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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Há 15 anos, Congresso rejeitou fim dos embargos infringentes Governo tentou acabar com este tipo de recurso, mas proposta foi rechaçada pelo Legislativo


A extinção dos embargos infringentes em ações penais no Supremo Tribunal Federal foi expressamente rejeitada pela Câmara dos Deputados há 15 anos, durante uma tentativa de modificar a lei 8.038 de 1990. É essa lei que está no centro do debate sobre a existência ou não desse tipo de recurso, que poderá dar, se aceito, mais uma chance para parte dos condenados no julgamento do mensalão.
A lei é citada pelos ministros contrários aos embargos. Dizem que, como ela não prevê esse tipo de recurso – um novo julgamento para o crime pelo qual o réu é condenado com pelo menos quatro votos pela absolvição – não seria o caso de utilizá-lo no mensalão. Os defensores dos embargos infringentes dizem que, apesar de a lei 8.038 não prever o recurso, ele está contido no regimento interno do Supremo.
A proposta de mudança da lei 8.038 foi discutida em 1998, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os então ministros da Justiça, Iris Rezende, e da Casa Civil, Clóvis Carvalho, argumentaram que a mudança – o fim dos embargos infringentes em ações penais – ajudaria a desafogar o Supremo. O governo acreditava que, mesmo não havendo previsão explícita na lei, era preciso ser explícito ao dizer que o recurso não poderia mais ser usado.
"As matérias que são levadas ao plenário (do STF) já são de tal relevância que os debates verificados para a fixação de posicionamento da Corte raramente ensejariam a revisão de posturas por parte daqueles que já se pronunciaram a favor ou contra as teses veiculadas em recursos ou ações apreciadas em plenário", afirmaram os ministros na justificativa do projeto de lei.
Nessa época, Gilmar Mendes era subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Hoje, no STF, o ministro defende a tese de que a lei 8038 teria revogado "tacitamente" o artigo do regimento interno do tribunal que garante aos réus o direito a novo julgamento em caso de placar apertado nas condenações.
No Congresso, porém, o tema foi rejeitado logo no primeiro debate, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. "A possibilidade de embargos infringentes contra decisão não unânime do plenário do STF constitui importante canal para a reafirmação ou modificação do entendimento sobre temas constitucionais, além dos demais para os quais esse recurso é previsto", afirmou, na época, o então deputado Jarbas Lima, relator da proposta. Ele observou que a exigência de quatro votos, prevista no regimento do STF, justificava a possibilidade de revisão do julgado.
"Se a controvérsia estabelecida tem tamanho vulto, é relevante que se oportunize novo julgamento para a rediscussão do tema e a fixação de um entendimento definitivo, que depois dificilmente chegará a ser revisto", disse o então parlamentar.
Ao final da tramitação, a proposta encampada pelo governo foi rejeitada e ficou de fora do texto final. A decisão da Câmara dos Deputados, portanto, manteve expressamente a possibilidade do recurso no STF.
Nesta quarta-feira, 17, o ministro Celso de Mello deve votar pela manutenção dos embargos – o placar sobre o tema está em cinco a cinco. Com isso, os réus terão direito a novo julgamento para crimes específicos. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, por exemplo, foi condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha – poderá pedir o infringente para a quadrilha. 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

PF detecta lobby de ONG sobre Gilberto Carvalho Operação Pronto Emprego revela que organização acusada de desviar verbas do Ministério do Trabalho buscou apoio de secretário-geral da Presidência


A organização criminosa que desviou R$ 18 milhões de um convênio com o Ministério do Trabalho buscou apoio e incentivo do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para tentar obter aditamentos e novos repasses de verbas para o Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), ONG que teria se transformado no reduto da quadrilha.
Veja também:

