhoso até demais pois não deixava me faltar nada, inclusive financeiramente até porque quando adolescente tinha já problemas de saúde, ele sempre dizendo para minha avó materna cuida bem deste guri porque ele é doente e isto foi entrando em meu subconsciente como uma preocupação que realmente eu tinha algo em meu ser doentio talvez isto me torna-se uma pessoa diferente de outros adolescentes de minha época, infelizmente em mil novecentos e setenta e oito ele se foi e juntamente com ele estas recordações que eu tinha como família Hoje consigo analisar alguns pontos de minha infância meu avô super protetor comigo não me deixando Fazer muitas coisas que eu gostaria de fazer, até porque tinha uma condição financeira muito boa para os patrões da época, minha convivência sempre com pessoas maiores de idade meus irmãos eram meus tios e tias, pois daí em diante tive que ir a luta já com muita sorte no primeiro emprego numa firma de pescado ao qual pagava muito bem aos seus funcionários onde permaneci por quatro anos logicamente um ótimo emprego mas me obrigou a parar de estudar no 3º ano de contabilidade já em mil novecentos e setenta e nove casei-me dois anos após o primeiro filho isto morando ainda com meus irmãos(tios) e minha avô mas três anos após meu avó ter falecido mudei-me para minha casa ao qual vinha construindo, logo em seguida a firma de pescado fechara e fui trabalhar na Prefeitura no setor pessoal, depois no cartório eleitoral, fórum isto tudo com um salário mínimo em seguida fui convidado para trabalhar no União de Bancos Brasileiros (Uni bancos ) já iniciei com caixa mas com o plano ‘Collor’ de reter as poupanças houve muito fechamento de agências no pais e em São José do Norte não seria diferente, mas fui convidado pelo gerente para trabalhar na cidade de Rio Grande onde uns dos tios meus estava presente em minha conversa com o gerente e disse ao mesmo que agora ele irá trabalhar conosco e na época ofereceu um salário três vezes maior que o banco ponderei até porque em mil novecentos e oitenta e seis nascera o meu2º filho então ficarei aqui mesmo mas mal sabia eu que ali começaria aflorar uma etapa que eu gostaria de esquecer claro pelo que expus acho até que esta doença já estava em meu ser mas que foi decisiva para que este sofrimento viesse mais rápida isto foi claro que tudo na minha vida começou cedo demais quando joguei futebol já com quatorze anos jogava no primeiro quadro do liberal numa época em que existia muitos atletas tanto que joguei com o meu pai e outros de idades avançadas mas futebol de campo não era a minha paixão jogava mas não era a minha praia o que mais adorava era jogar Fut-sal, mas chegando no assunto que me propus e que a depressão tenha vindo talvez por carência de afetividade familiar onde meus irmãos de sangue pouco tive contado que irmão deve ter com o outro já os tios irmãos vivia o cotidiano e tudo isto teve ter me abatido com maior intensidade na hora desta moléstia avassaladora não que meus pais fossem ausentes mas suas condições financeira eram limitadas e meus avós não me entregam a eles de jeito nenhum até porque meu avó com sua super proteção em qualquer discussão pedia para minha avô parar sempre dizendo tu não vês que este menino e doente, claro que no meu subconsciente isto ficou marcado, porque nós precisamos ter uma infância bem conduzida deste que inicia na concepção materna pois senão à formação intelectual não terá um crescimento para programar sua etapas na vida sentimos às vezes mesmo que reduzamos estamos tentados a desanimar, a largar tudo mas relutamos porque queremos ter a vida de antes tentamos nos comunicar as experiências a outros aos parentes amigos que nos podem entender a quem quer que nos sintamos impedidos a transmiti-las por tudo que passei e passo com a depressão mas como havia falado talvez a carência de afeto familiar me deixa com aquela insatisfação tentar dizer a eles o meu sofrimento de algo que não deixe saudades de uns dias semi-vazios ao qual a esta doença de faz sentir mas a vida é muito complicada e as pessoas se preocupam do que esta acontecendo ao seu redor sem olhar para o sofrimento de outros seja ele no emocional ou no financeiro o último a gente compreende mas a afetividade e que nos faz mais sofrer até porque levamos uma vida familiar muito intensa quando meu avô ainda estava neste plano de vida Mas vamos ao assunto ao qual me propus ou seja a dor de uma depressão.
