sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Temor de prejuízo faz Grêmio aumentar controle sobre a Geral Caso perca mandos de campo por novos tumultos, clube deixaria de arrecadar bilheteria



O temor de prejuízo financeiro leva a direção do Grêmio a aumentar o controle sobre a Geral, cujo número 2, Cristiano Roballo Brum, o Zóio, deu início à briga no dia da inauguração da Arena. Caso perca o mando de campo em consequência de novos tumultos, o clube deixará de faturar nessas partidas a sua parte na divisão de lucros estabelecida na parceria com a construtora OAS. De cada real arrecadado, 65% ficam com o Grêmio.
Esse foi o recado dado à direção da Geral por Nestor Hein, designado pelo presidente Fábio Koff como interlocutor da direção junto às torcidas organizadas. O rigor quanto ao comportamento será absoluto, com a exigência de cadastramento que irá implicar em responsabilidade civil de qualquer integrante que cometa atos de vandalismo. O Grêmio não descarta colocar cadeiras no setor em que as organizadas se localizam, o que determinaria a extinção desses movimentos.
A novidade é que, diferentemente do que se divulgava, é mínimo o risco de que o clube precise indenizar a empresa Arena Porto-alegrense, gestora do estádio, caso alguma partida mude de local. Isso só ocorreria "como consequência de atos praticados diretamente pelo Grêmio ou seus prepostos", como especifica um dos trechos do contrato celebrado em dezembro de 2008 para a construção da Arena.
_ É mais ou menos assim: um de nossos dirigentes dá uma entrevista explosiva, criticando o Inter, e cria uma situação de guerra entre as duas torcidas. Só neste caso a responsabilidade pela interdição é do clube, que precisaria reembolsar a outra parte _ explica o advogado Gustavo Pinheiro, executivo jurídico do Grêmio na recém encerrada gestão Paulo Odone.
Artur Porto Alegre, diretor jurídico da Arena Porto-alegrense, se abstém de comentar as cláusulas do contrato. Argumenta, contudo, que, em qualquer caso de interdição, o prejuízo é sempre das duas partes.
_ A Arena é do Grêmio, somos parceiros _ diz o advogado.
Ele define com "pontual" a briga ocorrida na inauguração. E acredita que a grande visibilidade oferecida por todos os setores da Arena irá facilitar a ação dos órgãos de segurança.
Eduardo Pinto, presidente da Arena Porto-alegrense, destaca a boa relação entre as duas partes e também entende que o prejuízo seria duplo, independentemente do que esteja escrito no contrato.
Enquanto lamenta o ocorrido, ele manifesta sua esperança de que a Arena desestimule atos de violência.
_ O esporte é uma coisa prazerosa. A Arena foi feita para que as pessoas se sintam bem. Brigas não cabem em futebol _ afirma.

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