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sábado, 2 de setembro de 2017

A insustentável herança maldita


O que aconteceu com esse governo foi mais um equívoco na história das trapalhadas que a esquerda leninista comete sempre, agora dentro do PT. O fracasso é o grande orgulho dos revolucionários masoquistas. Pelo fracasso constrói-se uma espécie de 'martírio enobrecedor', já que socialismo hoje é impossível. Erraram com tanta obviedade (no mensalão por exemplo ou no escândalo dos 'aloprados'), com tanto desprezo pelas evidências de perigo, tanta subestimação do inimigo, que a única explicação é o desejo de serem flagrados. Sem contar o sentimento de superioridade que se arrogaram sobre nós, os 'alienados burgueses neoliberais'.
Conheço a turminha que está no poder hoje, desde os idos de 1963, e adivinhava o que estava por vir. Conheci muitos, de perto.
Nos meus 20 anos, era impossível não ser 'de esquerda'. Nós queríamos ser como os homens heroicos que conquistaram Cuba, os longos cabelos de Camilo Cienfuegos, o charuto do Guevara, a 'pachanga' dançada na chuva linda do dia em que entraram em Havana, exaustos, barbados, com fuzis na mão e embriagados de vitória.
A genialidade de Marx me fascinava. Um companheiro me disse uma vez: "Marx estudou economia, história e filosofia e, um dia, sentou na mesa e escreveu um programa racional para reorganizar a humanidade". Era a invencível beleza da Razão, o poder das ideias 'justas', que me estimulava a largar qualquer profissão 'burguesa'. Meu avô dizia: "Cuidado, Arnaldinho, os comunistas se acham médiuns, aquilo parece tenda espírita...". Eu não liguei e fui para os 'aparelhos', as reuniões de 'base' e, para meu desespero, me decepcionei.
Em vez do charme infinito dos cubanos, comecei a ver o erro, plantado em duas raízes: ou o erro de uma patética organização estratégica que nunca se completava e, a 'margarida que apareceu' agora com todo esplendor: a Incompetência (com 'i' maiúsculo), a mais granítica, imaculada incompetência que vi na vida. Por quê? Porque a incompetência do comuna típico é o despreparo sem dúvidas, é a burrice alçada à condição de certeza absoluta. É um ridículo silogismo: "Eu sou a favor do bem, logo não posso errar e, logo, não preciso estudar nem pesquisar". Por que essa incompetência larvar, no DNA do comuna? Porque eles não lutam pelo 'governo' de algo; lutam pelo poder de um futuro que não conhecem. O paradoxo é que odeiam o que têm de governar: um país capitalista. Como pode um comuna administrar o capitalismo? O velho stalinista Marcos Stokol confessou outro dia no jornal: "O PT entrou no governo porque queremos mudar o Estado". Todos os erros e burrices que eu via na UNE e nas reuniões do PC eram de arrepiar os cabelos. Eu pensei horrorizado quando vi o PT no poder: vão fornicar tudo. Fornicaram.
E olhem que estou me referindo apenas ao 'rationale' básico, psicológico, de uma 'boa consciência' incompetente que professam. Sem mencionar a roubalheira justificada pela ideologia - "desapropriar os bens da burguesia para nossos fins". A fome de uma porcada magra invadindo o batatal - isso eu não esperava.
Como era fácil viver segundo os escassos 'sentimentos' catalogados pelos comunas: ou o companheiro estava sendo 'aventureiro' ou 'provocador' ou então era 'oportunista, hesitante, pequeno-burguês' ou sectário ou 'obreirista' ou sei lá o quê. Era fácil viver; ignorávamos os ignorantes, os neuróticos, os paranoicos, os psicopatas, os burros e os sempre presentes filhos da p... Nas reuniões e assembleias, surgia sempre a voz rombuda da burrice. Aliás, burrice tem sido muito subestimada nas análises históricas. No entanto, ela é presença obrigatória, a convidada de honra: a burrice sólida, marmórea. Vivíamos assediados por lugares-comuns. O imperialismo era a 'contradição principal' de tudo (vejam o ardor com que condenaram a 'invasão americana' de nossos segredos de Estado há pouco. Quais? Quanto a Delta levou, onde está o Lula?). As discussões intermináveis, os diagnósticos mal lidos da Academia da URSS sempre despencavam, esfarinhavam-se diante do enigma eterno: "O que fazer?". E ninguém sabia.
E veio a sucessão de derrotas. Derrota em 64, derrota em 68, derrota na luta armada, derrotas sem-fim.
Até que surgiu, nos anos 70, uma homem novo: Lula, diante de um mar de metalúrgicos no ABC. Aí, começou a romaria em volta da súbita aparição do messias operário, o ungido. Lula foi envolvido num novelo de ideologias e dogmas dos comunas desempregados, desfigurando de saída o que seria o PT.
Quando comecei a criticar o PT e o Lula, 'petralhas' me acusaram de ser de direita, udenista contra operários. Não era nada disso; era o pavor, o medo de que a velha incompetência administrativa e política do 'janguismo' se repetisse no Brasil, que tinha sido saneado pelo governo de FHC. Não deu outra. O retrocesso foi terrível porque estava tudo pronto para a modernização do País; mas o avião foi detido na hora da decolagem. Hoje, vemos mais uma 'revolução' fracassada; não uma revolução com armas ou com o povo, mas uma revolução feita de malas pretas, de dinheiro subtraído de estatais, da desmoralização das instituições republicanas. Hoje, vemos o final dessa epopeia burra, vemos que a estratégia de Dirceu e seus comparsas era a tomada do poder pelo apodrecimento das instituições burguesas, uma espécie de 'gramscianismo pela corrupção' ou talvez um 'stalinismo de resultados'.
O perigo é que os intelectuais catequizados ainda pensam: "O PT desmoralizado ainda é um mal menor que o inimigo principal - os tucanos neoliberais".
Como escreveu minha filha Juliana Jabor, mestra em antropologia, "ajudado por intelectuais fiéis, Lula poderá se apropriar da situação com seu carisma inabalável, para ocupar a 'função paterna' que está vaga desde o fim do seu governo. Pode ser eleito de novo e a multidão se transformará, aí sim, em 'massa'. O 'movimento' perderá o seu caráter de produção de subjetividades e se transformará numa massa guiada por um líder 