Relatório da Operação Pronto Emprego, da Polícia Federal, deflagrada dia 3 em São Paulo, revela que o ministro era tratado pela quadrilha como seu "interlocutor" na pasta do Trabalho. Interceptações telefônicas mostram que, em maio, o grupo estava preocupado com perda de espaço no ministério e com uma divisão na cúpula da pasta. "Gilberto Carvalho irá resolver isso", diz Jorgette Maria Oliveira, presidente da ONG, em ligação gravada.
Carvalho recebeu em seu gabinete muitas vezes padre Lício de Araújo Vale, a quem a PF atribui papel destacado na quadrilha, "articulador dos constantes aditamentos irregulares junto ao Ministério do Trabalho".
Outros dois personagens centrais da trama foram recebidos por Carvalho - Jorgette e o advogado Alessandro Rodrigues Vieira, diretor jurídico da ONG.
O relatório da PF - 192 páginas com fotos, organogramas e planilhas da evolução patrimonial dos investigados - descreve os movimentos da organização e o assédio sobre o ministro. "É bastante comum a dupla (Vieira e Padre Lício) ir a Brasília para tratar da renovação junto a funcionários de alto escalão do Ministério do Trabalho e da Secretaria-Geral da Presidência da República", diz o documento, à página 82.
A ONG foi criada pela Arquidiocese de São Paulo, em 2002. Depois, desvinculou-se da Cúria e virou Organização da Sociedade Civil de Interesse Público para capacitação de trabalhadores. Em 2008, firmou convênio com o Ministério do Trabalho.
O escoadouro do dinheiro público, diz a PF, se deu por meio de aditamentos. Nessa fase a organização pediu colaboração de Carvalho e corrompeu assessores do Trabalho - Gleide Santos Costa, da Secretaria de Políticas Públicas do ministério, foi preso em flagrante com R$ 30 mil que recebera de Jorgette.
Grampo de 20 de maio, 11h43, pegou Jorgette e Gleide. Ela diz que irá a uma reunião no gabinete de Carvalho. Às 12h42, Jorgette conversa com Alessandro Vieira. Ele conta que se encontrou com o secretário executivo do Trabalho, Paulo Roberto dos Santos - que caiu na Operação Esopo -, e que este pediu a Gleide que providenciasse a renovação do convênio. Vieira diz que "seria melhor ganhar a simpatia do ministro Manoel Dias (Trabalho) por intermédio de Gilberto Carvalho".
Vieira diz que Paulo Roberto seria "o 'gatilho' do ex-ministro Carlos Lupi dentro do Ministério do Trabalho". A PF diz que padre Lício é "sacerdote e empresário, sócio do Centro Brasil do Trabalho, que não existe de fato, e recebeu R$ 1,26 milhão do Ceat, recursos desviados por meio de prestação de serviços fictícios".
À página 62, o relatório mostra que Jorgette foi informada de fiscalização do TCU na ONG e ficou tensa. "A minha grande questão é: eles vão só na gente ou vão nos clientes também, nos terceirizados?"
É citado Rodolfo Torelly, diretor do Departamento de Emprego e Salário do Trabalho. Ele alerta Jorgette "sobre resistências dentro do ministério, entre o grupo de Paulo Roberto e o grupo do Manoel Dias". Ressalta a "importância de se aproximar de Manoel Dias". Ela se diz confiante. "Gilberto Carvalho irá resolver isso."
No dia 4 de junho, às 15h25, Jorgette comenta com o padre que Manoel Dias "não está se aproximando" do Ceat porque seriam ligados a Lupi. "Está na hora do Gilberto Carvalho falar com o Manoel Dias e informar que o Ceat é do governo", diz a presidente da ONG. Ela orienta o religioso a falar com Carvalho e pedir que os ajudem porque "existe uma divisão no ministério e, de alguma forma equivocada, os associaram ao Lupi". Jorgette recomenda ao padre que diga a Carvalho que "não são ligados a ninguém, a não ser ao próprio governo, ao ministro e ao ex-presidente Lula".
Dia 5, às 11h11, da antessala de Carvalho, Lício telefona para Jorgette e diz que, enquanto aguardava ser atendido, encontrou-se com Manoel Dias e o convidou para visitar a entidade. O padre afirma que "o interlocutor do Ceat é Gilberto Carvalho". Depois, comenta que pediu a Carvalho para "dar um toque no Manoel Dias, pois ele acha que o Ceat é ligado ao Lupi".