No ano de (1993), no auge da minha vida onde conseguia fazer quase todos os tipos de atividades laborais, mas infelizmente fui atingido por está moléstia ao qual me tirou a auto-estima de viver, passei por diversos especialistas, mas a mesma me deixou em uma primeira manifestação quatro meses acamado, sentindo-me um louco, com vários sintomas, o mais terrível era uma dor no peito onde parecia me tirar todas as forças, além, da sensação de morte, de visões aterrorizantes de não poder comer nada, a única alimentação que conseguia digerir eram sucos. Quando íamos ao Médico minha tia me preparava refeições e fazia várias perguntas ao Médico pelo fato de eu não me alimentar, porém na verdade parecia que eu nem estava ali, pois o diálogo deles não me afetava em nada, ao retornar para Casa continuava com os mesmos presságios só me lembro de quando o Médico comentou a ela para não se preocupar com minha alimentação, pois no entender dele fazia parte do processo, e os medicamentos supririam a falta de alimentação. Com o passar dos dias obviamente que não fiquei os quatro meses sem me alimentar, mas uns dois meses com certeza, emagreci uns vinte e cinco quilos realmente comecei a comer aos poucos como o Médico havia diagnosticado com o tratamento tudo voltaria, a fome e a vontade de viver neste meio tempo os dias se passavam e recordo-me de minha família apelar para todos os tipos de crenças me levaram a benzedores para fazer descarrego na praia do mar grosso pegar àgua salgada para tomar banho e após o banho juntar numa bacia e devolver ao mar fazer rezas, numa mesa circular pedindo por minha saúde e o tratamento continuava com o Doutor Manoel da Cidade de Rio Grande, no dia marcado para a consulta era um martírio, pois peguei fobia de andar de lanchas e me sentia mal procurava uma janela para respirar, mas no caminho até a hidroviária ouvia alguns comentários que me chamavam atenção; "este rapaz ficou louco", chegando no consultório logo perguntei ao especialista Doutor Manoel acho que estou louco e o mesmo me respondeu: Meu rapaz no momento em que você me faz esta pergunta é por que estais lúcido, pois louco não consegue discernir e nem consegue fazer este tipo de revelação que acabas de me fazer. Na época estas consultas tiveram um custo alto, felizmente minha família tinha uma boa condição financeira e puderam arcar com as despesas tanto clínicas como a dos remédios que eram muito caros para esse tipo de moléstia, pois eram pouco divulgadas, me lembro na época de tomar uma cápsula com o nome de prosak ao qual nos EUA era chamada a pílula da felicidade em meio de outros mais tradicionais como valium e dorminid. Após estes quatro meses minha vida não foi mais a mesma, claro que a lucidez de poder encarar a vida veio, porém, com diversos percalços, mas ai começou o meu calvário a auto-estima abatida pela doença, mas tenho uma família e tinha que continuar a luta para sustentá-los com filhos pequenos não podia me acomodar, mas esta doença é tão arrasadora que muitos dias a vontade de se trancar no quarto não escutar nem receber ninguém era muito maior que sua vontade e logicamente a sociedade cruel começaram a me taxar de malandro, vagabundo sem compromisso e outros adjetivos, pois conselhos não lhe faltam vai rapaz tu és novo não fica pensando neste mal que te tirou seu espírito de luta. Para eles leigos era muito fácil, não tinham noção do mal e do estrago que esta moléstia tinha feito em meu ser isto tudo quando já tinha feito o tratamento sobre a tutela de minha família, mas logo perdi contato com o meu Médico por tratar-se de consulta fora da minha realidade financeira, ai meus amigos o único jeito foi tratar-me com médicos do sistema único de saúde.
Um mês com um Psiquiatra, Psicólogo, Neurologista, Clínico Geral e começou um grande rodízio de medicamentos, como DIAZEPAM, LORAX, SOMALIUM, VALIUM 1.2, RIVOTRIL, MEPRAMIN, BROMAZEPAM e outros que não me vem em mente neste momento, e mais alguns medicamentos para os nervos,anti-depressivos como anafranil, depakene, depakote, sertraliana, infogex, arliveton, amitriplina, tthioridatha,prozetazon,tegretol,imipramina,benerva dentre outros.