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Fezes de pássaro e preenchimento com sangue são tratamentos para o Oscar


    


As estrelas de Hollywood que querem estar em seu melhor momento na maior noite do ano de Hollywood têm como opção tratamentos de beleza que vão do luxuoso ao simplesmente maluco, como um enfeite de diamante negro para unha de 250 mil dólares e tratamentos faciais usando fezes de pássaros.
A entrega do Oscar em 24 de fevereiro tem tanto a ver com moda quanto com filmes, já que a chegada ao tapete vermelho e a cerimônia televisionadas atraem um público estimado de um bilhão de pessoas em todo o mundo.
É uma noite em que as mulheres - e os homens - não poupam gastos para deslumbrar outros convidados do Oscar e encerrar uma corrida de dois meses de premiações para recompensar as principais estrelas e filmes do ano anterior.
"É o 'grand finale' da temporada de premiações, então as celebridades usam todos os artefatos quando se trata de moda e beleza", disse o especialista em estilo Sam Saboura, que apresenta um programa de moda no canal a cabo TLC. "Eles estão dispostos a ir a qualquer extremo para aperfeiçoar sua aparência e deixar a sua marca no tapete vermelho."
No passado, a sempre jovem atriz Demi Moore, 50 anos, admitiu ter colocado sanguessugas em sua pele para desintoxicar o seu sangue. Gwyneth Paltrow uma vez chegou a uma estreia com suas costas cobertas de hematomas circulares de "ventosas", uma forma de acupuntura que dizem estimular o fluxo de sangue e aliviar o stress.
Angelina Jolie disse à Vanity Fair em 2011 que seus filhos Maddox e Pax fizeram tratamentos de pedicure em que peixes "comiam a pele morta dos pés", enquanto o empresário de música Simon Cowell foi noticiado carregando doses de oxigênio inalável para manter sua aparência.
Lifting vampiro   Este ano, há uma novidade no uso de injetáveis preenchedores da pele para suavizar rugas faciais: o Vampire FaceLift (lifting facial vampiro), que mistura preenchimento com sangue do próprio paciente.
O cirurgião plástico Paul Nassif, que oferece o serviço no seu consultório de Beverly Hills, diz que este processo envolve a remoção de um tubo de sangue do paciente, o isolamento de determinados componentes e, em seguida, misturá-los com um material de preenchimento para injetá-lo de volta à pele.
"É um golpe duplo", disse Nassif à Reuters. "Você tem uma resposta imediata do preenchimento, e os benefícios no longo prazo são a formação de um novo colágeno, volume natural e pele mais saudável", comentou.


