domingo, 9 de junho de 2013

Dops gaúcho ‘fichou’ o primeiro marido de Dilma, cujo nome não foi citado na biografia oficial dela

Dilma Rouseff

Em 14 de março de 1969, a máquina de espionagem da ditadura abriu uma ficha para “Dilma Lana Roussef Linhares” no Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul. Além de um par de erros –é Vana, não “Lana”; é Rousseff, não “Roussef”— a identificação trazia um sobrenome que o tempo apagou da biografia oficial da atual presidente da República: “Linhares”.
A ficha de Dilma é uma das 4,6 mil que o Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul catalogou. Digitalizado, o material foi oferecido à consulta pública na internet, neste final de semana, pelo diário gaúcho ‘Zero Hora’. Tomada pelo poder que detém no presente, essa Dilma de 44 anos atrás –“estudante” e “comunista”– mereceu dos espiões do Dops gaúcho um resumo mixuruca. Apesar disso, a anotação explica o sobrenome desconhecido:
“A nominada é esposa de Cláudio Galeno de Magalhães Linhares (vulgo Lobato), estudante da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG. Está desaparecida e é solicitado pelo SCI a sua prisão, é ligada à organização trotskista recentemente levantada em Belo Horizonte.”
Primeiro marido de Dilma, Cláudio Galeno, mineiro de Ferros, à época estudante de sociologia, participou de uma ação ousada: o sequestro de um avião brasileiro levado do Uruguai para Cuba. Na biografia oficial da ex-mulher, exposta na página eletrônica do Planalto, Galeno é tratado como um clandestino. Foram casados por dois anos. União formal, com registro em cartório. Porém…
O texto da Presidência ignora Galeno. Menciona apenas o ex-companheiro com quem Dilma teve sua única filha, Paula. “Em 1969, conhece o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo”, anota a biografia. “Juntos, sofrem com a perseguição da Justiça Militar. Condenada por ‘subversão’, Dilma passa quase três anos, de 1970 a 1972, no presídio Tiradentes, na capital paulista.”
Quer dizer: em 1969, quando a turma do Dops imaginava que Dilma ainda era mulher de Cláudio Galeno, ela já estava noutra sintonia. A ditadura desbaratara em Belo Horizonte a organização Colina (Comando de Libertação Nacional). Dilma e Galeno tiveram de fugir. Ele foi escalado para atuar em Porto Alegre. Ela passou a esgueirar-se, clandestina, entre o Rio e São Paulo.
No Dops gaúcho, Dilma era a ficha número 25. Galeno, a 24. Ela não militava em Porto Alegre. Quanto a ele, na ocasião em que sua presença foi farejada na capital gaúcha, o codinome já não era “Lobato”, como mencionado na anotação da ficha. No final da década de 60, Galeno escondia-se atrás de várias outras identidades. Entre elas Ivan e André.
Procurada, Dilma não quis comentar o assunto. Galeno, hoje com 71 anos, vive na Nicarágua com a segunda mulher e duas filhas. Alcançado pelo telefone, rememorou nacos do passado. A Colina fundiu-se à VPR, dando origem à Vanguarda Armada Revolucionária, a Var-Palmares. Ele era um dos coordenadores da nova organização no Rio Grande do Sul. Mudava de endereço amiúde.
Passou uma temporada na casa de Luiz Heron Araújo, irmão de Carlos Araújo, o  companheiro que Dilma conheceria no Rio. Noutra fase, mudou-se para uma pensão no centro da capital gaúcha. Moravam no mesmo local outros militantes. Entre eles um amigo mineiro de Galeno e Dilma: Fernando Pimentel, atual ministro do Desenvolvimento.
Súbito, sumiram no Rio de Janeiro dois militantes da Var-Palmares. Fausto Machado Freire e Marco Antonio Meyer. Para forçar os militares a dar conta do paradeiro da dupla, a organização decidiu sequestrar um avião. “Exército, Marinha, Dops, polícia, ninguém dava notícias deles”, recorda Galeno. “Estavam ameaçados de morte. O sequestro foi uma maneira de denunciar a prisão deles e exigir que os familiares pudessem vê-los.”
Junto com outros três companheiros, Galeno viajou para Montevidéu. Ali, juntaram-se a um estudante goiano que se exilara na capital uruguaia havia quatro anos. Em 31 de dezembro de 1969, o grupo embarcou num avião Caravelle, da brasileira Cruzeiro do Sul. Fazia a rota Montevidéu-Porto Alegre-São Paulo-Rio. Contando com eles, eram 21 passageiros. Armados, anunciaram o sequestro logo depois da decolagem.
O avião foi desviado para Cuba. Como a autonomia de voo do Caravelle era pequena, fizeram quatro escalas antes de aterrissar em Havana: Argentina, Chile, Peru e Panamá. Em Lima, a aeronave teve de passar por uma manutenção. Sob cerco da polícia peruana, um dos sequestradores concedeu uma entrevista improvisada. A ação obteve repercussão internacional. Segundo Galeno, a ditadura viu-se compelida a admitir que capturara Fausto Freire e Marco Meyer. Estavam vivos.
Duas semanas depois, no alvorecer de 1970, Dilma foi presa em São Paulo. Nada a ver com a ação armada de Montevidéu, diz Galeno. “Na época, não tínhamos contato. Ela não teve qualquer participação no sequestro.”
Nas pegadas da Lei da Anistia, Galeno voltou para o Brasil, em 1979. Dilma já vivia em Porto Alegre. Reaproximou-se dela, dessa vez como amigo. Em 2005, tornou-se assessor de Fernando Pimentel, então prefeito de Belo Horizonte. Visitou Dilma em Brasília depois que ela substituiu José Dirceu na Casa Civil, sob Lula.
Aposentado, Galeno fixou residência em Manágua. Em 2011, voou até Brasília para prestigiar a posse de Dilma na Presidência. De longe, acompanha o desempenho da ex-mulher. “Sou suspeito para dizer isso, mas acho que ela faz um excelente governo.”
No vídeo abaixo, você vê como funcionava a máquina de bisbilhotagem do Dops no Rio Grande do Sul.