Me tornei uma farmácia ambulante com uma carga de remédios com tudo isso começou a vir o cansaço físico e mental, mas o que fazer temos de seguir em frente sem poder se queixar de nada, mas a fadiga o mal estar acompanhava-me, para complicar mais, começaram a surgir outros sintomas de dor de estômago vem mais medicamentos e exames quando pensamos que não tem mais nada para acontecer surge outra, a incômoda pressão arterial e mais medicamentos e exames, chega a um ponto que o Médico pediu para mim parar de beber, senão meu fígado não iria aguentar, para o espanto do mesmo tive que lhe responder que jamais havia digerido qualquer tipo de bebida alcoólica, o medico disse não pode, porém no meio de tantas perguntas me indagou-me: Se eu tomava além do que ele me receitara? Expliquei-lhe que tomava remédios para os nervos como para depressão, e o mesmo me perguntou quais eram os remédios?Falei que tomava o DEPAKENE e o mesmo me disse estar explicado, e mandou-me parar imediatamente, lá vou eu novamente agendar consulta para um psiquiatra para avaliar-me e receitar-me outro tipo de medicamento, pois o DEPAKENE estava me dilacerando o fígado, o mesmo me respondeu por tratar-se da primeira consulta teria de avaliar os receituários do Médico anterior, isto não é novidade, pois como todos sabem quem se trata com os Médicos do (SUS), não tem um tratamento adequado e nem um Médico fixo vive de um lado e outro porque os mesmos não param por muito tempo no órgão contratador por se acharem que são maus pagos e realmente os são mais quem sofre mais são os pacientes ou seja, nós que precisamos de uma atenção maior por parte deles, mas muitos fazem estágios e quando se sentem preparados montam clínicas particulares as vezes quando ouço pessoas leigas falando em depressão, fico pensando como as pessoas falam bobagens, espõem que esta doença não existe é só a pessoa tirar da mente e parar de tomar remédios, mau sabem eles que um depressivo deve sempre estar sobre eterna vigilância , pois qualquer descuido ele retorna, mas o maior problema do depressivo é não ter, um tratamento digno para esse tipo de doença que tem um custo elevado para um simples operário, eu mesmo já senti na pele quando alguns sintomas começaram a manifestarem pensei que ela voltaria com a mesma força de (1993), me apegava a chorar pedindo pelo amor de DEUS que essas dores não retornassem, pois não aturaria sofrer a mesma que fez grandes danos na minha vida nos anos (90), mas minha vida andou senti-me melhor e voltei a trabalhar na Empresa que trabalhara desde (1986), como auxiliar e conselheiro, pois as empresas pertenciam a três tios que mal falavam entre eles, e eu era o interlocutor, pois tomava conta da parte contábil das mesmas, até porque eram duas empresas marítimas e com concessão governamental logicamente que anteriormente havia trabalhado em uma industria de pescado como auxiliar do departamento pessoal, Prefeitura Municipal primeiramente no departamento pessoal, depois cedido ao cartório eleitoral, Fórum em seguida sai do serviço publico e fui trabalhar no UNIBANCO, isto tudo antes de ingressar no serviço ao qual havia me referido antes das empresas de meus tios, as de transportes aquaviários acho que foi nesta fase que começou o meu martírio, pois além de muito cobrado e ter que cuidar de picuinhas dos irmãos tinha que levar as Empresas adiante e como se sabe trabalhar em serviço marítimo exige muito por tratar-se de um serviço publico e os usuários sempre são exigentes no cumprimento dos horários prestados pelas empresas detentoras desta concessão e uma Capitania dos Portos sempre atenta a segurança dos usuários e das embarcações, como estava na linha de frente não me faltavam preocupações com estaleiros e normas de vistorias anuais por parte da Capitania dos Portos, isso consumia muito meu tempo e minha preocupação quanto ao meu desempenho a frente dessas Empresas me parecia estar a contento e seguro do meu trabalho em frente das mesmas, quando fui surpreendido com a dispensa de uma das empresas, isto no ano de hum mil novecentos e noventa e quatro, nesta época comecei a lembrar-me de um conselho dado por um velho funcionário sem estudo, mas com muita percepção disse-me: “ Estais ensinando os filhos deles como se administra as Empresas, quando os mesmos tiverem segurança e confiança dos pais vais ficar sem emprego por isso não te mata muito trabalhando para eles, porque depois eles não olhar para ti como agora e sem nenhum ressentimento de culpa vão te demitir”. Parecia que o mesmo estava profetizando quando derrepente um dos meus tios chamou-me para uma conversa e ponderou que um dos seus filhos estava pronto para assumir uma das empresas e sem rodeio falou-me que a partir daquele instante apenas ficaria tomando conta somente de uma empresa, pois o mesmo já se sentia seguro para administrá-la e por ai seguiu se e não demorou o que tinha falado do tratamento e da posse financeira da minha família aconteceu na realidade que somente minha tia não cobrou porque ela supria-me com os remédios e as empresas com as