BRASÍLIA -A reforma do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha vai custar pouco mais de R$ 1 bilhão, de acordo com a nova matriz de responsabilidades para a Copa do Mundo de 2014, publicada nesta quarta no Diário Oficial da União. O documento é um compromisso de obras que o governo tem com a Fifa e é atualizado a pedido de estados e municípios. Por estas informações, a arena da capital do País será a mais cara do evento. Na atualização estão ainda a inclusão de oito projetos, a maioria de menor porte, e a retirada de seis, de grande impacto.
A matriz de responsabilidades inclui as obras de estádios, mobilidade urbana, entorno das arenas, aeroportos, portos, telecomunicações, segurança e infraestrutura turística. Os investimentos previstos somam R$ 25,5 bilhões, sendo R$ 6,3 bilhões do governo federal, R$ 8,63 bilhões com financiamento federal, R$ 6,35 bilhões de governos estaduais e municipais e R$ 4,25 bilhões da iniciativa privada.
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Divulgação
Mané Garrincha neste mês de dezembro
Em relação aos estádios, o de Brasília passa a ser o mais caro de todos, de acordo com o documento oficial. O valor da obra registrado pelo governo do Distrito Federal é de R$ 1,015 bilhão. A justificativa para a atualização dos valores é um aumento acima de 25% do custo da obra. O acréscimo do valor ocorreu porque as licitações foram feitas de forma isolada para cobertura, gramado e cadeiras e não havia essa previsão de gastos na matriz original, datada de 2010.
Apesar de prever no documento oficial o valor bilionário, o governo do DF afirma que o custo final do estádio será menor porque o orçamento informado não levaria em conta os abatimentos permitidos pelo Recopa, regime diferenciado de tributação que concede isenção dos principais tributos federais para a construção de arenas para os eventos da Fifa.
Ainda segundo o governo, essas deduções podem levar a um custo final de cerca de R$ 850 milhões.
Pela matriz de responsabilidades, o Itaquerão, em São Paulo, e o Maracanã, no Rio, têm os maiores orçamentos depois de Brasília, com R$ 820 milhões e R$ 808,4 milhões, respectivamente. No total, os estádios da Copa deverão consumir R$ 7 bilhões, mais da metade com financiamento federal por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Menos de 10% dos investimentos em arenas virão da iniciativa privada, R$ 612 milhões. Em nove das doze sedes os recursos para estádios virão integralmente dos cofres públicos.
MOBILIDADE URBANAApontadas inicialmente como o grande legado do evento, as intervenções de mobilidade urbana são as que mais sofrem alteração. Desta vez, foram cinco obras retiradas. Deixaram de fazer parte do compromisso do governo brasileiro o monotrilho do Morumbi, em São Paulo, o corredor metropolitano de Curitiba, a reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire, em Natal, além das únicas duas obras antes previstas para Manaus, o BRT Eixo Leste/Centro e o Monotrilho Norte/Centro. Com isso, a capital amazonense passa a ser a única que não possui qualquer obra de mobilidade urbana no documento.
ITAQUERÃOFoi retirado ainda do compromisso a previsão de obras de ampliação do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. A atualização incluiu ainda obras de pequeno porte no entorno dos estádios nas cidades de Porto Alegre, Recife, Rio e Salvador. Passa também a constar do compromisso intervenções viárias no entorno do Itaquerão, na capital paulista, no valor de R$ 317,7 milhões.