sábado, 8 de junho de 2013

1º Seminário Espírita de São José do Norte teve o êxito esperado


Grande público prestigiou, dia 16 último, o Primeiro Seminário Espírita de São José do Norte, que teve como tema: "A Educação dos Sentimentos", organizado e promovido pela Sociedade Espírita Jesus. O evento teve por local o Armazém PUB, na rua General Andrea (Prainha) e cujo local tornou-se pequeno para receber o grande número de pessoas, oriundas da própria cidade, assim como de outras cidades da região, que ali estiveram para ouvir importantes palestras sobre a atividade e pensamento espírita. Às 10h aconteceu, como constava do programado, o ato de recepção aos convidados e credenciamento dos participantes e, logo a seguir, a realização da primeira palestra, que teve por tema "A educação do espírito" e, como palestrante Miguel Angelo Barroco, da Sociedade Espírita Kardecista e presidente da União Espírita do Rio Grande. Após intervalo para o almoço, o seminário teve seguimento, às 14h, com momento artístico, através da cantora Maria Alessandra, integrante da Sociedade Espírita Kardecista Clemente de Linon, do Rio Grande, seguindo-se com o palestrante Alexandre Colvara, da Sociedade Lourenciana de Estudos Espíritas Dr. Bezerra de Menezes, de São Lourenço do Sul, que abordou o tema "Amor, Sublime Amor". Às 16h30min, foi a vez do palestrante Luiz Paulo Nobre, da Sociedade Espírita Recanto de Luz, do Cassino-Rio Grande, que discorreu sobre o tema "Sentimentos: a convivência na Casa Espírita". No seguimento do encontro, aconteceu ainda a realização de uma peça teatral intitulada "Torre de Ilusões", pelo Grupo Teatral Caras de Pau. O encerramento do exitoso evento que, segundo os presentes, atingiu plenamente os seus objetivos, aconteceu por volta das 17h, com a doação voluntária de 1 kg de alimento não-perecível. Ficou, como marco importante do Primeiro Seminário Espírita de São José do Norte, o pensamento de Gabriel Chalita (Pedagogia do Amor - Editora Gente) que salienta:

domingo, 2 de junho de 2013

Dívida com pessoal é de R$ 5 bi, diz Sartori Presidente do TJ-SP, que pagou R$ 87 mi desde janeiro em alimentação a juízes e servidores, nega campanha por reeleição


O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, informou no site da corte que existe passivo de "cerca de R$ 5 bilhões, entre magistrados e servidores". Ele não revelou em que consiste essa dívida. Segundo Sartori, o auxílio-alimentação vem sendo pago pelo Fundo Especial de Despesa há mais de seis anos, "por força de lei de 2006 e por lei mais específica, do ano passado, vez que o Tesouro não suporta essa despesa".
Estado mostrou no sábado, dia 1° de junho, que a gestão Sartori, em 2013, já pagou R$ 87 milhões em alimentação para juízes e servidores. Até o fim do ano, o desembolso deve chegar a R$ 310 milhões. Foram pagos mais R$ 120,7 milhões a título de "indenizações e restituições trabalhistas".
Sartori atribuiu à reportagem "tom sarcástico e tendencioso de notícia sobre o presidente do TJ, que estaria empreendendo reeleição e, por isso, teria ‘aberto os cofres da instituição’" - desembargadores sustentam que ele está em campanha aberta pela recondução. "Diante do gigantesco quadro de pessoal, todos os pagamentos e valores são expressivos. Eventual reeleição do presidente Sartori, que nem foi por ele cogitada, independe desses pagamentos, que viriam qualquer que fosse o presidente, como aconteceu em anos anteriores."
Sartori irritou-se com a informação de que a Assembleia Legislativa deu em dezembro, na gestão Barros Munhoz (PSDB), permissão para uso do fundo para o auxílio-alimentação. "A Assembleia aprovou lei porque assim entenderam os deputados, por força de recomendação do CNJ e do Tribunal de Contas do Estado, sendo no mínimo irresponsável afirmar que a lei teria sido aprovada em razão de suposta amizade entre o presidente Sartori e o então presidente do Parlamento. O jornal sugere ‘conchavo’ absurdo entre todos os deputados e o presidente Sartori", escreveu.
O presidente do TJ acusou o Estado de "atitude costumeiramente tendenciosa e, agora, criminosa". Disse que "não é de hoje a falta de seriedade desse jornal, que posa de vestal, denegrindo as pessoas com quem não simpatiza".






sábado, 1 de junho de 2013

PMDB ameaça dar apoio a Eduardo Campos em 6 Estados.


