segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Histórias do Rio Grande do Sul

O perfil geográfico do Rio Grande do Sul foi formado por sucessivas transformações que iniciaram há cerca de 600 milhões de anos. Esse território já foi um mar, já foi um deserto, e em várias regiões aconteceram soterramentos massivos por derrames de lava. Crê-se que somente há dois milhões de anos a geografia se definiu mais ou menos como hoje a conhecemos, quando se fixou a faixa arenosa do litoral. A vida na pré-história do Rio Grande do Sul foi rica em espécies animais e vegetais, sendo encontrados muitos fósseis em especial na área da Paleorrota. Há apenas cerca de 11 mil anos iniciou a ocupação humana, com a chegada de grupos de caçadores-coletores vindos do norte, que se instalaram em todos os recantos do estado, formando culturas como a Umbu, a Humaitá, e a Sambaqui. A cultura Taquara alcançou até mesmo algum grau de sofisticação, visível na cerâmica que produziram e na engenharia de abrigos subterrâneos, interligados por túneis, revestidos de pedra cimentada com barro, muitas vezes associados com outras construções superficiais como plataformas de pedra. Outros vestígios desses habitantes foram encontrados na forma de instrumentos de pedra lascada, inscrições rupestres, amuletos, tumbas e ossadas.[3] Essa fase prosseguiu sem mudanças significativas até a chegada de uma segunda onda migratória há dois mil anos, composta por índios guaranis oriundos da Amazônia. Sendo um povo mais forte e mais organizado, submeteram praticamente todos os antigos habitantes, introduzindo também a agricultura e aperfeiçoando a cerâmica. Quando o Brasil foi "descoberto", em 1500, quase todos os índios do estado, que somavam de 100 mil a 150 mil na estimativa dos estudiosos, já eram guaranis ou estavam misturados a eles. Os grupos menos afetados por essa invasão foram os gês do planalto médio, e os charruas e minuanos, do pampa.[3] [editar]Início da colonização O território que hoje constitui o Rio Grande do Sul já constava nos mapas portugueses, sob o nome de Capitania d'El-Rei, desde o século XVI. A despeito do Tratado de Tordesilhas, que definia o fim das terras portuguesas na altura de Laguna, Portugal ansiava por estender seus domínios até a foz do Rio da Prata. No século XVII bandeirantes de São Paulo já percorriam a área em busca de tesouros e para escravizar os índios. Nesse espírito, ignorando os tratados, em 17 de julho de 1676, através de Carta Régia, Portugal delimitou duas capitanias no sul, que em conjunto se estendiam de Laguna até o Rio da Prata, doadas ao Visconde de Asseca e a João Correia de Sá.[3] Em 22 de novembro de 1676 a bula papal Romani Pontificis Pastoralis Solicitudo veio fortalecer as pretensões portuguesas, pois ao criar o bispado do Rio de Janeiro, estabelecia como seus limites desde a costa e sertão da Capitania do Espírito Santo até o Rio da Prata. Logo em seguida a Coroa Portuguesa passou a cogitar seriamente a ocupação das terras do sul, legalmente espanholas

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