segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Aos 50 anos de militância, Raul Pont anuncia nova frente de luta




A militância política de Raul Pont iniciou há cerca de 50 anos na luta contra a ditadura civil-militar implantada no Brasil a partir do golpe de 1964 que derrubou o governo de João Goulart. De lá para cá, dedicou sua vida à política, pela esquerda. Fundador do PT, deputado estadual, deputado federal, prefeito de Porto Alegre e candidato à presidência nacional do partido em 2005, Pont anunciou na última semana que não pretende concorrer na eleição de 2014 (é deputado estadual no Rio Grande do Sul) e que vai centrar sua atividade política fora do parlamento.
A entrevista é de Marco Aurélio Weissheimer e publicada por Carta Maior, 01-09-2013.
Na entrevista Raul Pont fala sobre as razões de sua decisão, critica o atual modelo eleitoral do país (“está podre”) e a crescente influência do poder econômico na vida política brasileira, inclusive no PT.
“Para mim, a militância parlamentar é uma militância como qualquer outra. Não faço carreira disso. A maior parte da minha vida política ocorreu fora do parlamento”, diz o dirigente petista que pretende dedicar parte de sua atividade política agora a convencer filiados e militantes do PT que é preciso combater a influência do poder econômico dentro do partido e as práticas que ela engendra, como o inchaço do Colégio Eleitoral no Processo de Eleições Diretas (PED) deste ano. O Diretório Nacional revogou, por maioria, regras que haviam sido aprovadas no último Congresso do partido estabelecendo critérios mais rígidos para a participação de filiados nas eleições internas.
“A atual direção do partido defendeu que não poderíamos baixar o número de votantes (em relação ao último PED) pois passaria uma imagem negativa para fora. Esse foi o argumento apresentado no Diretório Nacional que, por maioria, começou a afrouxar as regras. Nos últimos dias, há uma verdadeira explosão do quórum do colégio eleitoral (...) Eu prefiro mostrar para fora um partido real, com regras claras e bem definidas, do que um partido do inchaço. E agora estamos diante de um novo inchaço que vai deslegitimar o processo eleitoral”, critica Pont, advertindo:
“Ou nós conseguimos convencer um grande número de militantes que esse tipo de prática é um câncer dentro do partido, ou o partido vai morrer canceroso e nós vamos ter que construir outro e começar de novo”.
Eis a entrevista.
Como se deu e quais são as razões de sua decisão de não concorrer à reeleição em 2014?
É uma decisão pessoal que, evidentemente, ainda pode estar subordinada a um debate político no partido ou na minha própria corrente [a Democracia Socialista]. Mas a minha disposição pessoal é de não concorrer. É claro que não há um único motivo ou uma única razão para isso. O primeiro deles tem a ver com o sistema eleitoral que nós temos. Eu não estou descobrindo agora que esse sistema não é bom ou que acho ele antidemocrático. Eu luto e brigo contra isso há décadas. A primeira coisa que fiz quando fui deputado federal foi tentar levar adiante uma emenda constitucional que buscava estabelecer um mínimo de igualdade e identidade na representação proporcional dos estados. Não consegui apoio nem nas grandes dos partidos de centro e de direita de São Paulo, que é o maior prejudicado no modelo atual. Voltei para o Rio Grande do Sul e o projeto foi arquivado.
Naquele momento, a questão do poder econômico não estava tão acentuada e as nossas campanhas no PT ainda não estavam dominadas por essa lógica dos demais partidos. Ainda eram candidaturas muito coletivas. De lá para cá, e principalmente nas últimas eleições, a partir de 1998 e 2002, com a eleição de Lula, onde nós batemos no teto na representação federal, nós só patinamos.
Mesmo com o partido crescendo, mesmo possuindo mais deputados estaduais, mais diretórios, mais filiados e militantes, com governos federais a favor, o tamanho da bancada federal parou de crescer. Ao contrário, estamos diminuindo o número de nossos deputados federais, ainda que se eleja o presidente da República três vezes seguidas, e a influência do poder econômico só vem se exacerbando.
Um estudo da Consultoria Legislativa da Câmara Federal mostra que, na eleição de 2010, 370 deputados foram eleitos combinando a condição de candidaturas mais caras (entre as 513 candidaturas mais caras do país). E isso tende a continuar. O valor das contribuições empresariais dobra ou mais do que dobra a cada eleição, chegando a quase 5 bilhões de reais na última campanha. Isso do que foi declarado. Houve muita triangulação dentro dos partidos e o que corre sem declaração é incalculável. Assim, trabalhando só com os dados do Tribunal Superior Eleitoral, temos, na última eleição, quase 5 de bilhões de reais doados por pessoas jurídicas para candidatos. E são doações para candidatos, não para os partidos. Os candidatos são escolhidos a dedo por essas empresas, em todos os partidos, inclusive o nosso. O número de empresas dispostas a financiar candidaturas dentro do PT cresce de maneira assustadora.
Eu nunca me elegi desse jeito. Nunca pedi dinheiro para empresa, banco ou latifundiário. A eleição hoje está cada vez mais difícil. Esse é um dos motivos pelos quais decidi não concorrer no ano que vem. É um protesto mínimo e uma espécie de denúncia de que esse sistema está podre e dominado pelo poder econômico, e o será cada vez mais.
E quais seriam os outros motivos?
Para mim, a militância parlamentar é uma militância como qualquer outra. Não faço carreira disso. A maior parte da minha vida política ocorreu fora do parlamento. Comecei a militar 50 anos atrás e não tinha a mínima ideia ou pretensão de ter algum cargo. Militava no movimento estudantil, no Sindicato dos Bancários. Em 1964, eu era bancário e comecei a estudar História na UFRGS. A minha militância começou efetivamente na resistência ao golpe militar em março de 64. De lá para cá eu não parei e na maior parte da minha militância não precisei de mandato, atuando até em condições muito mais adversas que a atual. Então, para mim o parlamento não é o único espaço de atuação. Há o partido, sindicatos, entidades sociais, o trabalho que posso fazer como professor universitário na área de ciência política. Posso contribuir também com a formação política dentro do partido.