O estremecimento da relação entre PT e PMDB no Congresso reflete e contamina a formação de palanques estaduais que darão sustentação ao projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Apesar da entrada do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e da própria petista na costura de alianças regionais para 2014, peemedebistas resistem a se aliar ao PT em Estados estratégicos e ameaçam se coligar com o PSB, do governador de Pernambuco Eduardo Campos, provável candidato à Presidência.
Em Estados onde a situação azedou, o PMDB já usa a aproximação com Campos como uma forma de emparedar o PT. O discurso em favor do pernambucano passou a funcionar como ferramenta de pressão contra os petistas, com um único objetivo: obter condições mais favoráveis de negociação nos Estados.
O principal foco de insatisfação com o PT começou no Congresso. Ficou evidente durante a aprovação da MP dos Portos na Câmara e, depois, na apresentação do pedido de abertura da CPI da Petrobras. Deputados reclamam da articulação política da presidente e defendem, nos bastidores, a candidatura de Campos. "Ele será o novo presidente da República. Há um grande desgaste com o PT", declarou um parlamentar do PMDB.
Na eleição presidencial de 2010, o PMDB também ameaçou se rebelar. A diferença é que, agora, há uma alternativa ao PT dentro do campo governista, com Campos, o que garante aos peemedebistas uma tentativa de amenizar a cisão: o apoio não é para o PSDB, da oposição, mas para um partido aliado à própria Dilma.
A presidente, que não costuma entrar diretamente na costura política, começou a agir para apaziguar a aliança. Viajou a Estados em que a relação não estava boa, participou de jantares com bancadas estaduais e até interpretou o Canto Alegretense, num ato de simpatia com os peemedebistas conflagrados do Rio Grande do Sul.
O discurso peemedebista pró-Campos está mais vitaminado em Estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rondônia e Bahia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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    sexta-feira, 31 de maio de 2013

    Leilão de imóvel devolve R$ 5,6 mi desviados dos cofres públicos Quadrilha comandada por Jorgina de Freitas foi acusada de desviar cerca de R$ 500 mi do INSS em 92



    SÃO PAULO - O leilão de um imóvel de um dos integrantes da quadrilha de Jorgina de Freitas devolveu na última terça-feira mais de R$ 5,6 milhões aos cofres públicos. Jorgina foi condenada pela Justiça do Rio por chefiar um grupo acusado de desviar cerca de R$ 500 milhões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na década de 90. Ex-procuradora previdenciária, Jorgina e os integrantes da quadrilha adquiriram com o dinheiro desviado cerca de 60 imóveis espalhados pelo País. Todos estão sendo leiloados pela Advocacia-Geral da União para ressarcir o governo.
    A quantia devolvida refere-se à venda de um apartamento no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, registrado no nome de Therezinha Jesus Freitas de Carvalho, integrante do grupo de Jorgina. O valor inicial do imóvel era de R$ 4,2 milhões, mas foi arrematado com uma valorização de 30%. O leilão ocorreu na última terça no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
    Esse não foi o primeiro imóvel do esquema de Jorgina leiloado pela Justiça. Até o momento já foram recuperados cerca de R$ 111 milhões, valor levantado por outros leilões. Outros dois estão previstos para acontecer. No dia 8 de julho serão leiloados mais cinco apartamentos estimados em mais de R$ 1 milhão cada, também localizados no Rio.
    Outro leilão está previsto para o dia 12 de agosto. Será leiloado mais um apartamento situado no Leblon, estimado em mais de R$ 6,5 milhões.
    Jorgina ficou foragida até 1997, quando foi encontrada na Costa Rica e extraditada no ano seguinte para o Brasil. Ela ficou presa até junho de 2010.


    quarta-feira, 29 de maio de 2013

    família Moreira acredita estar "acima da lei e da Justiça" por se considerar "melhor do que os simples mortais" — e por colocar a fama, o lucro e o dinheiro à frente dos "princípios de humanidade e solidariedade". Por tudo isso que o mesmo Multou o Empressário Assis Moreira a Pagar 500 mil aos vizinhos.


