Um tesouro está enterrado nos cofres da Caixa Econômica Federal (CEF), à espera de quem o busque. Um total de 31.667 gaúchos não compareceu às agências da instituição para pegar o cartão do Bolsa-Família, programa criado em 2003 pelo governo federal para ajudar famílias de baixa renda. Se o dinheiro não é sacado num prazo de seis meses, o beneficiado é excluído.
Destes 31.667 – contabilizados em 18 de outubro, uma média mensal dos que não retiram –, pelo menos 28.300 não sacaram o dinheiro, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Os demais podem ter retirado a verba mediante apresentação da carteira de identidade e do Número de Identificação Social (NIS), fornecido pelo governo federal para quem deseja se beneficiar de projetos governamentais.
Pelo valor médio dos benefícios pagos, o montante do Bolsa-Família que permanece intocado no Estado giraria em torno de R$ 2,1 milhões. O fenômeno é nacional. No país, de 13,3 milhões de cartões emitidos em setembro, 567 mil não foram retirados (4,2% do total) – um dinheiro que se destina a quem mais precisa.
Os 31 mil sumidos representam 5,8% do total de beneficiários no Estado, que é de 545.839 famílias. O ranking de verbas represadas do Bolsa-Família no Rio Grande do Sul, à espera dos seus beneficiários, é liderado por São Leopoldo. No município do Vale do Sinos, 22,5% dos credenciados simplesmente não sacaram o cartão do programa. A seguir, estão Caxias do Sul (18,6%), Gravataí (16,6%), Canoas (9,7%) e Porto Alegre (9,5%).
São várias as hipóteses para tentar explicar porque pessoas deixam de buscar o dinheiro. A principal é de que não sabem que está à sua espera.
— São gente paupérrima, o que explica porque somem. Outros simplesmente esquecem de ir ao banco verificar se o cartão chegou ou não entendem direito o procedimento — especula a coordenadora do programa no Estado, Rosana de Oliveira Brito.
Há 35 mil famílias na lista de espera
O coordenador-geral de Benefícios do MDS, Anderson Brandão, agrega outros dois motivos. Um deles é que muitos candidatos vivem em áreas marginais, sem endereço postal. Com isso, o cartão não pode ser deixado na residência. Em outros, não há ninguém na casa, na hora da entrega.
Outra probabilidade é que algumas famílias simplesmente tenham saído da linha de miséria e resolvido não pegar a verba. Por incrível que pareça, 60 mil beneficiários no Brasil devolveram o cartão este ano, argumentando que não precisam mais do dinheiro. O MDS descarta fraudes – aqueles casos em que os credenciados simplesmente não existem ou não se enquadram no perfil necessário para ser beneficiado.
A verba é devolvida ao tesouro e pode ser reaproveitada no orçamento do ano seguinte pelo Bolsa-Família. Enquanto 31 mil famílias ainda não buscam o cartão, outras 35 mil aguardam na fila apenas na Região Metropolitana.
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