Tenho 50 anos de militância. Vou completar 70 anos de idade no ano que vem. É claro que isso cansa e a minha vitalidade não é a mesma dos meus tempos de estudante e de jogador de basquete. Acho que o partido precisa se renovar e abrir espaço para novos quadros. Votei a favor do limite de mandatos no último Congresso do PT (que aprovou um limite de três mandatos). Acho que é um bom exemplo sinalizar para a juventude, para outros companheiros e companheiras que estão com mais vitalidade, mais pique, e que respondem também a uma nova conjuntura. Depois de 30, 40 anos, a vida de um partido político, principalmente num caso como o do PT que teve um crescimento muito rápido, tende a uma certa burocratização, à consolidação de funções e cargos de direção e representação parlamentar, que vai acomodando as pessoas. Temos que ter regras e práticas como o direito de tendência, o limite de mandatos ou a quota de 50% de gênero nas direções partidárias (também adotada pelo PT no seu último Congresso) para evitar que isso ocorra.
Se tem algum partido hoje no Brasil preparado para não fossilizar esse partido é o PT. Ele tem um processo muito dinâmico. Agora mesmo, no dia 10 de novembro, nós vamos eleger todas as nossas direções - municipais, estaduais e nacional – pelo voto direto dos filiados. As correntes do PT são dinâmicas, compõem maiorias e minorias. Quem é minoria está brigando para ser maioria, etc. Isso dá um dinamismo muito superior às experiências que a esquerda teve na Europa e na própria União Soviética, onde os aparatos partidários fossilizaram e se transformaram em burocracias vinculadas ao Estado. Penso que a grande contribuição que o PT traz para a teoria partidária no Brasil é a introdução de novas regras internas como a garantia de uma quota de 50% de gênero nas direções partidárias. Só isso já vai ser uma mudança muito grande nas direções do PT.
Mas não conseguimos ainda fazer uma reforma política e o que dá o tom do sistema hoje é a regra do jogo. O predomínio do poder econômico, o sistema de voto nominal que fortalece o indivíduo, enfraquece o partido e liquida com a ideia de identidade de programa, de projeto, torna o candidato cada vez menos um candidato do partido e mais um candidato da empresa ou do grupo econômico que o financiou. Ele passa a ser um lobista daquele grupo econômico e não mais um sujeito comprometido com a base que o elegeu.
Hoje temos a bancada ruralista, a bancada do setor financeiro, a bancada identificada com os interesses automobilísticos, a bancada dos agrotóxicos, das igrejas evangélicas, sem que alguém tenha votado para isso. As pessoas votaram em indivíduos que, teoricamente, se apresentaram como sendo de um partido. Esse sistema está falido, quebrado e é cada vez mais antidemocrático e corruptor.
Como até agora não conseguimos mudá-lo, vamos ter que continuar tentando. E eu não pretendo continuar lutando aqui dentro (da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul). Vou lutar lá fora. Vou continuar escrevendo sobre isso, denunciando essas práticas, ajudando a organizar as pessoas em favor de outro modelo de política. Acho uma tarefa importante que pretendo continuar cumprindo por toda a vida. Não estou saindo da política, estou saindo do parlamento, de uma representação parlamentar.
Esse aumento do poder econômico no sistema político e dentro dos partidos parece que só vem crescendo nas últimas eleições. Quando a gente acha que a situação não pode piorar ela piora um pouco mais, como aconteceu essa semana com a aprovação da PEC do Orçamento Impositivo, que obriga o governo a pagar todas as emendas individuais dos parlamentares ao orçamento da União, até o valor de R$ 10 milhões por deputado e senador.
Exatamente. Há algumas coincidências que são impressionantes. O mesmo Congresso que não consegue votar o fim da guerra fiscal, um mínimo de reforma tributária para o país, a reforma política e eleitoral, um imposto sobre as grandes fortunas, coisas que todos dizem serem justas e necessárias, no meio dessa crise toda, 376 deputados, com toda a facilidade e rapidez, aprovam uma proposta de clientelismo impositivo.
As emendas parlamentares, por si só, já são uma excrescência da política, um clientelismo escancarado, a antessala da corrupção. Todo mundo que já passou por uma prefeitura sabe disso. De certa forma, é a legalização da corrupção e do clientelismo. Com exceção do PT que, para meu desgosto e contrariedade, liberou o voto, todos os demais partidos, inclusive os ditos esquerdistas do PSOL, votaram favoravelmente. Esses partidos orientaram o voto ‘sim’ nos dois turnos. Como o PT não fechou questão, ao menos os deputados que integram a Mensagem ao Partido e alguns outros votaram contra (outros 40 deputados do PT votaram a favor).
Mas a nossa bancada deveria ter fechado questão. Aqui expresso uma contrariedade, não com o sistema eleitoral, mas com atual executiva nacional do partido Eu sou parte da direção, mas sou minoria dentro do Diretório desde a fundação do partido. Como é que essa direção coordenada pelo Rui Falcão, que é o presidente do partido, sequer estabelece uma orientação para a bancada. Pode até perder. Mas se você não orienta, não diz que determinada política está errada, fica difícil. Ninguém defende que essa PEC é uma política correta e republicana. Se todos os partidos orientam o voto ‘sim’ e o nosso libera o voto, nem o nosso partido se distingue. Nós nos diluímos no oportunismo, na submissão, na cumplicidade com práticas que ninguém consegue defender abertamente.
Como é que você quer que o eleitor, olhando para isso, vá confiar nos partidos políticos. Nós estamos afundando um processo de representação democrática duramente alcançado, que não é nenhum paraíso, mas que é superior às ditaduras e a muitas democracias já completamente dominadas pelo poder econômico como é o caso dos Estados Unidos. Essa lógica é mortal para o sistema democrático e só favorece o autoritarismo e saídas fascistas.