    Ao condenar o empresário Assis Moreira, sua mulher e sua irmã a pagarem R$ 500 mil a um casal de vizinhos, o juiz Alex Gonzalez Custódio, de Porto Alegre, subiu o tom ao redigir a sentença.
    Disse que a família Moreira acredita estar "acima da lei e da Justiça" por se considerar "melhor do que os simples mortais" — e por colocar a fama, o lucro e o dinheiro à frente dos "princípios de humanidade e solidariedade". Após analisar um recurso neste mês, a 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça gaúcho decidiu, por três votos a zero, manter a condenação imposta pelo juiz Custódio.
    >> Leia a íntegra da sentença
    O advogado dos Moreira, Sérgio Queiroz, estuda buscar uma reparação do magistrado. Conforme Queiroz, o juiz teria emitido considerações de cunho pessoal, abrindo mão "do equilíbrio e da equidistância" no julgamento.
    A controvérsia remonta a maio de 2007, quando o muro que sustentava um aterro no pátio da família Moreira, na zona sul da Capital, veio abaixo. Com o desabamento da parede, uma grande quantidade de entulho e terra teria invadido a casa de trás, onde vive o casal Adriano Ricardo de Carli e Vera Maria Erbes. O incidente, de acordo com laudo técnico anexado ao processo, destruiu paredes, assoalhos, vidraças, jardim, telhado, redes elétrica e telefônica, entre outras estruturas da residência.
    No despacho do juiz Custódio, titular do 2º Juizado da Vara Cível do Foro Regional da Tristeza, consta que os Moreira teriam se negado a ressarcir o prejuízo. "Constata-se a desconsideração e o desrespeito que o dinheiro e fama em excesso podem causar em uma pessoa, mesmo com seus vizinhos, em total descaso, mesmo conscientes de que causaram prejuízos a terceiros, necessitando essas pessoas virem a Juízo buscar a satisfação de seus direitos", escreveu o magistrado.
    "É tão comum quanto um gari", diz magistrado sobre Assis
    Mas o que mais importunou Custódio foi a dificuldade para notificar Assis. Conforme o juiz, não foi a primeira vez que os oficiais de Justiça passaram semanas tentando localizar o empresário, pedindo ajuda de seguranças e tentando acessar o condomínio dos Moreira, sempre sem sucesso. "Os requeridos entendem estarem acima da lei e da Justiça, ocultando-se para não serem citados", afirmou Custódio, para depois se referir especificamente a Assis: "É pessoa tão comum quanto um gari que recolhe os dejetos na frente do fórum! Não é sua condição financeira que determina quando e como ele possa ser citado, intimado ou notificado."
    Além do ressarcimento pelos danos materiais, ao entrar com a ação na Justiça, o casal cuja casa foi devastada pediu indenização por danos morais de 200 salários mínimos para cada um. O magistrado não só acatou o pedido como dilatou a reparação para 300 salários mínimos: "Entendo (...) que os valores para servirem de alerta e penalidade à Família Moreira devem em patamares maiores, para que efetivamente possam enxergar mais além da fama e do glamour de seus filhos, bem como para entenderem que devem ser mais zelosos com seu patrimônio, mas especialmente mais zelosos no trato com as pessoas, fazendo-lhes ressaltar que os valores e princípios de humanidade e solidariedade estão acima do lucro, do dinheiro, do patrimônio, da fama pessoal e do glamour."
    Como Assis não foi notificado, Custódio determinou que a Defensoria Pública atuasse em sua defesa. No último dia 7, o recurso impetrado no Tribunal de Justiça pela Defensoria foi negado — e Assis, Karla (sua mulher) e Deisi (sua irmã) continuam condenados a pagar, considerando juros e correção monetária, em torno de R$500 mil aos autores da ação.
    "Na zona onde moram, se acham acima de tudo"
    Entrevista
    Alex Gonzalez Custódio, juiz da Vara Cível do Foro Regional da Tristeza

