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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Estaleiro EBR mantém obra em São José do Norte com dificuldades





Empresa aporta capital próprio no empreendimento devido aos cortes de repasses do Fundo da Marinha Mercante
Jefferson Klein
JOÃO MATTOS/JC
Aumento no número de trabalhadores da planta, previsto para 2015, não será concretizado no momento
Aumento no número de trabalhadores da planta, previsto para 2015, não será concretizado no momento
O impacto da Operação Lava Jato (que investiga a corrupção na Petrobras e em contratos firmados pela estatal) no setor da construção naval também pode ser sentido na Metade Sul gaúcha. Apesar de a companhia Estaleiros do Brasil (EBR) seguir com a implantação do seu estaleiro no município de São José do Norte, a empresa está aportando recursos próprios no empreendimento devido à suspensão de repasses provenientes do Fundo da Marinha Mercante. Outra questão pendente é a possibilidade de atrasar a finalização da integração dos módulos no casco da plataforma de petróleo P-74, que será feita no complexo.

O vice-prefeito de São José do Norte, Francisco Elifalete Xavier, comenta que a comunidade está vivendo uma mistura de otimismo com receio. O dirigente revela que, recentemente, conversou com o presidente da EBR, Alberto Padilla, e o executivo confirmou que havia uma grande dificuldade para a liberação de recursos oriundos do Fundo da Marinha Mercante. Conforme Xavier, esse repasse atualmente está suspenso. “Hoje, o empreendimento está andando com recursos próprios, o que causa uma preocupação”, frisa o vice-prefeito. O dirigente também enfatiza que essa prática tem um limite e se a situação perdurar por mais de 90 dias ficará mais complicada.

Xavier ressalta que não há previsão de dispensa de funcionários. No entanto, o aumento do número de trabalhadores que deveria ocorrer no começo deste ano não acontecerá. O vice-prefeito descarta a possibilidade de um retrocesso, com o encerramento das atividades, mas teme o retardo das ações e o reflexo na geração dos empregos. O dirigente ainda comenta que, até o momento, já teriam sido aplicados cerca de R$ 300 milhões no empreendimento.

Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a assessoria da EBR informou que, por enquanto, a companhia não está se pronunciando para a imprensa. O grupo Toyo Setal (controlador da EBR) firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal quanto ao esquema de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato. Antes da EBR impor esse período de silêncio, em maio de 2014, o presidente da empresa afirmou que aproximadamente 75% das obras do estaleiro (que iniciaram em setembro de 2013) já haviam sido concluídas. O término do empreendimento estava previsto para este mês de janeiro.

Para 2015, no pico dos trabalhos na P-74, a estimativa era de que cerca de 3 mil pessoas estariam trabalhando na unidade. Padilla disse ainda que o cronograma previsto para a plataforma deveria ser cumprido com a entrega da P-74 para a Petrobras no próximo mês de dezembro.

Atualmente, a EBR está desenvolvendo as obras do próprio estaleiro e adiantando os trabalhos que são possíveis da P-74, antes da chegada do casco da estrutura que está sendo preparado no Rio de Janeiro. No momento, estão atuando no complexo em torno de 700 trabalhadores. De acordo com dados do site da EBR, a companhia está investindo R$ 500 milhões nas primeiras etapas de construção de seu estaleiro localizado no Rio Grande do Sul. A unidade terá capacidade de processar 110 mil toneladas de aço por ano e cais com 820 metros lineares para executar serviços de integração em duas plataformas FPSOs (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo) simultaneamente.

Transporte dos funcionários de Rio Grande a São José do Norte é feito com auxílio de lanchas

Um dos pleitos da prefeitura e de trabalhadores de São José do Norte é que a EBR aproveite o máximo possível de mão de obra da região. Na semana passada, metalúrgicos fizeram uma manifestação para sensibilizar a empresa sobre isso. O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte (Stimmmerg), Sadi Machado, adianta que uma reunião foi marcada para amanhã para discutir o assunto. Porém, o sindicalista enfatiza que uma reivindicação cobrada já foi atendida: o transporte de funcionários entre Rio Grande e São José do Norte através de uma lancha exclusiva. O veículo deverá ser disponibilizado até o final do mês.
Apesar da Operação Lava Jato, Machado informa que o dia a dia de trabalho permanece normal. Porém, há um clima de insegurança. O sindicalista detalha que a EBR, aparentemente, não demitiu, ao contrário do que houve no estaleiro da Ecovix, em Rio Grande, que desmobilizou em torno de 2 mil trabalhadores. O vice-presidente do sindicato diz que atualmente são cerca de 6 mil funcionários atuando na Ecovix e há rumores de que a companhia planeja enxugar o quadro para atingir o patamar de 4,5 mil pessoas. “Será um impacto enorme se isso ocorrer.”