consultas, mas na hora da demissão da primeira tudo foi cobrado sem o menos constrangimento isto na primeira rescisão quando se passou mais um ano a mesma história se repetiu na outra empresa infelizmente não existe mais possibilidade de trabalhares conosco o meu irmão esta sem emprego e nós temos que colocar ele e pagar dois administradores não tinha como até porque tem que cuidar do patrimônio que um dia será dele isto já em (1995) mil novecentos e noventa e cinco, na hora respondi tudo bem é só me pagar a indenização, então o proprietário simplesmente mandou procurar o contador da Empresa que ele daria o valor que teria direito a receber, após retornar do contador levei o valor até o proprietário da Empresa que achou o valor da indenização muito alto, assim na época resolvi baixar a pedida mas eles não aceitaram e me disseram que para mim receber o valor teria que procurar o Ministério do Trabalho e ainda me disseram muitos desaforos e me pediram para contratar um advogado, então disse a eles que procuraria um advogado e o mesmo usou o mesmo processo ao qual já tinha audiência, mas a sociedade é sempre cruel não olha para a razão e sim para o financeiro isto tudo me feriu fisicamente como mentalmente, até porque não esperava que isso fosse acontecer depois de tantas batalhas pelos irmãos se pode dizer que eram irmãos desde então fiquei a me sentir outra vez sem chão sem alto-estima e comecei a andar a esmo de emprego, pois me sentia usado e injustiçado por aqueles em que muitas vezes dei minha cara para bater e eles não tiveram nenhuma consideração o que fazer, a vida segue, pois recém vinha me recuperando do tratamento da depressão no primeiro momento senti-me um inútil, mas fui atrás já em (1995), fui convidado a assumir um cargo de confiança na Prefeitura Municipal onde o vice-prefeito assumiu por improbidade administrativa do Prefeito na época isto no final de mandato passou-se uns seis meses voltei a trabalhar na Prefeitura já com novo Prefeito como guarda durante seis meses com contrato passou-se mais ou menos três meses voltei a trabalhar como cargo de confiança no cargo de diretor de arbitragem ao qual fiquei por um ano e sete meses, mas mentalmente e fisicamente estremecido vivendo uns dias no trabalho e outro no hospital logicamente que nenhum patrão do Mundo iria aturar um funcionário com essas dificuldades, para mim que sofria na pela a cobrança era como se o mundo caíra e pensava comigo será que ninguém entende dessa moléstia que em uma semana estou radiante e na outra com dores que nem conseguia explicar, pois um dia com dores no peito outro com mal estar, outros sem qualquer atenção do que estava se passando em minha volta, porém, o mais triste era ver que estava prejudicando minha família, pois o diálogo familiar não tinha nenhum quando chegava em casa somente queria me trancar em meu quarto esquecendo de tudo que me afetava, irritava-me facilmente com qualquer coisa insignificante obviamente minha Esposa e meus filhos sentiam essa minha angustia e lá novamente corria atrás de Médicos que estivessem a disposição e novamente o mesmo tipo de perguntas; “ o que tu sentes”, muitas outras vezes dizia irritado: “ Doutor nem sei mais o que sinto somente sei é que minha vontade é desaparecer, pois estou desencantado com a vida”. Ao final da consulta mais antidepressivo assim seguia levando a vida meio triste às vezes desanimado excessivamente sem vontade de me expressar uma lentidão que me parecia estar doente, pois ficava com pouca respiração outro mal que aflige é de estar em lugar fechado como carros e elevadores, lanchas, isto que trabalhei por quase dez anos neste serviço tanto que chego a passar anos sem atravessar para a Cidade de Rio Grande por me sentir tonto com mal estar, ansiedade sempre puxando saliva e isto me agoniza de uma tal forma que quando ando de carro peço ao motorista que pare e saio para tomar um ar, mas a angustia não me deixa e meu coração começa acelerar me deixando em um estado nervoso difícil até para descrever, assim seguia levando minha vida, mas no ano de dois mil e um recebi uma nova oportunidade de trabalho e fui trabalhar no Clube Recreativo e Cultural Sócrates, na sociedade o mais famoso e estruturado de nossa Cidade onde o Presidente da época consegui restaurar minha auto-estima confiando e me dando forças para não me desanimar me confiando tarefas e funções de grandes relevâncias para quem vivia com medo de achar que já não conseguia ter mais suas idéias e reflexos apurados, mas graças a DEUS aos poucos fui me firmando naquele novo desafio, mas infelizmente o Presidente completou sua gestão e assumiu outro Presidente isto no ano de dois mil e três, então este cidadão começou a me confundir mentalmente com suas mentiras e intrigas com relação a minha pessoa e a diretoria da sociedade com mentiras contadas por ele que somente eu mesmo sou sabedor do que ele era capaz de fazer e parecer ser uma pessoa inocente, pois foram tantas balelas inverdades que me levaram novamente a sentir-me sem forças para reagir a este mau caráter, e