    Zero Hora — Em seu despacho, o senhor emite juízo de valor ao se referir à família Moreira. Isso é correto?
    Alex Gonzalez Custódio — É sempre uma enorme dificuldade localizar o seu Assis, o seu Ronaldo (o jogador Ronaldinho, irmão de Assis) ou qualquer pessoa da família Moreira. Os oficiais de Justiça são recebidos pelos seguranças, que mandam falar com o advogado, com o Fulano de Tal, e a citação nunca se complementa. Os Moreira precisam ser citados pessoalmente e acabam obstaculizando isso. Já passaram por mim quatro processos que os envolviam. Às vezes, o oficial enxerga a dona Deisi (irmã de Assis, também condenada) ou outra pessoa da família, e ninguém vai recebê-lo.
    ZH — O senhor tem algum problema pessoal com Assis ou com alguém da família?
    Custódio — De maneira nenhuma. Já conduzi audiência em que o seu Assis estava, e ele foi muito cordial. Mas chegou perguntando "quanto custa?", queria pagar tudo na hora, e as coisas não funcionam assim. Se temos algo contra, é exclusivamente a esses obstáculos para cumprir as citações. É pública e notória a dificuldade para concluir o ato processual quando envolve a família Moreira. Na zona onde moram, se acham acima de tudo, por isso escrevi que é um baronato. Nesse caso do muro que desabou, eles poderiam ter conversado com a outra família, ter resolvido de forma amigável, mas ficam protelando.
    ZH — Por que o senhor redige sua sentença de forma tão contundente?
    Custódio — Eu redijo a decisão da forma como falo, para que o mais humilde cidadão possa entender com clareza. Não adianta utilizar um juridiquês, um português rebuscado, sem expressar o que de fato está ocorrendo. A gente lamenta, às vezes, por precisar julgar situações que poderiam ser resolvidas no âmbito privado, sem necessidade de chegar ao juízo. É o caso desse processo, que é de 2007. A sociedade cobra, com razão, que a Justiça seja célere. Mas, com essa demora para citar os réus, o processo se arrasta durante anos. Por isso digo que, talvez, a família Moreira se entenda acima da lei e da ordem. Eles tratam algumas questões com desdém.
    ZH — O senhor se importaria de revelar se é gremista ou colorado?
    Custódio — Sou colorado. Mas não sou fanático. Quando o Grêmio joga a Libertadores ou enfrenta outros times do Brasil, torço pelo Grêmio. Sou bem bairrista, bem gaúcho. Eu queria muito que o Ronaldinho jogasse no Inter, mas isso vai ser bem difícil. Ele joga demais, merecia ter sido convocado pelo Felipão.
    CONTRAPONTOS
    O que diz Assis Moreira
    "Não estou nem sabendo disso. Peço para que entre em contato com o meu advogado. Não vou entrar no mérito da questão, estou em Belo Horizonte, não quero me envolver nisso."
    O que diz Sérgio Queiroz, advogado da família Moreira
    "Essa notícia só chegou para nós agora, no fim da tarde (de terça-feira), e amanhã(quarta-feira) vamos analisar o processo com calma. Me parece que o magistrado entendeu que Assis estava se furtando à citação e, por isso, designou um defensor público para o processo. Causa-nos estranheza, porque Assis é sempre localizado em todo tipo de processo. Assis nunca se furtou de responder à Justiça, e a prova disso são as inúmeras citações nas quais foi facilmente encontrado.
    Ao ler a sentença, é possível ver claramente que o juiz extrapolou a condição de magistrado, lançando considerações de cunho pessoal, certamente com algum rancor ou mágoa, o que não é característico da magistratura gaúcha, sempre equidistante, sempre equilibrada, sempre atenta aos fatos discutidos no processo. Me parece que houve outro episódio, no passado, em que esse mesmo magistrado lançou considerações de natureza pessoal contra Assis. Vamos estudar a busca de uma reparação em relação à postura do magistrado, que precisa de equilíbrio em seus julgamentos.

    terça-feira, 28 de maio de 2013

    "DIREITO HUMANOS ONU e ativistas" denunciam violações de direitos humanos na preparação da Copa no Brasil. Chegou lá?


    GENEBRA – Representantes da ONU, vítimas e ativistas vão denunciar hoje (terça-feira) nas Nações Unidas sérias violações aos direitos humanos que estão sendo cometidas no Brasil por conta das obras e preparação do País para a Copa do Mundo em 2014 e Jogos Olímpicos em 2016 e pedir que governos estrangeiros pressionem Brasília para frear obras que estejam criando consequências sociais negativas.
    As acusações serão apresentadas em um evento dedicado exclusivamente à situação do Brasil e que será organizada em Genebra por entidades de pessoas afetadas pelas obras e por um grupo de defesa aos direitos humanos, a Conectas.
    Segundo os organizadores da manifestação, o debate irá escancarar os “deslocamentos forçados de comunidades, destruição de patrimônio cultural, supressão de direitos de idosos e estudantes, abusos policiais cometidos em prol da segurança e uma longa lista de outras violações semelhantes em decorrência de megaeventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas”.
    A reunião ocorre durante a 23ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, e tem como meta chamar a atenção internacional para o fato de que a Copa de 2014 não será apenas a festa que muitos estrangeiros esperam encontrar no Brasil.
    Para a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop), remoções forçadas têm sido “o grande drama das famílias brasileiras desde o início das obras para a Copa do Mundo e as Olimpíadas”. A entidade estima que “pelo menos 200 mil pessoas estejam passando por despejos relacionados aos eventos, o que corresponde a quase um em cada mil brasileiros”.
    “O Brasil injeta recursos bilionários em infraestrutura para dois mega eventos esportivos: a Copa e a Olimpíada. As obras exigem mudanças urbanísticas, logísticas e humanas. Mas quem ganha e quem perde com esse rearranjo monumental?”, questiona Juana Kweitel, diretora de Programas da Conectas.
    “No momento em que se abre espaço para fazer infraestrutura sobre espaços antes ocupados por estas comunidades, se despeja estas comunidades sem nenhuma forma de reassentamento e com valores muito pequenos de compensação financeira (…) Ou mesmo quando se propõe o reassentamento para estas pessoas, o fazem na periferia a 30 quilômetros do local aonde elas viviam”, afirma Raquel Rolnik, relatora Especial da ONU sobre o Direito a Moradia Adequada.
    A Ancop espera ainda que a “comunidade internacional recomende ao governo brasileiro a paralização imediata das remoções forçadas e, em parceria com as comunidades afetadas, crie um plano nacional de reparações e um protocolo que garanta os direitos humanos em caso de despejos causadas por grandes eventos e projetos”.

    sábado, 25 de maio de 2013

    Até fim de investigação, Dilma evita opinar sobre boatos do Bolsa Família Presidente diz que ninguém no governo está autorizado a comentar o caso; PF busca origem das mensagens. Que jogada legal, tudo isso para ver como está a popularidade???