Tópicos: EUATRATAMENTOSBELEZAOSCAR*

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Vergonha mais Partidos quanto deveram diminuir, chega de partidos Aluguéis Para ter mais gasto e mais dois para surrupiar o povo. tem quer dar um basta nesse Sistema arcaico.

                                                                  
Vergonha mais Partidos quanto deveram diminuir, chega de partidos Aluguéis Para ter mais gasto e mais dois para surrupiar o povo. tem quer dar um basta nesse
                                             Sistema arcaico

Com críticas às recentes mudanças de partido negociadas especialmente pelas duas novas legendas brasileiras - o Pros e o Solidariedade -, os senadores aprovaram na noite desta terça-feira, 08, o projeto que inibe a criação de siglas no País. O projeto, aprovado em abril na Câmara dos Deputados, restringe o acesso dos novatos ao tempo de televisão e ao fundo partidário. Sem alterações no Senado, a matéria segue agora para a sanção da presidente Dilma Rousseff.


A retomada do assunto, encampada pelo PMDB, ocorre na primeira sessão após o encerramento do prazo para mudanças de partido e criação de novas siglas, vencido no sábado, 05. As novas regras valem para as eleições de 2016. O texto define o cálculo de rateio do Fundo Partidário e do tempo de televisão com base na bancada eleita.

Dessa forma, o partido Rede Sustentabilidade da ex-senadora Marina Silva, que teve sua criação rejeitada pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada, será diretamente atingido, já que primeiro precisará eleger deputados federais para acessar os recursos do fundo e ter direito a tempo de propaganda de rádio e TV. Os únicos votos contrários à proposta, inclusive, foram de senadores simpáticos à ex-ministra: Pedro Simon (PMDB-RS), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Lídice da Mata (PSB-BA).

Polêmica

Desde o início, os prejuízos à Marina foram o grande impasse da proposta. Os governistas defendiam a matéria e argumentavam que já há siglas em número suficiente no País. Na oposição, a crítica era que o PT, para beneficiar a presidente Dilma e seu projeto de reeleição, queria barrar a candidatura de Marina.

As reações surgiram logo após a aprovação, em abril, do texto pelos deputados. A tramitação da proposta foi suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que concedeu uma liminar suspendendo as discussões do tema. A decisão foi uma resposta à provocação do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) que, no dia seguinte à aprovação da proposta na Câmara, entrou com um mandato de segurança no STF para barrar a matéria. Esse foi, inclusive, o primeiro movimento de aproximação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que formalizaram aliança no último sábado

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Mais de 2 mil políticos com mandato recebiam Bolsa Família Ministério do Desenvolvimento Social sustou pagamentos a 2.168 pessoas em situação irregular. Isto em 2012. Hoje mais de 5.000 recebiam.


O Ministério do Desenvolvimento Social constatou que 2.168 políticos que estão atualmente em exercício de mandato recebiam o benefício do programa Bolsa Família de forma irregular. A comprovação foi feita após uma busca para identificar beneficiários que foram eleitos em 2012. O pagamento a todos os envolvidos foi cancelado pelo governo.
Desde o início do ano, o ministério trabalhou em um cruzamento de dados que analisou a lista de contemplados pelo programa e a base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esta é a primeira vez que o procedimento é feito desde o início do programa Bolsa Família, criado há dez anos.
Na primeira fase do levantamento, foram identificadas 2.272 pessoas que poderiam se enquadrar na irregularidade. Todas elas tiveram o benefício suspenso em fevereiro. Entretanto, depois de enviar questionários sobre a situação desses políticos, o ministério contatou que 104 deles não tomaram posse e, portanto, continuam com o direito de receber a bolsa.
De acordo com o decreto presidencial 5.209, de 2004, as famílias atendidas pelo programa perdem o direito ao pagamento mensal, que varia entre R$ 32 e R$ 306, em caso de "posse do beneficiário do Programa Bolsa Família em cargo eletivo remunerado, de qualquer das três esferas de Governo".
Além do cancelamento do benefício, uma lei de 2004 define que a pessoa que se beneficia do programa de forma ilegal e tem consciência da irregularidade é obrigada a ressarcir o valor recebido. A norma prevê ainda que a devolução seja feita com atualização monetária baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC)