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Petistas esperam voto favorável, mas criticam adiamento Avaliação no partido é de que recursos serão aceitos pela Corte; no Planalto, temor é de que reabertura do caso desgaste Dilma


Apesar de ser Hakeado  no meu próprio Blogspot.  João Waldir - Pé na bola, ainda foi feito com meu email, acho eu, até porque sou meio leigo nestas coisas. criaram um blogspot Sem Fronteiram que realmente não entendi, Pois este mesmo não aceita comentários nem meu. no outro dia tiraram a Matéria e passaram a dize que este blogueiro, virou causo de Policia, num outro blogspot chamado TUCO - TUCO POLICIAL. Agora será que não vão criar outro, dou até uma sugestão Blogspot do Jacaré, do Elefante ou outros que quiserem. Mas tem um ditado pplular que ninguém bate e cachorro morto. será porque o Blogspot do mesmo tem muito acesso. uma Pergunta que faço a essa pessoa ou outras,
A possibilidade de um novo julgamento do mensalão divide o PT e preocupa o governo Dilma. Mesmo os petistas que temem o desgaste provocado pela reabertura do caso avaliam, porém, que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, interrompeu a sessão desta quinta-feira, 12, e empurrou a decisão para a semana que vem apenas para que a opinião pública faça pressão contrária aos réus.

A presidente Dilma Rousseff não quer que o julgamento invada a campanha eleitoral de 2014 e ordenou a lei do silêncio no Palácio do Planalto. De todos os réus do PT, Dilma só conversa com o deputado José Genoino, que sofreu isquemia cerebral no mês passado e pediu aposentadoria por invalidez à Câmara. Ela é distante do ex-ministro José Dirceu, a quem sucedeu na Casa Civil em 2005, no auge do escândalo do mensalão, e do deputado João Paulo Cunha.

No Planalto, dois petistas defendem a reabertura do julgamento: o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e a titular das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.

Em conversas reservadas, no entanto, candidatos do PT a governos estaduais dizem que o julgamento deveria terminar agora porque os adversários vão fazer o partido "sangrar" na campanha se o mensalão for revisitado. O Supremo começou a julgar os réus em agosto do ano passado, durante a disputa pelas prefeituras, e o assunto foi um dos temas preferidos dos rivais do PT. Logo após ser eleito prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) não conteve o desabafo, quando perguntado sobre o tema pelo Estado. "Será que eu vou ter de passar a vida inteira respondendo sobre mensalão?", devolveu ele.

Para o deputado Paulo Teixeira, secretário-geral do PT, nada pode restringir o direito de um condenado à revisão de sua pena. "Nós não podemos sacrificar um novo julgamento, que pode corrigir inconsistências e equívocos cometidos na primeira fase, como a tese da formação de quadrilha, com argumentos que não se sustentam", afirmou Teixeira. "Serão 12 novas análises e creio que o Supremo não ultrapasse 60 dias para fazer isso."

Teixeira disse esperar que Celso de Mello, ministro do Supremo, vote na quarta-feira, 18, pela aceitação dos embargos infringentes dos réus do PT. "A minha expectativa é que ele siga a tradição do Supremo. Se os embargos infringentes valeram até hoje, por que agora não valem mais? Não podemos ter um julgamento casuístico", insistiu.

A interrupção da sessão por Joaquim Barbosa foi considerada uma "armação" por muitos petistas. Na opinião deles, o presidente do Supremo só agiu assim para incentivar a pressão da mídia, no fim de semana, contra o esperado voto favorável de Celso de Mello aos réus do mensalão.

Amigo de Dirceu, o ex-deputado Paulo Rocha (PT) disse acreditar na reabertura do julgamento. "O Supremo não cometeria um ato de autoritarismo num momento tão importante como esse", comentou Rocha, que teve o nome envolvido no escândalo, renunciou ao mandato de deputado em 2005, para não ser cassado, e foi absolvido pelo Supremo no ano passado.

"Um outro julgamento é necessário para mostrar as contradições, a falta de provas e o uso indevido da teoria do domínio do fato", insistiu o deputado Ricardo Berzoini (SP), ex-presidente do PT, numa referência à teoria que define a responsabilidade do agente público pelo cargo ocupado, mesmo sem haver ato de ofício.


Tópicos: MensalãoPT,

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Dirceu pede ao STF acesso aos votos no julgamento do mensalão. Mas que tremendo Cara de Pau??????