    A presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado (25), em entrevista a jornalistas em Adis Abeba, na Etiópia, que as investigações sobre os boatos de que o programa Bolsa Família iria acabar não estão concluídas. Dilma disse que, até o momento, não teve nenhuma informação conclusiva e que não há ninguém que já possa dizer o que aconteceu. "Temos de esperar o resultado da investigação. Acho um episódio lamentável pela dimensão e a quantidade de pessoas envolvidas. O Bolsa Família é um dos processos mais bem sucedidos do Brasil", comentou.
    Veja também:

    A presidente ressaltou que o programa conta com um dos processos mais bem sucedidos do País, mas admitiu que possa ter havido falhas. "Usamos a tecnologia da informação mais sofisticada possível com o Bolsa Família. Nós somos humanos; pode ter tido falhas. A Polícia Federal e a segurança da Caixa vão procurar todos os motivos e vão elencá-los", afirmou, acrescentando que "o que fazemos é garantir que seja o menos possível de ser objeto de falha interna."
    Segundo Dilma, enquanto não houver avaliação concreta e profunda, o governo não emitirá opinião. Questionada sobre a possibilidade de alguém ligado à oposição estar envolvido nos boatos, a presidente afirmou que "jamais faria manifestação nesse sentido" e desautorizou outra opiniões internas sobre isso. "Ninguém no governo está autorizado a dizer qualquer coisa sobre esse processo", concluiu a presidente, que é convidada especial da celebração do Jubileu de Ouro da União Africana.



    sexta-feira, 24 de maio de 2013

    Alunos Indignados com o Governo?????????


    Alunos Indignados

    "Vim através deste expressar tamanha indignação com o governo desse estado! 

    Implantam um novo ensino médio, com a intenção de que "melhore" a educação do nosso país, será? Depois de um ano que já aderiram ao ensino médio politécnico, o governo não se preocupou se este deu certo, se esta realmente ajudando a educação, se é algo que nos acrescente na vida escolar. Só os professores e os alunos que estão tendo que fazer estes tais de seminários sabem o quanto se tornou algo desnecessário, desgastante sem nexo algum! Quantas vezes me perguntam ou até mesmo, perguntamos "mas o que é o politécnico, o que são os seminários?" e a resposta sempre é: "sinceramente? não sei" Como isso? O governo nos obriga a fazer uma coisa, e simplesmente a gente mal sabe para o que serve! Vocês acham que isso tem dado certo? A resposta é óbvia: NÃO. Um ensino que está tirando o lugar de uma aula que poderíamos estar aprendendo, ao invés de fazer algo que sabemos que não usaremos no futuro, vai nos ajudar em que? Antigamente, os alunos só eram aprovados na escola quando realmente aprendiam, hoje em dia eles só não podem exceder nas faltas, e automaticamente passam de ano e consequentemente chegam a Faculdade sem saber ler ou escrever. Piada não é? Mais é a verdade.
    Mas deve ta tudo muito bom, o governo pensa(ou finge) que estamos fazendo maravilhas. Sendo que isso se tornou desgastante e desnecessário para os alunos e para os professores. Todos sabemos o quão se tornou ridículo esse novo ensino médio, confusão é seu sinônimo, porque a gente mal sabe o que faz, mal sabem o que nos mandar fazer, mas a verdade é que ninguém toma atitude alguma, porque nós Brasileiros, na minha opinião, somos acomodados, até que isso não nos favoreça mais ou nos prejudique! Só não podemos esquecer que, além de tudo, somo nós alunos que saímos prejudicados.

    segunda-feira, 20 de maio de 2013

    FT diz que sensação de bem-estar no Brasil é ‘fachada’ e critica estilo ‘mandão’ de Dilma