Tópicos: Bolsa famíliaPolíticos




        Pé na bola



segunda-feira, 6 de junho de 2016

Dar uma de democrata como e facil nesta situação que o País esta vivendo por desmando e super faturamento das obras públicas


Lula diz que apoia protestos no Brasil e critica atuação da polícia: 'Ninguém em sã consciência pode ser contra manifestações da sociedade civil porque a democracia não é um pacto de silêncio'



  • FHC diz que protestos não devem ser classificados como ação de 'baderneiros' e critica repressão. Ele afirma que é melhor entender as manifestações, perceber que 'decorrem da carestia, da má qualidade dos serviços públicos, das injustiças, da corrupção.' Veja mais em http://migre.me/f4j4h

    Foto: Nilton Fukuda/Estadão
    Já naquele tempo. Como foi difícil desmascarar a corrupção no nosso País. Maquiagem em cima de maquiagem para ganhar o poder. graça ao bom Deus parece que o povo acordou para a assistência que o governo estava fazendo e afundado o nosso Brasil. como Bolsas, Minha Casa minha divida, entre outros Lei ruahnet, MST, e outros assistencialismo. Agora e torcer para que  a operação Lava - Jato  leve este demagogo para cadeia, seja ele que Partido for. chega ninguém aguenta mais tanta irresponsabilidade do poder Público.

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  •                                                              Pé na bola

  • O blogspot Informativo da Cidade.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Gasto público não cabe no Pibinho. E continuan enganando