                                       Eta Cara de Pau
O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso aos votos dos ministros no julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, antes da publicação do acórdão, que traz o resultado final do julgamento. Com a divulgação do acórdão, começa a contar o prazo para a apresentação de recursos por parte dos advogados.          
A petição destaca que o ministro-relator e presidente da Corte, Joaquim Barbosa, já teria disponibilizado seu voto aos demais ministros. A defesa de Dirceu fundamento o pedido tendo em vista a "excepcional dimensão" da ação penal e o curto prazo para apresentação de recursos.          
No julgamento do mensalão, José Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha (dois anos e 11 meses de prisão) e corrupção ativa (sete anos e 11 meses de prisão + 260 dias-multa de dez salários mínimos cada, total de R$ 676 mil).          
O ministro Joaquim Barbosa encaminhou recentemente ofício aos demais integrantes da Corte informando que já terminou sua parte no acórdão da Ação Penal 470. Segundo o ministro, que é o relator do processo, o desfecho da ação depende dos colegas.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sarney chora e chama Renan de 'poderoso' em consensos



BRASÍLIA - Emocionado, José Sarney (PMDB-AP) despediu-se da Presidência do Senado com um longo discurso em que fez um balanço dos seus 58 anos de história legislativa, citou projetos aprovados ao longo do último ano e os desafios que a Casa deve enfrentar em 2013. Em dois momentos, o senador chorou e foi bastante aplaudido ao final de sua fala nesta sexta-feira.
Momentos antes de abrir a votação para a escolha do novo presidente, Sarney cumprimentou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), falando dele já como eleito e não como candidato. "Sua eleição a presidente da Casa mostra a confiança de seus pares, e nos dá a garantia de um mandato em que o Senado Federal seguirá seu caminho de transparência e equilíbrio democrático. Meus votos de êxito em suas tarefas."
José Sarney defendeu Renan, sem mencionar as acusações contra ele, dizendo que seu colega peemedebista é "uma das mais expressivas lideranças de nosso partido". "Eleito senador em 1994, 2002 e 2010, tem sido um legislador criterioso, com importantes iniciativas, como a do Estatuto do Desarmamento, um articulador hábil e um poderoso formador de consensos."
Exaltando o próprio perfil, que classificou como conciliador, Sarney ressaltou sempre ter trabalhado em conjunto com a mesa diretora da Casa e com as lideranças. "Como democrata, sempre a todos ouvi, procurei compreender a posição dos adversários, respeitar as opiniões divergentes, soube que todos temos uma contribuição a dar, busquei incansavelmente o diálogo e a conciliação, harmonizar os conflitos. Assim, a democracia é para mim um modo de vida."
Sarney, que presidiu o Senado por quatro vezes, frisou ainda que o "Parlamento sofre hoje, em todo o mundo, críticas da mídia e incompreensão da sociedade". Ele atribui o fato à velocidade com que as informações circulam nos dias atuais. "Parece que as leis podem ser feitas sem o complexo processo de examinar suas repercussões e alternativas, ouvir os especialistas e a sociedade, formar consensos e maiorias. Contrastam com o tempo do Legislativo os tempos do Executivo e os do Judiciário, que podem decidir por um ato solitário."
Ele engrandeceu o fato de o Senado estar informatizado e lembrou a implantação de 80% da reforma administrativa, falando também dos desafios da Casa ao longo deste ano. "Estão aí sem solução visível a reforma tributária, os royalties, o Fundo de Participação dos Estados e o Fundo de Participação dos Municípios, para citar exemplos de que ainda não se tem a consciência política de que estes problemas não são regionais, mas nacionais."NOTÍCIAS RELACIONADAS   