    LONDRES – O Brasil precisa correr para aproveitar o capital internacional existente, que atualmente é barato e abundante, para aumentar o investimento na economia. A sugestão é do jornal “Financial Times”. Em editorial publicado nesta segunda-feira, a publicação diz que a sensação de que tudo corre bem no Brasil é apenas uma “fachada” e diz que o estilo “mandão” de Dilma Rousseff é bom para evitar a corrupção, mas estaria atrasando a economia, especialmente o investimento. O texto critica ainda a escolha do governo: em vez de reformas amplas, apoia setores “mimados”, como as montadoras.
    O editorial diz que o Brasil “corre o risco, mais uma vez, de frustrar imensas expectativas”. “A aparente sensação de bem-estar do Brasil é uma fachada. O crescimento da economia no ano passado foi de menos de 1%, pouco melhor que a zona do euro. Este ano, o Brasil está crescendo menos que o Japão. A inflação está corroendo a confiança do consumidor e há uma sensação de mal-estar. A causa é o abrandamento do investimento, tendência que começou em meados de 2011 e continua. Mais investimento é exatamente o que o Brasil precisa para manter os empregos e tornar-se a potência global a que aspira ser.”
    O texto lembra que o investimento brasileiro equivale a 18% do Produto Interno Bruto (PIB), bem menos que os 24% destinados pelos vizinhos latino-americanos e os quase 30% dos países da Ásia. A culpa, diz o FT, é dos governantes e o problema não vem de hoje. “Brasília deve ter grande parte dessa culpa. A extravagância do modelo econômico impulsionado pelo consumo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se esgotou. O modelo Dilma, apesar dos primeiros sinais promissores, está provando (apenas) ser um pouco melhor”, diz o texto.
    “O estilo ‘mandão’ dela não é adequado para a persuasão colaborativa exigida pelo tipo particular de política de coalizão do Brasil. A tomada de decisão tem sido centralizada, o que evita a corrupção, mas retarda o processo. Dilma também tem evitado consistentemente as reformas orientadas para o mercado em favor do protecionismo de alguns setores preferidos e seus lobbies, como as mimadas montadoras”, critica o texto.
    Para o FT, outro exemplo dessa falta de foco do governo brasileiro está na infraestrutura. “O Brasil quer captar bilhões de dólares para a construção de novos portos, aeroportos, viadutos e estradas. Existe o interesse e o compromisso firme dos investidores. No entanto, surpreendentemente, o marco regulatório em vigor não é apropriado para permitir a construção dessa nova infraestrutura. O dinheiro está sendo deixado sobre a mesa desnecessariamente”, diz o texto.
    “O Brasil precisa desesperadamente de mais investimento. O baixo nível da poupança interna significa que grande parte desse financiamento deve vir do exterior. O capital está barato no momento, mas não será para sempre. O Brasil tem uma grande janela de oportunidade. Dilma Rousseff e seu governo precisam fazer as coisas acontecerem enquanto essa janela segue aberta”, diz o editorial.

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    sexta-feira, 17 de maio de 2013

    Interativo| Editorial diz que governantes e autoridades são os maiores responsáveis pela violência. Você concorda?



    QUANDO NOS LIVRAREMOS DO MEDO?
    Provocou grande repercussão o artigo do dirigente empresarial Roberto Rachewsky, publicado neste espaço na última terça-feira, afirmando que a pena de morte já existe em nosso país e vem sendo aplicada indistintamente contra cidadãos de bem, crianças, jovens, adultos ou idosos. Seu desabafo contra a violência questiona a responsabilização das vítimas e diz que só há dois culpados pela criminalidade no país: os delinquentes e as autoridades que não cumprem sua função de impedi-los de agir, pela ação policial e pela punição judicial.
    Não endossamos totalmente a tese defendida pelo articulista, pois ele também sugere que a população se arme e reaja contra os criminosos _ o que, como a realidade comprova diariamente, quase sempre resulta em tragédia. Mas é inquestionável e revoltante que vivamos todos sob o regime da criminalidade, que comanda o triste espetáculo do medo nas grandes e pequenas cidades brasileiras. Vivemos aprisionados por grades, não nos arriscamos a sair à noite e, durante o dia, temos que estar sempre vigilantes, temos que desconfiar de tudo e de todos, temos que evitar lugares potencialmente perigosos, jamais portar objetos de valor e frequentar sempre locais protegidos.
    Quando nos livraremos do medo? Que desgraça é essa que recai sobre o Brasil, quando até mesmo países vizinhos desfrutam de relativa tranquilidade para tocar a vida? Quantas gerações de brasileiros ainda terão que viver como nossos adolescentes e jovens, que nunca conheceram o direito de sair sozinhos com a certeza de voltar incólumes para casa?
    Pode até haver razões culturais por trás dessa calamidade nacional, mas a responsabilidade maior é das autoridades que elegemos e sustentamos com elevados impostos para nos dar proteção e Justiça. Leis permissivas, polícia insuficiente e tribunais lenientes formam o tripé da impunidade, que também é sustentado por políticas sociais equivocadas.
    A desigualdade social já não serve mais de explicação para a violência. Se o país retirou milhões de pessoas da miséria nos últimos anos, como explicar que a criminalidade continue aumentando e que os crimes urbanos sejam cada vez mais banais e monstruosos? Vítimas que não reagem são executadas, criminosos queimam uma pessoa imobilizada porque ela tem pouco dinheiro na conta corrente, assaltantes explodem bancos e aterrorizam cidades inteiras. Até mesmo moradores de rincões remotos são acordados na madrugada e têm suas casas invadidas por quadrilhas de delinquentes.
    Acreditamos que só existe um caminho para superar este estado de terror, que passa por três pontos basilares: polícia, Justiça e educação. Polícia ostensiva, bem preparada, bem equipada e eficiente no combate à criminalidade; Justiça célere, rigorosa, exemplar e dissuasória na penalização de delinquentes de todos os calibres; e educação preventiva, transformadora, que efetivamente encaminhe os jovens para uma existência humanitária e produtiva