com o passar dos dias começou tudo de novo a DEPRESSÃO não me poupou me tirando as forças das pernas, uma moleza que me parecia estar me matando ainda empregado no Clube Sócrates quando em maio de dois mil e quatro comecei a me sentir mau e cai, fui levado para o Hospital São Francisco chegando naquela Casa de saúde com tremuras sem sentir as pernas e com sistema neurológico nas ultimas, me aplicaram injeções para acalmar-me deste dia em diante minha vida começou com ida ao serviço e constantemente ao Hospital parecia que aquele circulo não terminaria, neste meio tempo senti-me mal novamente ao Hospital verificaram minha pressão arterial que estava em vinte e seis por dezesseis, algo que me surpreendeu, pois minha pressão arterial era sempre baixa, o Médico pediu para mim dar um tempo ao serviço e mandou um atestado de quinze dias ao Clube em que eu trabalhava apesar deste cidadão , mas o que fazer novo tratamento com remédios para que a mesma se estabilizasse, mas a mesma continuou e o tratamento foi sendo feito até os dias de hoje, neste meio tempo aqui em nossa Cidade começou a funcionar um Órgão que cuidava desse tipo de moléstia com Médicos especialistas, mas como tudo que vem do SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, não tem vida longa os especialistas sumiram e ficou um Clinico Geral, mas com as consultas que aproveitei nesta época averigüei uma aliviada em meu humor, pois fiz exames e uma das Médicas Doutora Sandra Petresco que me tratava descobriu que eu tinha uma F31.6 da CID-10 refere-se a transtorno afetivo bipolar, episódio atual misto. Isto significa que você pode ter períodos de profundo sentimento de tristeza (depressão) e sentimentos de euforia muito intensos, por isso a terminologia bipolar. No momento você experimenta uma situação pouco comum de euforia e tristeza intercalando-se. Realmente me irritava com muita facilidade e com o laudo fiz uma perícia médica e me encostei durante três meses, depois desta fiz mais umas dez perícias com isto comecei a sentir-me cansado de tantas perícias e nada se resolvia em minha vida somente tratamento para isto para aquilo e continuava sem saber o que fazer, consultando Médicos sem qualquer conclusões do que me fazia sentir estes sintomas bati mais de doze eletrocardiogramas, pois sentia muitas dores no peito e nas costas chegando no hospital já me levavam diretamente para a sala de eletrocardiograma.
Como e porque é tão difícil diagnosticar essa doença além, dela dar problemas psíquicos também, afeta a parte física dizer que tem cura não sei, mas os sintomas desde que eu tive persistem e vivo meu cotidiano às vezes um pouco eufórico de repente me bate um mau humor o que me irrita de tal maneira que recolho-me a minha casa deito-me, pois o tempo que tenho esta moléstia já consigo absorver alguns dos sintomas como dores e transtornos que ela me traz, pois concentro-me no meu quarto de preferência peço para não ser incomodado por ninguém e fico ali sozinho com a luz apagada e mentalizando que é somente esperar um pouco para que as manifestações trazidas por esta doença logo irão embora, mas nem sempre é possível em muitas vezes funciona, hoje em dia com tantos comentários sobre esta doença que tem muitos estudos e não percebo nos especialistas avanços que a mesma venha ter uma cura ou algo que possa amenizar um pouco do sofrimento dos portadores desta moléstia, nesta minha longa jornada de DEPRESSÃO encontrei vários tipos de PSIQUIATRAS e umas histórias engraçadas agora quando me tratava com um Médico da Prefeitura de Rio Grande numa destas Casas de Saúde o mesmo me receitou dois tipos de remédios os quais agora não me recordo nome, voltando a minha São José do Norte ingeri os medicamentos e comecei a passar mal, ficando quase sem agudeza, dois dias depois retornamos ao eu e minha Esposa ao mesmo Médico onde conversando com ele contei o que os medicamentos havia me causado e o Médico veio com uma estupidez xingando a mim e minha Esposa dizendo que não receitava remédios para fazer mal e que procurássemos outro profissional e que não nos atenderia mais e viemos embora, desesperados no outro dia tentamos na FURG outro profissional do Rio Grande, onde fomos bem atendidos o Médico me retirou os medicamentos e me receitou outro passados alguns dias voltei a FURG e no caminho encontrei-me com o Médico que me receitou os remédios que me fizeram mal e destratou eu e minha Esposa, o que parecia mentira, mas o mesmo veio me pedir desculpas pelo ocorrido dizendo que tinha vindo de Porto Alegre e estava com problemas, olha só que dado curioso eu quem deveria receber a atenção e não o Médico em que depositamos nossa confiança, outro caso aconteceu aqui em São José do Norte estava me tratando com um Médico a mais de cinco meses semanalmente e vinha acertando com o seu tratamento, pois fiquei mais confiante apesar de sempre sentir algumas seqüelas, mas um dia precisei que ele me desse um laudo ao qual ele já estava acostumado a me dar para as perícias chegando lá conversei com o Médico sobre o assunto explicando a