Os conceitos estão completamente confusos. Este ano vimos pessoas na rua gritando coisas como “ninguém nos representa”. Mas quem representa então? Existe outro partido em gestação que vai representá-los? O sistema é todo igual? Os partidos são todos iguais? Vamos criar a cada luta, a cada greve um novo partido que representa essa luta específica? Não. Há um acúmulo necessário para isso, um processo de identificação que nem sempre pode ser de cem por cento. Acho que o descrédito que está se criando hoje no Brasil é perigosíssimo, pois ele conduz às famosas saídas messiânicas de algum militar de plantão ou de algum populista autoritário querendo impor uma nova ordem.
Nós já vivemos isso. Como eu tenho 50 anos de experiência nas costas, sei bem como são essas coisas. Seria um desastre para nós um retrocesso desse tipo. Por isso eu quero lutar para ter partidos que controlem e punam os eleitos quando for o caso, para que os eleitos tenham fidelidade partidária, que sejam subordinados ao partido para votar as resoluções nas assembleias e nas câmaras. É essa noção de partido que precisamos fortalecer para termos uma democracia confiável com um mínimo de legitimidade. E nós estamos indo no caminho oposto. Já vimos outras vezes como, em momentos como este, sempre aparece um Castelo Branco, um Jânio Quadros, a figura salvadora da humanidade que, de maneira autoritária, resolve tudo.
Na sua avaliação, essas preocupações estão presentes nos debates do Processo de Eleições Diretas, pelo qual o PT renovará, pelo voto dos filiados, todas as suas direções agora em novembro?
O problema é que esses vícios do poder econômico vão para dentro do partido. O nosso estatuto e o nosso código de ética proíbem tais coisas. O artigo 14 do Código de Ética, por exemplo, diz que o que foi feito na votação da PEC que tornou as emendas parlamentares impositivas é proibido no PT. Os deputados que votaram a favor dessa medida, que é flagrantemente clientelista e contrária a critérios republicanos e democráticos no gasto público, tinham que ser punidos, suspensos. Praticamente a metade da bancada teria que ser suspensa. Ou essas pessoas são enquadradas ou então que se rasgue o código de ética.
Nós estamos em plena disputa interna no PT. O quarto congresso do partido, talvez sensível a esse quadro das ruas que já se expressava no ano passado, aprovou regras e normas bastante rígidas para esse Processo de Eleições Diretas que vivemos agora. Essas regras fariam com que o tamanho do colégio eleitoral apto a votar caísse drasticamente. Dos 1,7 milhão de filiados, que o PT tem hoje aproximadamente, votaria um número muito menor. A maioria desses filiados não paga as contribuições mensais. Há inclusive dirigentes partidários, cargos de confiança e parlamentares que não estão com as contribuições em dia. Se a regra aprovada no congresso fosse para valer, teríamos algumas dezenas de milhares de filiados aptos a votar neste PED (no último PED votaram cerca de 500 mil filiados).
Diante desse cenário, a atual direção do partido defendeu que não poderíamos baixar o número de votantes pois passaria uma imagem negativa para fora. Esse foi o argumento apresentado no Diretório Nacional que, por maioria, começou a afrouxar as regras. Nos últimos dias, há uma verdadeira explosão do quórum do colégio eleitoral, um crescimento exponencial do número de eleitores, com evidente incidência do poder econômico, colocando em dia as contribuições de filiados. Há filiados pagando por outros, filiados que descobrem que alguém já pagou a sua contribuição e que eles vão poder votar. Só que esse alguém que pagou vai dizer em quem eles devem votar.
Nós discutimos essa questão e fomos derrotados no Diretório. Foi muito conflitivo pois, para nós, o Congresso é uma instância superior ao Diretório e, portanto, este não poderia revogar uma regra aprovada no primeiro. Mas o Diretório, por maioria, acabou mudando as regras, alegando razões de prestígio externo do partido.
Eu prefiro mostrar para fora um partido real, com regras claras e bem definidas, do que um partido do inchaço. E agora estamos diante de um novo inchaço que vai deslegitimar o processo eleitoral. De novo, também no PT, ganha quem compra mais votos. Essa é, infelizmente, a dura realidade que estamos vivendo. É impossível, a cada ano, a gente começar de novo, um novo partido, uma nova sigla. Precisamos travar uma luta interna, pois nestes 33 anos de vida do PT nós construímos uma experiência riquíssima e muito forte. Estamos ultrapassando a casa dos 1,7 milhões de filiados e tenho a certeza de que a maioria dessas pessoas não concorda com esse tipo de método.
Temos aí, portanto, um espaço de trabalho político, de disputa e de convencimento. Mas esse processo de inchaço do colégio eleitoral não deixa de ser um elemento corruptor também. Se isso virar uma prática permanente dentro do partido, que não possa ser revertida no Congresso ou no Diretório do partido, nós vamos ter que pensar outras formas de organização, começar de novo, com todos os problemas que isso implica.
Eu disse há alguns dias numa entrevista que os partidos não têm prazo de validade e também não há nenhum desígnio dos céus dizendo que vai durar 20, 30 ou 100 anos. É a prática social, a identidade dessa luta com a vida, com a realidade, que determina essas coisas. Não sou profeta, não sei bem o que vai acontecer no próximo período. Pela experiência acumulada, a gente sabe que tem coisas que não dão certo. Algumas coisas eu tenho certeza que não darão certo. Mas não sei se teremos capacidade de nos contrapormos a essas práticas. Pode ser que sim, pode ser que não. Acho que neste momento a gente precisa brigar com as regras do jogo que estão na mesa e tentar convencer o maior número possível de militantes de que não podemos abandonar princípios éticos e morais na política. O preço que nos é cobrado depois é muito maior. Ou a política tem outro padrão que não o da força ou das regras do esquecimento, ou nunca vamos conseguir formar cidadãos plenos, com capacidade de discernimento e capazes de construir alternativas melhores.
Ou nós conseguimos convencer um grande número de militantes que esse tipo de prática é um câncer dentro do partido, ou o partido vai morrer canceroso e nós vamos ter que construir outro e começar de novo. Essa é a minha opinião.