    quarta-feira, 15 de maio de 2013

    PT obtém recorde de doações e sai do vermelho pela primeira vez desde 1998 Partidos. Prestação de contas mostra que legenda arrecadou R$ 318 milhões no ano eleitoral de 2012, sendo R$ 255 milhões de fontes privadas; superávit de R$ 8,4 milhões, superior ao do PSDB e do PMDB, permitiu quitação de dívidas de anos anteriores. doações privadas isto soa mal. logo o PT que era contra. sendo governo que barbada????????



    Graças a doações privadas no valor recorde de R$ 255 milhões, o PT nacional terminou o ano de 2012 com um superávit de R$ 8,4 milhões, o maior entre os grandes partidos do País. Com isso, os petistas conseguiram saldar as dívidas acumuladas até 2011 e ainda ficaram com uma sobra de R$ 2,7 milhões - desde 1998, é a primeira vez que a legenda sai do vermelho em sua contabilidade oficial.
    Segundo a prestação de contas divulgada no site do Tribunal Superior Eleitoral, o PSDB também obteve superávit, no total de R$ 7,9 milhões, mas o valor foi insuficiente para saldar dívidas de anos anteriores. O saldo ainda ficou negativo em R$ 1,4 milhão. O PMDB arrecadou R$ 1,3 milhão a mais do que gastou em 2012, e ampliou sua folga de caixa acumulada para R$ 9,8 milhões.
    No ano em que conquistou a Prefeitura de São Paulo, a maior do País, o PT teve uma receita total de R$ 318 milhões.
    Dos R$ 255 milhões de doações privadas, R$ 220 milhões (86%) bancaram campanhas de candidatos a prefeito e vereador. É esse o valor total das chamadas "doações ocultas" - assim chamadas porque, quando o partido atua como intermediário entre doadores e candidatos, não é possível saber que campanha cada empresa financia.
    O total de doações privadas supera em 28,4% o que o PT arrecadou das mesmas fontes em 2010, ano em que Dilma Rousseff foi eleita presidente. A arrecadação de pessoas físicas e jurídicas, na época, foi de R$ 198,6 milhões - os valores, corrigidos pela inflação, não incluem os destinados para os comitês de Dilma e dos demais candidatos do partido.
    Em 2010, a prestação de contas do PT mostrava um déficit de R$ 44,5 milhões (R$ 50,5 milhões, em valores de hoje). O rombo nas contas caiu para R$ 6,4 milhões em 2011 e se transformou em superávit no ano passado.
    Tesouro. Em 2012, a segunda maior fonte de recursos do PT foi o Fundo Partidário, bancado na maior parte por verbas federais, que destinou ao partido cerca de R$ 53 milhões.
    A análise do caixa do PT mostra um partido dependente de recursos de empresas, mesmo em anos não eleitorais. Em 2012, as doações de pessoas jurídicas - principalmente empreiteiras e bancos - representaram quase 80% do total arrecado. Em 2011, sem eleições, as empresas foram responsáveis por 45% da receita.
    Outra fonte significativa de dinheiro para o PT são as contribuições de detentores de mandatos eletivos e cargos de confiança no serviço público. Foram R$ 10 milhões no ano passado. Dos filiados sem mandato e sem cargo, a receita foi de apenas R$ 20 mil.
    Fora do Palácio do Planalto desde 2003, o PSDB obteve R$ 96,7 milhões de doadores privados em 2012. Isso equivale a cerca de 38% do valor obtido por seu maior adversário. O PSDB também serviu de "biombo" para ocultar as ligações entre empresas e políticos que concorreram nas eleições do ano passado. O partido recebeu R$ 84 milhões de doadores privados e os repassou para seus principais candidatos a prefeito. No processo, apagou o rastro entre financiadores e financiados.
    Apesar de ainda não ter conseguido zerar suas dívidas, os tucanos vêm melhorando suas contas ano a ano. No final de 2010, após a campanha em que José Serra perdeu a disputa presidencial, o déficit chegou a quase R$ 12 milhões (R$ 13,5 em valores corrigidos pela inflação). Em 2011, o rombo caiu para R$ 9,3 milhões e chegou a apenas R$ 1,4 milhão no ano passado.
    Por fora. O PMDB, partido governista, fechou 2012 no azul. A legenda arrecadou quase R$ 119 milhões em doações privadas no decorrer do ano. É menos da metade do que os petistas obtiveram, mas cerca de 37% a mais do que os tucanos receberam.
    Dono da segunda maior bancada na Câmara, o PMDB também abocanhou um volume significativo do Fundo Partidário: R$ 44,2 milhões. Os recursos são distribuídos de acordo com a votação dos partidos na eleição para deputado.



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