O crescimento econômico deve cair pela metade entre os governos de Lula e Dilma, de uma média de 4% ao ano para cerca de 2%, tomando as atuais projeções do mercado para a expansão do PIB em 2013 e 2014.
Com a perspectiva de quatro anos de alta anual do PIB de 2%, está em processo uma revisão generalizada dos cálculos de PIB potencial do Brasil. Os números entre 4% e 5% são coisa do passado. Hoje se fala em algo entre 2% e 3%, e vários analistas acham que o cálculo correto está mais para o piso do que para o teto deste intervalo.
Uma discussão relevante são as consequências econômicas, sociais e políticas de vários anos de baixo crescimento. Há até quem creia que isso não é tão dramático assim, pois a prioridade da sociedade brasileira é a distribuição de renda e a extensão de direitos sociais, como demonstrado por sucessivas eleições presidenciais desde a redemocratização.
O problema, porém, é que a desaceleração do crescimento pode minar as bases do “pacto social” da redemocratização, tirando a capacidade do Estado de manter o entusiasmante ritmo de crescimento do consumo dos mais pobres durante a era Lula, e dificultando muito a recém-surgida agenda de melhora dos serviços públicos, na esteira dos protestos populares iniciados em junho.
O economista Mansueto Almeida, do Ipea, acaba de concluir uma nota sobre perspectivas fiscais extremamente preocupante. Ele mostra que o crescimento da despesa primária (não financeira) federal no governo de Dilma Rousseff deve atingir 2,3 pontos porcentuais do PIB (chegando a 19,73%), praticamente a mesma expansão dos 12 anos dos governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula, que acumularam, no total, 2,4 pontos porcentuais do PIB.
Quem olha para esses números conclui, à primeira vista, que a presidente Dilma é uma gastadora contumaz, mas este é um raciocínio enganoso. Na verdade, o problema não está no numerador do gasto, mas sim no denominador do PIB.
Mansueto usou as projeções de crescimento e de inflação de mercado, colhidas pelo Banco Central no relatório Focus, para fazer essas comparações.
Quanto ao crescimento nominal da despesa em si, o economista mostrou que, desde 2000, ele é relativamente regular, ficando quase sempre nos dois dígitos, sendo que em anos eleitorais (2002, 2006 e 2010), a expansão foi de 14% a 15%.
Assim, Mansueto tomou como hipótese que o crescimento da despesa primária do governo central seja de 11% em 2013, o mesmo registrado em 2012, e de 14% em 2014, em linha com o ocorrido em outras eleições recentes.
Se isto ocorrer, a despesa anual atingirá R$ 945 bilhões no último ano do governo Dilma, a valores de 2013, e provavelmente ultrapassará R$ 1 trilhão, a valores correntes.
Lula, o mais gastador
Quando se olham as taxas de crescimento do gasto em termos absolutos, e não como proporção do PIB, fica claro que Lula II foi a presidência mais gastadora. Entre 2006 e 2010, houve um aumento do gasto primário federal anual de R$ 200,91 bilhões. Dilma, na verdade, desacelerou este ritmo, com crescimento projetado (de acordo com as hipóteses acima) de R$ 178,60 bilhões. No primeiro mandato de Lula, a expansão foi de R$ 122,14 bilhões; e, no segundo de Fernando Henrique, de R$ 76,17 bilhões.
Acontece, porém, que, como proporção do PIB, o gasto subiu apenas 0,47 ponto porcentual no segundo governo Lula (para 17,43%), exatamente pelo crescimento mais acelerado da economia (a média anual foi de 4,6% no segundo mandato).
A visão de Mansueto é de que o crescimento do gasto público federal brasileiro criou uma inércia num nível muito alto, que, durante a era Lula, tornou-se viável pela aceleração do crescimento. O problema, porém, é que, também na era Lula, aquela inércia num nível elevado de expansão ganhou mais impulso e consolidou-se ainda mais, com o governo decididamente gastador no segundo mandato.
Agora, porém, com a aparente redução do crescimento potencial para algo próximo a 2%, “o padrão de crescimento da despesa federal não cabe no PIB”, como o economista escreve na nota. Ele prossegue, notando que, “assim, dada a impossibilidade real e/ou política de controlar o gasto, o ajuste deverá vir por uma combinação de inflação e/ou aumento da dívida pública”.
Eu acrescentaria a possibilidade de novo aumento da carga tributária, mas que seria mais uma trava no crescimento e poderia agravar a situação no médio e longo prazo.
O papel da inflação
Mansueto considera que “esse forte crescimento da despesa primária deve se traduzir em uma queda do superávit primário”. Supondo que a receita não aumente como percentagem do PIB (isto é, que não haja aumento da carga tributária), ele acha que o País caminha para um superávit primário muito próximo a 1% do PIB em 2014.
Na verdade, há um processo de desaceleração do crescimento de receitas, e, para aumentar a carga tributária, provavelmente seria necessário criar novos tributos ou elevar alíquotas – o que certamente provocaria furor na população que foi às ruas reclamar da péssima relação custo-benefício dos serviços públicos.
O economista do Ipea faz a ressalva de que todos os seus cálculos baseiam-se nas projeções de inflação do Focus, de, por exemplo, 5,8% em 2014. Se a inflação for muito maior, pode corroer o valor real do aumento nominal das despesas, e levar a um crescimento como proporção do PIB menor.
Mas ele observa que “isso (alta da inflação) gera vários outros problemas e não deveria ser usado em hipótese alguma como estratégia de reduzir o gasto fiscal real”. Mais adiante, o economista acrescenta que “por incrível que pareça, quem vai definir a queda do primário (como porcentual do PIB) será a inflação”.
Mansueto conclui com a observação de que obviamente o cenário melhoraria se o PIB voltasse a crescer 4%, mas que é difícil imaginar que isto ocorra com a elevada carga tributária, com investimentos federais de apenas 1,3% do PIB e sem o boom de commodities que impulsionou a economia na era Lula.
Ele nota que, de janeiro a junho deste ano, o crescimento de apenas R$ 333 milhões do investimento federal se compara uma expansão da despesa primária de R$ 49 bilhões – em ambos os casos, em relação ao primeiro semestre de 2012.
Assim, continua o pesquisador do Ipea, “está se delineando no Brasil um cenário de forte redução do superávit primário e de crescimento do gasto não financeiro do governo federal, dificultando a recuperação do investimento público e a redução da carga tributária”.
“Se o crescimento não voltar”, ele alerta, “os políticos terão que encontrar meios para convencer as ruas que as demandas legítimas por mais serviço público não poderão ser atendidas no curto-prazo”.
Fernando Dantas é jornalista do Broadcast. E-mail: fernando.dantas@estadao.com

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Veja o que Dilma , Falou no inicio deste ano sobre diminuir a conta de Luz de todo cidadão Brasileiro. Obvio antes das eleições. Palavra de honra da presidente.