situação que o Instituto de Previdência Social (INSS), havia alterado a data de minha perícia médica e que precisava de um laudo e para minha surpresa o Médico com quem estava me tratando há mais de cinco meses me respondeu que iria na cozinha tomar um café e logo me atenderia até porque havia chegado cedo no hospital ao qual ele dava consultas ao voltar o mesmo disse-me o que eu ainda estava fazendo ali tentei dizer que estava lhe esperando, mas ele me respondeu que não me daria laudo porque não era o dia da consulta e entrou para o seu consultório e começou a atender, fiquei ali sentado esperando quando o mesmo acabou de atender o paciente ele me avistou e me perguntou o que estava fazendo ainda ali, e disse que teria que falar com ele, e ele me respondeu para mim entrar, pois o havia vencido pelo cansaço. Entrando o mesmo chamou duas funcionárias e começou a debochar então vamos lá rapaz qual o tipo de remédio que tomas, tirando onda com a minha cara, respondi Doutor basta o senhor olhar o prontuário, pois o senhor me trata a mais de cinco meses, ele olhou para os lados e pediu para as funcionárias pegar o prontuário que se encontrava quase ao seu lado e começou: Há tu tomas este aquele e isto começou a irritar-me e lhe disse: Doutor o senhor esta me achando com cara de moleque, eu vim aqui só para o senhor me dar o laudo, mas nem eu nem ele tinha percebido que há aqui só para o senhor me dar o laudo, mas nem eu e nem ele tinha percebido que há duas semanas ele já havia me dado o laudo pericial, voltou ele a dizer está bem e o laudo que queres vou te dar, eu lendo o que ele havia escrito notei realmente que ele estava mal intencionado não respondi nada estava saindo quando o mesmo disse: Agora quem quer falar contigo sou eu, e começou a me desacatar dizendo um monte de coisas não temos mais condições de sermos médico e paciente, que até então não havia entendido logicamente respondi terminou Doutor, este é o seu laudo pericial pode ficar contigo seu palhaço até aqui parece que os papeis se inverteram, pois quem esta precisando de tratamento és tu, e tem mais estou indo a Delegacia para dar parte porque não sou nenhum leigo e tu colocou duas testemunhas para saber meu tipo de doença e sabes que é crime e se não sabes vou te ensinar, saindo do hospital fui abordado pelo Presidente pedindo para mim não fazer denuncia na Delegacia de Polícia, mas na realidade nem pretendia fazer aquilo, pois foi somente para ele ver que não estava tratando com um idiota até porque mesmo não precisou já que no mesmo dia ele pediu sua demissão.
Outra história que me aconteceu foi um pouco engraçada agendei minha perícia e fui ao consultório ao chegar no local percebi que chamavam os pacientes em ordem alfabética na hora que me chamaram adentrei a porta e o perito sem me conhecer e sem pedir qualquer coisa que me levasse a tal perícia me disse: Podes voltar ao trabalho. Obviamente que perguntei: Doutor nestas minhas longas idas e vindas para exames periciais junto aos Médicos do INSS nunca tinha visto um vidente fazer perícia até porque vou lhe perguntar o que eu tenho, e ele ficou muito chateado e pediu para sentar-me e começou a olhar meus exames e minhas receitas e me disse: É o seu caso é um pouco grave e me concedeu quatro meses de encosto, passando os meses voltei para a outra chegando lá para a perícia casualmente o Médico era o mesmo e nem precisei mostrar nada, pois o mesmo me concedeu mais três meses. Como havia comentado anteriormente cansei de fazer tantas perícias junto ao INSS e fui conversar com uma advogada sobre o que estava acontecendo comigo, pois já faziam mais de dois anos que vinha neste martírio de perícias e os mesmos me dando prazos de três meses, cansei-me e na consulta com a Doutora previdenciária disse que entraria com um pedido a Justiça Federal para que fosse realizado uma junta pericial realmente isto aconteceu no ano de dois mil e seis onde os peritos ficaram mais de uma hora e meia me interrogando sobre o que me levou a esta DEPRESSÃO, como seu soube-se simplesmente contei-lhe que esta doença me perseguia desde (1993) mil novecentos e noventa e três, onde contei toda minha história enquanto contava para um especialista uma outra doutora examinava as receitas de remédios prescritos pelos médicos aos quais passei nestes períodos de depressão enquanto ainda dialogava com o perito a doutora disse que já havia chegado a uma conclusão já o outro respondeu que iria avaliar os relatórios no INSS, passando uns três meses chegaram a uma conclusão e o Juiz concedeu-me invalidez por tempo indeterminado ao qual estou até os dias de hoje, mas os tratamentos continuam até porque esta patologia de depressivo bibolar agressivo segundo a doutora que realmente me tratou por uns seis meses pedia para eu ficar sempre vigilante e não deixar de tomar as medicações prescritas por ela, pois com os exames que ela própria havia mandado eu fazer já tinha uma resposta para o meu problema e assim sigo levando a vida cheio de reações químicas que por sinal são também, danosas ao organismo.