Disputa acirrada no PT



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro José Dirceu e o presidente do PT, Rui Falcão, para seguir a efetiva ordem de importância de cada um na hierarquia da agremiação, parecem ter tirado o dia, anteontem, para disputar entre si um acirrado torneio de primarismo, descaramento e mistificação. Em Cuba, participando de um daqueles convescotes ideológicos cheios de ar quente e vazios de ideias - no caso, uma "Conferência pelo Equilíbrio Mundial", no Palácio de Convenções de Havana -, Lula demonstrou surpreendente sintonia com o espírito já um tanto fanado da new age, ao pedir ao público que mandasse "energia positiva" para o caudilho venezuelano Hugo Chávez. Se ele porventura superar as sequelas da operação a que se submeteu na ilha em meados de dezembro para extirpar o câncer de que padece, Lula bem poderá se gabar de haver contribuído para a sua miraculosa recuperação. Pelo menos seria coerente com a sua propensão a tratar de proezas alheias como se delas fosse o autor.
Mas o apelo ao despacho de energia cósmica para revigorar o autocrata de Caracas até que passa, com um pouco de caridade. O que fica é o exemplo confeccionado por Lula para a ocasião, a fim de ilustrar a sua enésima diatribe contra as "elites" em geral e a imprensa em particular por seu suposto "ódio" contra Chávez, a argentina Cristina Kirchner, o uruguaio Pepe Mujica e o boliviano Evo Morales pelo bem que fariam aos pobres. (Ele omitiu o equatoriano Rafael Correa.) "No Brasil", afirmou, voando baixo, "a imprensa não suporta que os pobres viajem de avião." O que os viajantes, ricos, remediados ou pobres, não suportam - e o que a imprensa denuncia - é a situação dos obsoletos aeroportos brasileiros, que o lulismo no poder não cuidou de apetrechar para o aumento do número de voos e passageiros. A mídia, a mesma que o ajudou a decolar do sindicalismo para a grande política - como certa vez, em um momento de franqueza, ele admitiu -, é o bode expiatório de há muito escolhido para livrar o PT do acerto de contas com seus próprios malfeitos.
Desde o julgamento do mensalão, ela tem a companhia da Justiça. O Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs aos mensaleiros penas compatíveis com o crime de lesa-República que se esbaldaram em cometer, e o titular do Ministério Público Federal, Roberto Gurgel, por ter encaminhado à instância adequada as acusações do publicitário Marcos Valério contra Lula, em vez de lançá-las ao lixo, capitaneiam a "ofensiva da direita contra o nosso projeto político", nas palavras de Dirceu (10 anos e 10 meses de prisão, além de multa de R$ 676 mil). Em um ato da CUT, no Rio, "pela anulação do julgamento do mensalão", o mensaleiro-chefe acusou o STF de violar os direitos individuais e a democracia. No seu vale-tudo mental, atribuiu o noticiário da imprensa sobre as mazelas dos políticos ora à intenção de "amanhã dar um golpe", ora à intenção de inibir o Congresso de regular a mídia. Às vezes, nessas horas, a verdade assoma em meio à fabulação. No caso, a pouca vontade do próprio PT em mobilizar as massas para a defesa dos mensaleiros.
"Aonde (sic) estão os nossos?", perguntou retoricamente Dirceu para se queixar de que ninguém "foi para a tribuna denunciar" a decisão de Gurgel de dar curso às denúncias de Marcos Valério. Por sua vez, Andréa Haas, mulher do condenado ex-dirigente do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato (14 anos, 8 meses, R$ 1,3 milhão), pediu aos companheiros "que não sejamos esquecidos, como até hoje fomos". Não será o desalento petista que motiva as exortações de Dirceu e a campanha que promete encetar contra o STF? Não será também o que leva o deputado Rui Falcão a abrir ao máximo a sua "torneira de asneiras", como fazia a boneca Emília das histórias de Monteiro Lobato? São tantas que não é fácil escolher a que merece ir ao pódio. Entre a imputação ao Ministério Público de ter "atuação partidária" e o imperativo de combater a oposição "sem cara, mas com voz" que "tenta interditar a política no Brasil", o Oscar vai para esta obra de arte: "Quando desqualificamos a política (…), a gente abre campo para experiências que, no passado, levaram ao nazismo e ao fascismo" (apud, Rui Falcão).