O dirigente acredita que parte da mão de obra, se houver demissões em Rio Grande, pode ser assumida pela EBR.

O vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) na região Sul, Eduardo Krause, não crê em fechamentos de unidades de construção naval em Rio Grande. “O que estou visualizando é uma diminuição em um período, como acontece com qualquer pessoa física ou jurídica que fica combalida”, compara. Para o dirigente, a situação é passageira. Krause, que esteve na semana passada visitando o estaleiro da EBR, constatou que o complexo está operando normalmente. No entanto, admite que a empresa sofrerá dificuldades. “Todos eles (estaleiros) fizeram operações, absolutamente legais, no Fundo da Marinha Mercante, que foram aprovadas, publicadas no Diário Oficial da União e o repasse não está vindo”, comenta.
Krause vê esse contexto com naturalidade, devido à Operação Lava Jato, e classifica como um obstáculo temporário. “É algo de uma órbita que não é a da indústria, é uma questão, vamos chamar de criminal, que o Judiciário está examinando, que não vai impedir de o País andar para frente”, argumenta. O dirigente ainda acrescenta que as maiores reservas nacionais de petróleo e de gás estão localizadas, justamente, no mar e, portanto, terão que ser tomadas medidas para prospectar esses recursos, como é o caso da construção já prevista de navios e plataformas.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

DEBOCHE


Que escárnio! A Câmara dos Deputados foi usada terça-feira à noite para a realização de uma festa para comemorar - vejam só - 5 mil edições de um boletim editado pela bancada petista. Presentes no local, deputados, ministros e dirigentes do PT. Durante o festivo acontecimento, foi inaugurada uma exposição chamada “Histórias de Lutas e Conquistas do PT”. De repente - como estava previsto pelos organizadores - o assunto mensalão veio à baila. Rui Falcão, que já foi considerado asqueroso pelo Planalto e agora desfruta de prestígio na sigla, quis falar à imprensa para comentar o tratamento que o PT pretende dispensar aos condenados do mensalão. A saber: José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha. Pelo estatuto do Partido dos Trabalhadores, filiados da sigla condenados “por crime infamante ou por práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado”, podem ser expulsos. É isso mesmo, podem, mas devem. Reparem que escândalo. Rui Falcão, do alto de sua pretensão, veio a público para dizer - pasmem - que “não houve nenhum desvio administrativo”. Em razão disso, entenda-se, os corruptos e quadrilheiros reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal, por decisão da direção do PT, não sofrerão nenhum tipo de sanção partidária. Com a maior cara de pau do mundo, Falcão justificou: “O estatuto não se aplica a eles”. E mais: ele chegou a dizer que José Genoino - hoje suplente de deputado - se quiser, pode assumir uma cadeira na Câmara Federal numa vaga aberta pela renúncia de outro companheiro. “Se ele quiser, é um direito dele. Imagino que ele queira.” Que desrespeito! Isso é um “tapa” na cara da nação. Mas os festivos mensaleiros não estão nem aí. O canoense Marco Maia, com argumentos baseados em seus conhecimentos jurídicos, saiu com esta: “Ele pode tomar posse. É uma garantia da Constituição”. Reparem, ele está contestando o Supremo Tribunal Federal, uma Corte carregada de eminentes juízes, todos eles reconhecidos como homens de notável saber jurídico. De duas uma: ou o Supremo Tribunal errou ao condenar José Genoino, ou Marco Maia não entende nada, absolutamente nada da Constituição. Se o presidente da Câmara dos Deputados der posse ao suplente encrencado com o Supremo, José Genoino corre o risco de deixar logo, logo o prédio do Congresso Nacional. De camburão! Dilma fortalecida Depois de um encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que é do PMDB e foi reeleito ainda no primeiro turno com grande vantagem, fez um rápido balanço das eleições municipais de outubro e disse que houve uma grande vitória dos partidos da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff. Para ele, isso dá mais confiabilidade à presidente Dilma, inclusive para o cenário de 2014. “Houve uma grande vitória dos partidos da base do governo”, avaliou Paes.

Geografia de SJNorte - Veja como e linda nossa Praia do Mar Grosso que infelizmente a mídia televisiva não divulga.

                                           Nossa linda Praia do Mar Grosso O município, localizado em uma península, é banhado a...