Quanto falo como é difícil expressar os sentimentos desta moléstia e porque ela tem varias facetas traumáticas que nos levam a sentir que seu cérebro e seus pensamentos estão sempre pensando o pior e você perde a capacidade de lidar com situações banais para uns, mas para o depressivo estas alterações resultam no surgimento de outro episódio de doença houve-se falar muito que para nós depressivos enfrentar momentos emocionais mais críticos e que corpo doente ativa uma rede de hormônios e substâncias que desequilibram a ação do eixo conhecido como hipotálamo-hipófise adrenal um dos elos entre o cérebro e os sistemas endócrino e imunológico isto desregulado contribui o eixo aumenta a secreção do cortisol o hormônio do stress contribui para derrubar a imunidade frente a infecção, daí surgem as dores corporais e o mal estar comum aos indivíduos leigos que sofrem a mais de quinze anos deste mal, acho estes estudos um pouco surrealista porque na realidade não vejo nenhum progresso para que venha a cura desta moléstia e sim simplesmente o que vem acontecendo ao longo dos anos as medicações só amenizam este sofrimento é como nos sentimos, pois anteriormente a esta doença tinha uma força de vontade um espírito empreendedor até por ser mais jovem e sempre pensando no futuro de minha família desde que essa doença me destruiu e não consigo se quer passar muito tempo fora de casa porque ela me tira todas as energias a capacidade de fazer o que mais gostava de fazer que era jogar futebol parei nos anos noventa por me sentir sem fôlego e minha vontade de praticar foi esmorecendo juntamente com esta doença avassaladora que vai te contaminando e deixando me uma pessoa quase sem uma vida social, não porque queira, pois vontade não falta, mas primeiramente o aglomerado de pessoas me deixa com umas fobias que a gente nem consegue explicar a falta de ar, estado nervoso abalado sem qualquer explicação, mas na hora não tem nada que faça você ficar no evento que por momento esteja acontecendo.
Neste cotidiano em que vivo onde os remédios são minha fonte de poder ainda consigo comunicar-me com as pessoas mesmo assim, tem dias em que fica difícil parece que você sai da realidade ficando desligado como se te desligassem da tomada obviamente que as pessoas ao qual nós temos um contato notam porque ficam falando comigo e eu pareço nem estar ali, o pior são para as pessoas que não tenho contato de amizade tão freqüente e ficam me encarando e me denominando não para mim, mas sim para os mais chegados segundo eles que sou um ser bobalhão não dou bola para ninguém parece que tenho um Rei na barriga, acho que isso deve acontecer porque realmente não sou assim e nunca fui, até porque vivo um momento não muito fácil e sei das funduras dessa doença que abala principalmente a estrutura do lado pessoal e intelectual por querer entender e a buscar explicações deste mal que me afligi e fico pensando na filosofia que diz o seguinte: Buscar o diálogo deve ser a busca da verdade a explicação do Mundo a tentativa de esclarecimento a conversação, mas nunca a mera repetição de idéias que interrompem a critica que você possa sofrer e em filosofia em seu ser, atenção do pensamento para consigo mesmo na realidade poderia fazer e tentar dar resposta a todas essas idéias e interromper as criticas que fazem a mim até por não me conhecerem e não sabem do que a DEPRESSÃO é capaz de fazer a um ser humano que tem suas convicções, mas ela difícil e complicada e para que as pessoas despertem para atenção sobre nós mesmos, pois somos desatentos sendo pensante imaginem para um depressivo que muitas vezes não consegue por seus pensamentos e raciocínios com certa consciência pela distração dos medicamentos que as vezes nos deixam lentos e sonolentos e com pouca lucidez do que tentamos expor, infelizmente muitas vezes os médicos tem culpa pelo infortúnio quando se referem a doença os médicos precisam dosar suas atitudes frente aos casos, agirem e buscar diagnósticos e tomarem uma melhor decisão de tratamento de acordo com o paciente principalmente médicos de serviços de emergência e unidades de tratamento intensivo até pela experiência de lidarem com casos predominantemente