domingo, 1 de setembro de 2013

Resultados Primeira Rodada do Campeonato Nortense.

                                  
                         RESULTADOS DA 1ª  RODADA DO CAMPEONATO NORTENSE



                                     E.C. capivarense---   0     x   1    E.C.  Guarani  

                            Associação Internacional  2   x   0      E. C. Ari Barroso

                            A.E. Varzense    ------------------      S.C. Barrense       Transferido

                            E.C. Passinho    ------------------      E. C. Bujuruense   Transferido

                            E. C. Bujuru -----------------   1      x   1   E. C. Oriente


          CRED- NORTE  INFORMA

sábado, 31 de agosto de 2013

Certame Nortense terá inicio neste Domingooooo com os seguintes jogos. confira : Matéria deste blogueiro.

 

finalmente deverá acontecer neste domingo a primeira rodada pelo certame municipal de futebol, numa promoção da Secretaria Municipal do Turismo e Promoções, através do seu
Departamento de Esportes.


A rodada inicial nas duas chaves que integram o campeonato estava marcada para o último fim de semana, mas, a incidência de chuvas em toda a região, além do intenso frio que se fazia sentir, fez com que o evento fosse transferido para este domingo.

Com isso, o torcedor nortense, pode ver suas equipes em campo, poderá prestigiar os jogos que ocorrerão, por força do respectivo carnê, em Capivaras, Estreito, Várzea, e Bujuru.

A rodada deste domingo                   Praça de Esporte onde serão disputados os jogos

  • Capivarense0  x  1 Guarani                                          Capivaras
  • Internacional 2 x  0 Ari Barroso                                     Estreito
  • Varzense x Barrense                                                     Varzéa Tranferido p/outra data

  • Passinho x Bujuruense                                           Passinho  Transferido pelo falecimento de uma pessoa querida pela comunidade e ex:Presidente desta agremiação Senhor Elias Caminha.