sábado, 26 de janeiro de 2013

“Estamos devendo muito ao povo”, diz Olívio Dutra, sobre PT


Petista histórico, o ex-governador gaúcho Olívio Dutra vem se destacando como um dos principais críticos do seu partido. Dias atrás afirmou que José Genoino (SP) errou ao assumir a vaga de deputado na Câmara após ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Também disse que o mensalão se deveu a um conjunto de erros cometidos pelo partido.
Agora, em entrevista ao jornal Brasil de Fato, ele volta à carga, com mais críticas ao mensalão e ao processo de inflexão conservadora que teria ocorrido no interior da legenda. Segundo o ex-governador e ex-ministro das Cidades, em nome da governabilidade o PT deixou de levar adiante seu programa.
Eis algumas questões abordadas pelo petista na entrevista:
Governabilidade – “Acabamos con­temporizando sob a alegação da gover­nabilidade, tendo que construir uma maioria não programática no Congres­so, tanto no primeiro quanto no segun­do governo do Lula, e até mesmo ago­ra. Mesmo havendo coragem para en­frentar os desafios de um país tão gran­de e com desigualdades imensas, esta maioria não programática sempre pu­xou para baixo a execução de um programa que enfrentasse com radicalida­de situações de desigualdade que pe­nalizam milhões de brasileiros.”
Dívida – “Estamos devendo muito ao povo brasileiro, mesmo que tenha­mos conquistados direitos sociais, me­lhor distribuição da renda, oportunida­de de emprego e trabalho regular. Mas não fizemos, por exemplo, a reforma agrária com a radicalidade necessária.”
Reformas – “Com a maioria que constituímos, não fizemos nenhuma das reformas funda­mentais do Estado… Não mexemos na estrutura deste Es­tado, que continua sendo uma cidade­la dos grandes interesses econômicos e culturais.”
Mensalão – “As instâncias partidárias afrouxa­ram-se de tal maneira que inclusive tive­mos pessoas importantes do PT que co­meteram políticas que não se diferen­ciam das políticas tradicionais que sem­pre condenamos, sob alegação da gover­nabilidade e essas coisas todas.”
Futuro - “O PT jamais poderia ter feito isso (mensalão) mas pode, daqui para frente, se assumir como partido da transformação e não da conciliação.”
Lançado há dez anos, o semanário Brasil de Fato é mantido com o apoio de organizações como o Movimento dos Sem Terra (MST), pastorais sociais da Igreja Católica, Consulta Popular, entre outras. Um de seus conselheiros mais destacados é João Pedro Stédile, líder do MST.
As críticas de Dutra representam o pensamento da ala mais à esquerda do PT. Para ler a entrevista na íntegra basta clicar neste link
Acompanhe o blog pelo Twitter – @Roarruda

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Agricultora é eleita vereadora com apenas um voto no interior do RS Juvina Camargo Duarte era suplente de titular que desistiu do mandato


PORTO ALEGRE - Inscrita como candidata do PMDB à Câmara de Vereadores de Lajeado do Bugre, a 380 quilômetros do Rio Grande do Sul, para preencher a cota de mulheres, a agricultora Juvina Camargo Duarte, 33 anos, chegou ao cargo apenas com seu próprio voto.
Isso se tornou possível por algumas características do município, que tem 2.017 eleitores. Nas eleições do ano passado, 17 concorrentes disputaram as nove cadeiras do Legislativo. Everaldo da Silva, também do PMDB, conquistou 122 votos e foi eleito por média. Como outra candidata do partido, Juvina ficou na suplência. O titular desistiu do mandato e a agricultora assumiu. 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Lula fica chateado com a invasão do sem Terra. Porque era no dele?

Sem-terra temem reintegração de posse do assentamento onde moram - Epitácio Pessoa/AE