graves principalmente PSIQUIATRAS que tem um contato quase que semanalmente com o seu paciente. Nós que vivemos precisando desse atendimento eles deveriam diagnosticar com uma maior profundidade, pois todos nós sabemos que todo remédio mal receitado torna-se um veneno para o doente e evitarem um mal para o futuro, sabemos também que na medicina existem lobbes para aumentar a confusão e às vezes os interesses das industrias termina pesando na balança nas decisões dos médicos por mais isento que o profissional tente ser, pois hoje o que vimos são grandes pesquisas medicinais tudo financiado pela FILANTROPIA industrial e nós pacientes que somos as cobaias de tanta medicação somos muitos expostos, falo no meu caso como depressivo e por não obter um Médico fixo porque temos sempre que recorrer aos médicos do Sistema Único de Saúde parece mentira, mas em cada consulta sofremos um diagnóstico e mais veneno para o nosso corpo e mente. Infelizmente é assim que vive um doente sem condições financeiras, mas chega um tempo em sua vida que a conscientização de que esta doença já virou uma rotina e nós depressivos sentimos o apelo de nossa família em termos de afetividade e temos que nos mostrar fortes apesar dela nos tirar o que é mais belo nesta vida que é a saúde, mas precisamos pensar em nosso filhos que eles dependem de ti e tem necessidades então não devemos arrastar eles e sim incentivamos não questionando seus valores já que eles também sentem o que passa em sua volta com a doença, ou melhor, também, convivem com ela em razão de um chefe de família se encontrar com essa moléstia.
Hoje graças a DEUS consigo acordar para o mal em que estava causando aos meus filhos, pois com o tempo o mais jovem já se espelhava em tudo que eu fazia e sentia até a dor que ele me via sentir fazendo igual, isto me levou a prestar mais atenção e repensar o que estava fazendo com minha vida, levando um jovem como ele a ter problemas emocionais já com dez anos ter que tomar remédios e tratar-se com neurologista vendo isto tento injetar em mim um pouco de sensatez no meu comportamento que até então não tinha percebido do estrago que estava fazendo com meu filho e minha família, pensando comigo chega de arrastar aquele menino para o fundo do poço como me senti e sinto mais hoje, tenho mais sabedoria desta moléstia que me levou na época minha auto-estima e não pretendo isto para minha família por isso consigo me controlar porque preciso ver o menor e os outros dois filhos convictos do que queiram e dizerem não a um Mundo corrompido e deteriorado ser jovens decididos em seus valores e não serem radicais, mas autênticos para viverem nesta sociedade conturbada isto com certeza mesmo com a doença anda consigo transmitir a eles tudo que aprendi com meu AVÔ materno no ápice de minha vida no qual esta moléstia ainda não brotara no meu ser, hoje infelizmente cansado pela precariedade do atendimento nos serviços públicos onde na realidade cria um circulo os menos favorecidos não tem saúde por não ter uma vida saudável e como é importante para uma pessoa ter saúde tanto no físico como no emocional, até em suas relações de amizade no seu modo de agir em avaliar o certo do errado, mas felizmente consigo ainda perceber ante a necessidade de buscar a qualquer custo coisas que possa me curar meu corpo e minha mente enquanto este órgão que administram a saúde em nosso Brasil pois, vivemos num Mundo automatizado e materializado em que cresce assustadoramente o mau atendimento na hora de cuidar da doença e nós que temos menor poder aquisitivo as vezes somos obrigados a nos agarrar no eficaz e de fato o único meio de neutralizar nossos desequilíbrios que são as palavras sabias do nosso criador maior, longamente meditadas parece-nos capaz de nos assegurar a paz, o sistema não atende as necessidades e o doente é quem paga a conta, mas procuro paz e concluo com as sábias palavras de DANTE ALIGHIERI: “ A saúde do Homem moderno acusa o cansaço, cansaço espraiado, preocupante avassalador, cansaço físico psicológico incorpóreos”.
O homem de hoje precisa de férias, muitas férias. De um século de licença para recauchutar a alma recompor as forças e os nervos gastos.