segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Tarifa da balsa sofre reajuste e dobra valor



Desde o último sábado, o Canal Miguel da Cunha, localizado no estuário da Lagoa dos Patos, na travessia entre Rio Grande e São José do Norte, está interditado para a navegação. O motivo da interdição é a dragagem do canal, que teve início no final da tarde de ontem. Em função desta medida, determinada pela Capitania dos Portos, a pedido da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), as lanchas e balsas que fazem o transporte hidroviário de passageiros e veículos, respectivamente, entre os dois municípios, estão tendo que fazer um percurso maior, contornando a Ilha do Terrapleno.
Com o percurso ampliado, a empresa que presta o serviço de transporte de veículos por balsa, a F. Andreis, aumentou os valores das tarifas, o que desagradou usuários. Para caminhões, por exemplo, a tarifa para a travessia hoje é de R$ 108. Conforme o caminhoneiro Igor Gripp Henrique, 31 anos, antes de sábado era R$ 54,80. "Dobrou o valor de um dia para o outro e sem aviso. Há três dias paguei R$ 54,80. É um absurdo", falou Igor Henrique, que no início da tarde de ontem aguardava, no atracadouro do lado do Rio Grande, para fazer a travessia na balsa para São José do Norte. O caminhoneiro observou que, no caso dele, quem paga é a empresa para a qual trabalha, mas tem colegas que pagam do próprio bolso e estão reclamando deste aumento na tarifa.
Para automóveis, o valor passou de R$ 18,25 para R$ 36. Um trabalhador do serviço de balsa, que não quis se identificar, observou que o valor aumentou porque o trajeto a ser percorrido pela balsa praticamente triplicou. O transporte de passageiros por lancha até ontem continuava com a mesma tarifa: R$ 2 por pessoa.

O reajuste nas tarifas do transporte por balsa não foi autorizado pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). Conforme o conselheiro da Agergs Luciano Schumacher Santa Maria, a interdição do canal já vinha sendo anunciada há mais tempo, mas a empresa pediu reajuste de 136%, na última sexta-feira.
"Não deu tempo nem de começar a análise do pedido", relatou, explicando que, assim, apesar de o percurso realmente ter aumentado, a empresa adotou a medida de forma irregular, pois não deveria ter reajustado as tarifas por conta própria. Segundo ele, a Agergs providenciará a verificação do reajuste "in loco" e a F. Andreis deverá receber uma advertência por ter agido à revelia da autorização da Agergs. "É uma das falhas mais graves que pode ocorrer de parte da empresa",

acrescento Nelson Marques Um ato que causa indignação e frustração, tendo em vista que o poder público está conivente com toda falcatrua imposta pelo empresariado tanto nortenho como na cidade vizinha, Rio Grande. Talvez um dia, quando a população se der de conta do seu verdadeiro poder, possa haver alguma mudança mas, enquanto não souberam usar sua maior arma que e o voto, tudo será igual.

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