  • Bujuru  1   x  1    Oriente                                                       Bujuru
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  •                              Folga - Bonsucesso

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Alves diz que é 'incompatível' deputado preso exercer o mandato Presidente da Câmara se diz frustrado com baixa presença na votação, o que ajudou a preservar Donadon, e justifica sua decisão de afastar o colega do cargo


O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), classificou em entrevista ao Estado como “incompatível” a possibilidade de Natan Donadon (sem partido-RO) exercer o mandato de deputado estando preso. Ele se disse frustrado com o baixo quórum na votação que decidiu pela manutenção do cargo de Donadon e afirmou que sua decisão de afastar o colega do cargo enquanto estiver detido foi para “preservar o parlamento”.
Deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), mesmo preso, escapou de cassação na quarta-feira,28 - Dida Sampaio/AE
Dida Sampaio/AE
Deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), mesmo preso, escapou de cassação na quarta-feira,28
“O parlamentar não poderá exercer o mandato porque vai estar preso em uma penitenciária. Como vai conciliar sua prisão, sua detenção por um processo penal transitado em julgado com o exercício da atividade parlamentar? É incompatível”, disse. Questionado sobre o motivo que o levou a essa decisão, mencionou a intenção de proteger a Casa. “Acho que foi para preservar o parlamento naquilo que eu poderia fazer”, argumentou.
Alves disse respeitar a “decisão soberana” do plenário de manter o mandato de Donadon, mas lamentou a baixa presença na votação, quando apenas 405 dos 513 parlamentares registraram o voto. Faltaram 24 votos para que o deputado fosse cassado.
“Eu lamento apenas, o que me frustrou muito, foi o baixo comparecimento na hora da votação. Durante o dia, 480 deputados estavam na Casa. Aberto o painel, 460 registraram presença e na hora de votar apenas 405. A frustração não foi pelo voto sim ou não, que é um direito de cada parlamentar e eu tenho que respeitar, mas não ter um quórum melhor, mais adequado para uma definição desta importância, que o País esperava uma manifestação da Casa. Então foi frustrante por este aspecto”, afirmou.





terça-feira, 27 de agosto de 2013

Médicos cubanos e eleições 2014

Fiquei muito surpreso ao tomar conhecimento de que o Brasil vai contratar quatro mil médicos cubanos e pagar diretamente ao Estado Cubano dez mil reais por mês, além da ajuda de custo para cada um deles. E mais surpreso ainda quando fica claro que os respectivos diplomas estarão dispensados de revalidação no Brasil.
Porém, sem entrar em maiores detalhes, não compreendo a ação daquela a quem mantemos e ora comanda o País e a todos nós, contribuintes, pois é mais do que claro que preferiríamos que esses recursos fossem pagos aos nossos médicos brasileiros. E por múltiplas razões, sendo a primeira e mais importante a de que tais recursos seriam gastos e aplicados aqui no Brasil, com o que, além de reverter em novos impostos, impulsionariam a economia do Brasil, não a economia de Cuba. E absolutamente sem saber e sem ter qualquer controle de quanto Cuba pagará para cada médico contratado.
 No entanto, não é este o foco desta manifestação. O foco presente é que, embora a destempo, a nossa mandatária maior está em campanha para as eleições de 2014. E se é assim mesmo, como parece ser, não há a menor dúvida de que comete equívoco de grande monta.
 Como não sou profeta, e menos ainda profeta do acontecido, é que escrevo e publico este texto exatamente para comprovar a assertiva. E por tais razões afirmo, enquanto cientista social, enquanto cientista político, e enquanto cidadão e contribuinte, que há imenso risco nessa ação de Estado. Isso mesmo, pois caso se mantenha essa decisão, há risco quase certo de a atual mandatária perder a eleições de 2014 a qual pretende ganhar, ainda mesmo que seja em segundo turno. Sim, pois no primeiro turno já se faz corrente que não obteria percentual de votos suficientes para a vitória.
 E essa própria afirmativa já é, por si mesma, outra surpresa, pois é de se ter por certo que quem faz alguma coisa deve necessariamente saber o que faz. Porém, tantos já viram, e ainda verão, nem sempre é assim! 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Temer e Amorim chegam atrasados a evento e são vaiados Público da formatura da Academia Militar das Agulhas Negras teve de esperar duas horas pelos dois, sob forte calor