O diretor-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, se reuniu nesta quarta-feira com os invasores da entidade e disse aos jornalistas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou "chateado" com a ação dos sem-terra. "Relatei o movimento e ele ficou chateado porque o pessoal invadiu e ele teve de mudar a agenda, mas faz parte", disse Okamotto.
Epitácio Pessoa/AE
Sem-terra temem reintegração de posse do assentamento onde moram
Segundo ele, Lula viria para ao escritório nesta quarta-feira, mas decidiu viajar para lugar não divulgado. Okamotto ressaltou que o grupo tem a solidariedade do ex-presidente, mas que ele, Okamotto, não concorda com o método dos invasores. "Eles têm a solidariedade do presidente Lula para resolver o problema do assentamento e de todos nós. O que eu não posso concordar é com os métodos que eles estão usando. Eu acho que é inadequado, não pediram sequer uma audiência. Nunca pediam apoio", reclamou o diretor-presidente do Instituto Lula.
Okamotto afirmou ainda que tudo o que a entidade poderia fazer pelos invasores, além de oferecer "café e água", já foi feito. "Mais do que isso é dizer que o movimento deles está certo, mas que a forma não me parece muito correta."
Ele transmitiu aos sem-terra a disposição da presidência do Incra em recebê-los, desde que eles deixem o Instituto Lula e a sede do Incra em São Paulo. "Por enquanto, estão como nossos convidados aí, mas não podem ser convidados eternos, têm de achar uma solução", disse o diretor-presidente descartando uma medida judicial para a retirada dos invasores neste momento. "A partir de agora é a relação deles com o governo. O nosso papel é só levar os fatos que ocorreram para ver se as autoridades tomam alguma providência", completou.
De acordo com Okamotto, que teve o consentimento dos invasores para entrar no prédio, as instalações estão preservadas. Com essa ação, ele já avisou que pretende mudar os procedimentos de segurança do Instituto Lula para evitar ações semelhantes. "Certamente algumas rotinas terão de ser alteradas."

Tópicos: Instituto LulaLula


Invasores do Instituto Lula temem um novo Pinheirinho




O grupo de sem-terra que invadiu, na manhã desta quarta-feira, o prédio do Instituto Lula, na zona sul de São Paulo, disse temer que a reintegração de posse do assentamento onde vivem, na região de Americana, no interior paulista, se torne "um novo Pinheirinho". "As pessoas vão ficar lá e resistir até a morte", afirmou o advogado do grupo, Vandré Paladine Ferreira.
Nesta manhã, por volta das 6h30, um grupo de cerca de 100 moradores do assentamento Milton Santos, entre Americana e Cosmópolis, invadiu o instituto e rendeu o caseiro Valdeni Almeida Timóteo, anunciando a ocupação. Os funcionários do Instituto Lula foram impedidos de entrar no prédio e, por volta das 10h45, ainda aguardavam do lado de fora do imóvel. "O engraçado era que, há 50 anos, éramos nós que fazíamos essa ocupação. A gente entende", disse um funcionário que não quis se identificar. No mesmo horário, havia no local apenas um carro da Polícia Militar (PM) e um da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não veio para o escritório, mas já foi comunicado da invasão.
O prédio está cercado por invasores e faixas pedindo para que Lula negocie com a presidente Dilma Rousseff um decreto de desapropriação da área onde os sem-terra vivem há sete anos. De acordo com o advogado do grupo, o terreno está em disputa judicial entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a família proprietária da área, mas uma decisão da Justiça, em junho de 2012, ordenou a desocupação do local a partir do fim deste mês. "O governo tem desapropriado (áreas) para a Copa, para a Olimpíada e está fazendo jogo duro para desapropriar um terreno de 104 hectares", reclamou o advogado. Vandré Ferreira ressaltou que o grupo pretende permanecer no prédio do Instituto Lula até que o governo assine o decreto de desapropriação da área onde se localiza o assentamento por interesse social.
A decisão de invadir o Instituto Lula se deveu, segundo os sem-terra, ao poder de influência do ex-presidente junto à sua sucessora. "A gente sabe da influência que ele tem neste governo. Se ele viesse aqui falar com a gente, seria muito bom", disse o advogado. De acordo com Vandré Ferreira, além da invasão, três sem-terra estão acorrentados, em greve de fome, na porta do escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista, também reivindicando a desapropriação do terreno.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

E a financeira quando será que vai acabar e outras mortes até hoje não exclarecida bela nossa ditabranda.