RESENDE - O vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o ministro da Defesa Celso Amorim foram vaiados neste sábado, 24, por grande parte dos parentes e convidados de 476 cadetes durante a cerimônia anual de Entrega de Espadins na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, no sul fluminense. Os dois chegaram ao pátio interno da Aman, onde eram aguardados pelo público sob intenso calor, com duas horas de atraso.
Muitos parentes de militares estavam em pé desde as 8h e usavam guarda-chuvas para se proteger do sol de meio-dia. Alguns mais idosos passaram mal por causa do forte calor - a reportagem perguntou o número de atendimentos no fim da cerimônia, mas não obteve resposta. O bancário Irineu Roque, de 55 anos, que mora no Rio Grande do Sul, viajou até Resende para acompanhar a formatura militar do sobrinho. "Acho que foi um descuido inaceitável", disse ele. "Entendi que (o protesto) foi pelo atraso. Autoridades têm suas limitações, mas têm facilidades também", acrescentou. A estudante de publicidade e noiva de militar Naiara Araújo, de 21 anos, foi uma das poucas a não vaiar. "Não era necessário, a gente tem a rua para fazer isso. O momento aqui é de comemoração", justificou.
Em entrevista após a cerimônia, Temer atribuiu as vaias ao atraso e disse que a atitude das famílias era justificável, classificando a reação de "modestíssima". "Este pessoal está sob sol inclemente. Se eu estivesse aí, não sei se também não me incorporaria", declarou o vice-presidente. Ele disse que pensou em desmarcar sua participação, mas acabou decidindo ir mesmo atrasado. Segundo assessores, Temer saiu de São Paulo de avião e não teve teto para pousar em Guaratinguetá, por isso precisou ir até São José dos Campos, de onde seguiu de helicóptero militar até a Aman. O vice-presidente não mencionou isso na entrevista.
"Acho que foi esta a razão (o atraso), não vejo outra", disse Temer, referindo-se ao protesto. "Afinal, os cadetes e suas famílias são pessoas disciplinadíssimas, mas para quem ficou sob calor insuportável por 2 ou 3 horas talvez tenha sido uma modestíssima reação", acrescentou.
Amorim saiu de carro do Rio e também chegou atrasado. Indagado se as manifestações haviam chegado à academia militar, o ministro classificou o protesto como "natural" para quem ficou esperando tanto tempo no calor, mas ressalvou que "depois, quando houve referência a mim e ao vice-presidente (nos discursos), não houve nenhuma reação". "Todos somos seres humanos", disse o ministro, atribuindo as vaias "ao sol e a coisas que estão um pouco fora do nosso controle".
Sem desculpa. Temer e Amorim não se desculparam pelo atraso. O acesso à Aman fica na Via Dutra, a 143 km do Rio e a 260 km de São Paulo. A entrega de espadins é uma das mais tradicionais cerimônias do calendário acadêmico militar. Réplica reduzida da espada de combate de Duque de Caxias, o espadim é entregue desde a década de 1930 aos cadetes que realizam o curso básico. Ao concluir o curso, após quatro anos, eles o devolvem e recebem a espada maior de oficial.
Dos 476 cadetes que participaram da cerimônia de ontem, a maioria é das regiões sudeste (277) e sul (82). Também estão matriculados no 1º ano da Aman 8 estrangeiros - de Angola, Nigéria, Paraguai, Peru, Suriname (2) e Venezuela (2). O nome da turma homenageia a sangrenta Batalha do Tuiuti, ocorrida em 24 de maio de 1866.

sábado, 24 de agosto de 2013

Prefeitura e Fundação Hospitalar Getúlio Vargas assinam convênio




Em ato realizado no auditório do Ministério Publico, na tarde de hoje, 22, contando com a presença de autoridades do Município, representantes da Coordenadoria Regional da Saúde e da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, foi assinado o termo de convênio entre a Prefeitura Municipal e aquela fundação para a implantação de sistema de gerenciamento hospitalar, com base na administração de outros hospitais, sob a responsabilidade da Fundação Hospitalar, com matriz em Sapucaia do Sul.
Após a formação da mesa principal, que ficou composta com a presença do prefeito Zeny Oliveira; do vice-prefeito Francisco Xavier; Adilson Troca (deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa); Aline Alves (Secretaria Municipal da Saúde); vereador Christino Mattos de Azevedo (representando o Legislativo Municipal); Milton Martins (titular da Coordenadoria Regional da Saúde) e Laura Maria da Silva (representando a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas), a palavra foi dada aos integrantes da Mesa que discorreram sobre o trabalho de múltiplas reuniões, desenvolvido ao longo dos últimos sete meses para que chegasse aquele momento importante de uma primeira etapa, com a assinatura do convênio que oferecerá à comunidade nortense uma nova estratégia de gerenciamento hospitalar "100% SUS", como frizou Laura Silva.
O prefeito Zeny Oliveira agradeceu a união, sem cores partidárias, entre Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores, Secretaria Estadual da Saúde, Coordenadoria Estadual da Secretaria da Saúde, do deputado Adilson Troca e de todos que estiveram engajados na busca de soluções para a saúde nortense, lembrando que o Município vive um momento de muita euforia em vista dos investimentos que começam a chegar, sendo a saúde um dos pilares mestres para suportar a forte demanda que se avizinha.
Por sua vez, Milton Martins salientou que o governo do Estado coloca muita confiança na Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, pelo trabalho que essa entidade vem desenvolvendo em outras casas hospitalares e, ao mesmo tempo, disse que em setembro, São José do Norte deverá contar com a presença do Governador do Estado, Tarso Genro, e do Secretário Estadual da Saúde, deputado Ciro Simoni, para prestigiar a liberação de 2, 5 milhões de reais do Estado para investimentos no hospital São Francisco e, ao mesmo tempo, exortou as senhoras integrantes da Associação de Senhoras Voluntárias do São Francisco para que continuem realizando o trabalho meritório em favor daquela entidade, na busca contínua da melhor qualidade de saúde para o povo nortense.
Ao final da reunião, o prefeito Zeny Oliveira e a sra. Laura Silva assinaram o termo de compromisso, que oferece à Fundação Hospitalar Getúlio Vargas plenas condições de iniciar sua atividade a testa do hospital.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Dado Dolabella nega agressão a Piovani: "Se eu tivesse batido, teria deixado marca"

Já faz cinco anos que rolou o barraco Dado Dolabella x Luana Piovani, mas a polêmica continua rendendo. Tudo porque o rapaz teve sua condenação anulada pela justiça, que constatou que Lulu não é vulnerável, portanto, não se enquadra na Lei Maria da Penha.
No Facebook, segundo o Extra, Dadinho falou sobre a agressão à ex:
“Se eu tivesse batido nela (Luana) como ‘ELA AFIRMA’, ela, COM CERTEZA, não estaria na praia de biquíni poucas horas depois se beijando com seu atual ex Felipe Simão. Eu teria deixado marca! Pode ter certeza… Mas graças a Deus tenho minha consciência tranquila!!! Ela não tem uma marca!!! Veja o vídeo!! Ela cai de bêbada quando tenta me segurar cravando as unhas no meu braço!!! Sai pra lá! Agressão a mulher tem outro nome. COVARDIA. Isso você pode ter certeza que eu nunca fui!”

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Campeonato Nortense teve cerimônia de Abertura, tudo confirmado Carne e inicio dia 25/08/2013. Transferida para o dia 1º de de Setembro do corrente..Veja a Tabela do primeiro Turno do Mesmo e os Resultados das mesma. na primeira fase do 1 º Turno



 

O campeonato Nortense, hoje dia 22 de Agosto teve sua cerimônia de Abertura, onde contou com a Presença do Treinador Rudi Machado do E. C. São Paulo da cidade de Rio Grande, o Vice Presidente do Brasil de Pelotas Montanelli e do Árbitro Fifa Jean Pierre de Lima, entre as autoridades como o Prefeito Zeny e o Vice Xavier e o Deputado Estadual Adilson Troca, onde foi distribuído o Carnê do Campeonato as agremiações de farão parte da mesma.


1ª Rodada
E.C. Capivarense     0      x      1   E.C. Guarani
A.E. Internacional     2     x      0   E C. Ari Barroso
A.E. Varzense                 x        S.C. Barrense............................Transferido para o dia 20
E.C. Passinho                  x         E. C. Bujuruense.........................transferido para o dia 20
E. C. Bujuru             1     x      1   E. Oriente

                       Folga  - E. C. Bonsucesso

2ªRodada    
E. C. Ari Barroso     0     x   7       E.C. Capivarense
E. C. Guarani           0      x   1      A.E. Internacional
E.C Bujuruense        0    x     3      A. E Varzense
S.C. Barrense          3     x    1      E. C. Passinho
E. C. Oriente           0    x     0      E.C Bonsucesso
               
                       Folga -  E.C. Bujuru
3ª Rodada
E.C Capivarense    2      x   0      S.C Barrense
A.E. Internacional   1     x   0      E.C. Bujuruense
A.E. Varzense        0      x  0       E. C. Oriente
E.C. Bujuru            0     x   4      E.C. Guarani
E. C. Bonsucesso   3     x   0      E.C. Ari Barroso

                      Folga      -        E.C. Passinho

4ª Rodada
E. C. Bujuruense    0     x   2      E.C. Capivarense
E.C. Oriente          1     x   0    A.E. Internacional
S.C Barrense         1     x   1      E. C. Bonsucesso
E.C. Ari Barroso    0     x   1      E. C. Bujuru
E.C. Guarani         1     x     2    E.C. Passinho

                   Folga      -       A.E. Varzense
5ª Rodada
E.C. Capivarense  0     x   0    E.C. Oriente
A.E. Varzense      0     x   0    E.C. Guarani
E. C. Passinho     3      x  2    E.C. Ari Barroso
E.C. Bujuru         0      x  4      S.C Barrense
E.C. Bonsucesso 5      x  0        E. C. Bujuruense

                    Folga       -         A.E. Internacional


6ªRodada
E.C. Oriente       1      x 1         EC. Passinho
E.C. Bujuruense  1      x 4         E.C. Bujuru
S.C. Barrense     3      x 2        A.E. Internacional
E.C. Ari Barroso 0     x  0        A.E. Varzense
E.C. Guarani      2      x 4         E.C. Bonsucesso

                              Folga    -   E. C. Capivarense

sábado, 17 de agosto de 2013

Marques de Souza e São José são campeões nortenses do Guri Bom de Bola


Os campeões da etapa municipal do Guri Bom de Bola foram revelados na tarde de terça-feira (13) com a disputa pelas categorias masculino e feminino do Futebol de Campo. Os meninos da E.E.E.F. Marques de Souza e as meninas do I.E.E. São José seguem para a fase regional, que será realizada em Rio Grande no dia 24, às 9h, no estádio do Sport Club São Paulo.
O Projeto Bom de Bola é uma competição de futebol de campo promovida pela RBS TV, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec). Destinado a meninos e meninas de 11 a 14 anos, matriculados em escolas públicas e particulares, o campeonato escolar promove o esporte amador, a educação para a cidadania e o desenvolvimento humano, democrático e integral dos participantes.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Municipal de Futebol com início marcado para o dia 25/08. Confira a Chave "A" e "B" do Campeonato Nortense.