Um painel em cores fortes e imagens chocantes com várias modalidades de tortura praticadas durante o governo militar (1964/1985) poderá ser visto a partir de agora pelos deputados na volta ao trabalho e por todos os que visitarem a Câmara. O óleo sobre acrílico tem 5,5 metros de comprimento por 1,6 metro de largura. Foi instalado na entrada do corredor que dá acesso ao plenário, num local que recebeu o nome de Espaço Rubens Paiva - o deputado que foi sequestrado e morto pela ditadura em 1971.
A obra é do artista plástico e editor Elifas Andreato. Recebeu o nome de "A verdade ainda que tardia", numa referência direta à inscrição da bandeira de Minas Gerais - "Liberdade ainda que tardia ("Libertas Quæ Sera Tamen", retirada pelos inconfidentes da primeira écloga do poeta romano Virgílio). Foi doada no final do ano passado ao acervo permanente da Câmara. Andreato a fez para a exposição "Parlamento mutilado: deputados federais casados pela ditadura de 1964", que homenageou os 173 deputados que tiveram o mandado cassado durante o governo militar. 
De acordo com informação de Elifas Andreato, o painel levou três meses e meio para ser concluído num trabalho de cerca de 15 horas por dia. Entre as cenas mais fortes mostradas pelo painel estão uma mulher pendurado no "pau-de-arara", mulheres sangrando pela vagina, uma pessoa afogada num balde, um homem sofrendo choques elétricos no pênis, enquanto um torturador aperta parafusos numa espécie de "coroa de Cristo" colocada em sua cabeça. Vários torturadores estão nus. Têm uma arma no lugar do sexo.
Há ainda reprodução de fotos da presidente Dilma Rousseff no tempo em que foi presa e torturada, Rubens Paiva, Carlos Lamarca, Carlos Marighella e outras pessoas torturadas ou mortas durante o regime militar. Na parte mais à direita do painel há uma homenagem ao movimento "Tortura nunca mais", que catalogou os nomes dos mortos, torturados e torturadores.  Só a do PC Farias, Celso Daniel e outros será que desapareceram no regime Militar. e tantos outros Soldados que tbm foram torturados e mortos,. chega de hipócresia Brasil quando o regime não dá certo procura os defeitos em outros que já foram. como diz um narrador em transmissão de futebol o que passou já era?

Mercado da bola do Futebol Brasileiro


Como anda o mercado da bola
Todos os times
  • Santos

    Bill

    Atacante de 29 anos deixa o clube e assinou por seis meses com o Al Ittihad, da Arábia Saudita. O jogador era reserva e vai ter sua segunda chance no exterior - ele já atuou pelo Nanchang, da China

  • Palmeiras

    Márcio Azevedo

    Lateral-esquerdo está no Botafogo e já passou por Fortaleza e Atlético-PR. Contratação tem o aval do técnico Gilson Kleina, mas esbarra na liberação do clube carioca.

  • Botafogo

    Júlio Cesar

    Lateral-esquerdo de 30 anos estava no Grêmio e tem passagens por Flamengo, Cruzeiro e Fluminense. Chega para disputar a posição de titular com Márcio Azevedo.

  • Internacional

    Gabriel

    Lateral de 31 anos troca o Grêmio pelo clube Rival. O jogador deixou a equipe após acertar sua rescisão, já que não fazia parte dos planos do técnico Vanderlei Luxemburgo

  • Corinthians

    Dedé

    Zagueiro de 24 anos pode sair do Vasco e um dos destinos seria o Corinthians, apesar do Cruzeiro também ter demonstrado interesse. Dedé já chegou a receber proposta oficial do clube paulista.
  • Atlético-MG

    Diego Tardelli

    Atacante de 27 anos está no Al Gharafa, do Qatar, e pode voltar ao Atlético-MG em contrato de empréstimo. O jogador perdeu espaço no clube do Oriente Médio após a chegada de Nenê, ex-PSG.

  • Bahia

    Toró

    O volante de 26 anos, revelado pelo Flamengo, vai defender o Bahia durante a temporada. Em 2011 o jogador foi para o Atlético-MG, mas perdeu espaço na equipe após a chegada do técnico Cuca.

  • Fluminense

    Felipe

    O jogador de 35 anos, ex- Vasco, é o terceiro reforço do time das Laranjeiras, que já trouxe Rhayner e Wellington Silva. O meia já defendeu o Fluminense em 2005 e fez três gols em 19 jogos.

  • Flamengo

    Wallace

    O zagueiro deixa o Corinthians, onde foi campeão mundial, e acerta com o clube carioca. Sem espaço no elenco do técnico Tite, o defensor troca de time para garantir vaga de titular.

  • Portuguesa

    Souza

    Meia de 33 anos, ex-Grêmio, Cruzeiro e São Paulo, é o reforço do time para as disputas da Série B do Paulistão e também da Copa do Brasil e do Brasileirão.


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