Considerando entraves surgidos quanto às condições para o início do campeonato municipal de futebol, elaborado pelo Departamento de Esportes da Secretaria Municipal do Turismo e Promoções, cujo início estava marcado para este domingo, o titular daquele Departamento entendeu por bem transferí-lo para o próximo dia 25.
Segundo informou Larry Lucas Garcia, o certame deste ano seguirá praticamente os moldes do campeonato de 2012, posto que a única mudança prevista acontecerá na segunda fase, quando serão realizados dois quadrangulares, com turno e returno.
Os 11 clubes inscritos foram divididos em duas chaves, com 6 e 3 clubes, respectivamente.
Pela chave A
  • EC Bonsucesso
  • AE Varzense
  • EC Passinho
  • EC Bujuru
  • EC Capivarense
  • AE Internacional
 
Pela Chave B
  • EC Guarani
  • EC Barrense
  • EC Oriente
  • EC Ari Barroso
  • EC Bujuruense
                                                           Pé na bola

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Bandeirantes monitora PT


O Palácio dos Bandeirantes detectou: um dos organizadores dos protestos marcados para hoje contra Alckmin é Raimundo Vieira Bonfim, assessor de Habitação da Bancada do PT na Assembleia Legislativa de SP e coordenador geral da Central de Movimentos Populares do Estado de São Paulo.

                                                                                 Pé na bola

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Petrobrás reduziu em 41% contrato suspeito Revisão do valor de negócio com empreiteira Odebrecht ocorreu após auditoria interna; lobista apontou contrato como fonte de doações para campanha eleitoral de 2010


RIO - A adoção da contabilidade de hedge (proteção) por companhias abertas para reduzir o impacto da alta do dólar nos resultados do segundo trimestre está sendo apurada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O regulador pediu explicações para pelo menos dois grupos: Petrobrás e Braskem.
Uma consulta a dados públicos revela que a Superintendência de Relações comEmpresas (SEP) da CVM abriu processos administrativos para analisar as informações trimestrais dessas companhias. O da estatal foi iniciado ontem, três dias após a publicação do balanço financeiro do segundo trimestre.
Consultada, a CVM informou que não comenta casos específicos. No entanto, confirmou que a SEP "está analisando o referido tema contábil para um conjunto de companhias, no âmbito do Sistema de Supervisão Baseada em Risco (SBR)".
A prática da contabilidade de hedge é legal e autorizada no País desde 2009. A opção por esse modelo já foi feita anteriormente por grandes companhias. A hipótese é que a CVM esteja questionando o momento e a forma como as duas empresas comunicaram ao mercado a nova política. Esse mecanismo neutraliza parte do impacto da variação sobre a dívida da empresa no curto prazo.
Em entrevista coletiva ontem, o diretor financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa, afirmou que a contabilidade de hedge "veio para ficar".
Para Barbassa, a contabilidade de hedge é um instrumento muito útil para países em desenvolvimento, que têm maior dificuldade de captar recursos no mercado internacional "e acabam expostas a variações". Além disso, reduz a volatilidade no resultado fruto de variações cambiais.
Repercussão. A decisão da Petrobrás teve forte repercussão no mercado por ter sido tomada em meio à escalada do dólar.
No segundo trimestre do ano passado, quando o dólar se valorizou 10,93%, a Petrobrás registrou prejuízo de R$ 1,346 bilhão, o primeiro balanço no vermelho desde a maxidesvalorização do real, em 1999.
Tanto a estatal quanto a Braskem passaram a adotar a contabilidade de hedge em maio. No entanto, as companhias só comunicaram a nova prática ao mercado em julho, quando os balanços já estavam fechados.
É possível que a CVM também olhe a maneira como o impacto dessa contabilidade foi destrinchada nos balanços. Outro ponto é verificar se as companhias cumpriram o trâmite necessário à adoção do hedge. Por exemplo, se há garantias de receita futura compatível com a perda contábil referente ao efeito do câmbio sobre a dívida.
Na contabilidade de hedge as exportações são usadas como proteção contra a variação da dívida em moeda estrangeira. A manobra elimina o descasamento contábil entre os efeitos benéficos da valorização do câmbio na receita de empresas exportadoras - mais demorado - e o imediato peso negativo sobre a variação da dívida em moeda estrangeira.
A decisão da Petrobrás de adotar a mudança a partir de maio evitou um resultado trimestral fraco. O lucro de R$ 6,201 bilhões reportado entre abril e junho foi alcançado porque um montante de R$ 7,982 bilhões em perdas cambiais não foi contabilizado no resultado, mas no patrimônio líquido da empresa.
No caso da Braskem, o hedge adotado evitou que o prejuízo líquido de R$ 128 milhões no segundo trimestre fosse mais de oito vezes superior.
O prejuízo da petroquímica teria chegado a R$ 1,082 bilhão no período, segundo a própria empresa.
O início da temporada de balanços do segundo trimestre já indica que nos próximos meses outras companhias tendem a usar a contabilidade de hedge. A mineradora Vale informou que estuda a adoção da prática.
No entanto, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, declarou em teleconferência com analistas e investidores que a empresa decidiu não usar a prática no segundo trimestre para não parecer uma medida "casuística".

Geografia de SJNorte - Veja como e linda nossa Praia do Mar Grosso que infelizmente a mídia televisiva não divulga.

                                           Nossa linda Praia do Mar Grosso O município, localizado em uma península, é banhado a...