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Falando como candidata à reeleição, em tom incisivo, Dilma dedicou boa parte dos seus oito minutos de pronunciamento para atacar "aqueles que são sempre do contra" e responder aos que "se precipitaram com previsões sem fundamento" de que não seria possível cumprir a promessa de redução da tarifa, além de alardear "previsões alarmistas" de que o País vivia risco de racionamento.
Irritada com as críticas de analistas e integrantes da oposição, a presidente fez questão de responder no mesmo tom as críticas surgidas nas últimos semanas. "Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento, quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram."
"Estamos vendo como erraram os que diziam meses atrás que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia e que tentavam amedrontar o nosso povo, entre outras coisas, com a queda do emprego e a perda do poder de compra do salário", acrescentou.
Diversos especialistas afirmaram que o uso das usinas termoelétricas - que produzem energia mais cara - acabaria afetando a proposta do Palácio do Planalto de reduzir o custo da eletricidade no País.
Para todos. A presidente também deixou claro que a redução da conta de luz será aplicada em todas a regiões, mesmo nos Estados onde as concessionárias não aceitaram renovar suas concessões seguindo as regras impostas pelo Planalto. "Aproveito para esclarecer que os cidadãos atendidos pelas concessionárias que não aderiram ao nosso esforço terão ainda assim sua conta de luz reduzida como todos os brasileiros", afirmou a presidente, em um claro recado aos governos tucanos de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. "Espero que, em breve, até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa venham a concordar com o que estou dizendo", prosseguiu.
Dilma destacou que o País "vive uma situação privilegiada no mundo" ao reduzir as tarifas ao mesmo tempo em que aumenta em 7% a oferta de energia. "O Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente, para o futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazos", afirmou.
Em seguida, Dilma passou a listar números para provar que o País tem "toda a energia que precisa" para "crescer e bem" neste e nos próximos anos. Segundo a presidente, os investimentos feitos "vão nos permitir dobrar, em 15 anos, nossa capacidade instalada de energia elétrica, que hoje é de 121 mil megawatts".

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Maioria dos governos estaduais ignora renda complementar ao Bolsa Família Dois anos após plano ser lançado, apenas quatro Estados - RJ, ES, MT e RS - e o DF formalizaram pactos no qual se comprometem com recursos adicionais ao que é pago pelo programa federal


SÃO PAULO - Em junho de 2011, ao lançar o Brasil Sem Miséria, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo aos governadores. Disse que o apoio deles seria "fundamental" para atingir a meta de retirar 16,2 milhões de brasileiros da situação de miséria. Nos meses seguintes ela visitou cada região do País para reforçar o pedido e formalizar iniciativas conjuntas. Passados dois anos, levantamento feito pelo Estado mostra que essa relação entre o governo federal e as unidades federativas para o combate à miséria ainda patina.
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A maioria dos governadores declara apoio à iniciativa de Dilma e procura atrair recursos do programa para seus Estados. Mas eles ainda investem pouco de seus cofres.
Devido à diversidade das frentes de ação desencadeadas pelo Brasil Sem Miséria, o levantamento focou a atitude dos Estados na questão da transferência de renda - um dos três pilares do programa, ao lado da inclusão produtiva e do acesso a serviços públicos de qualidade. Verificou-se, a partir de informações fornecidas pelos governos, que 17 Estados e o Distrito Federal possuem algum tipo de programa de transferência de renda; e que eles variam de repasses regulares e mensais às famílias mais vulneráveis a benefícios concedidos sazonalmente a trabalhadores rurais, bolsas para combater a evasão escolar, abonos de Natal.
De acordo com as mesmas fontes, durante todo o ano de 2012 as transferências feitas por esses Estados beneficiaram 1,4 milhão de famílias, com um total aproximado de R$ 970,6 milhões. Os números não são muito diferentes dos registrados em 2011, indicando que a resposta ao apelo de Dilma tem sido lenta.
Por mais que os números engordem nos próximos anos, porém, dificilmente se aproximarão das cifras que saem de Brasília sob a mesma rubrica da transferência de renda. A planilha mais recente do Bolsa Família mostra que beneficiou 13,7 milhões de unidades familiares no mês de julho, com recursos de R$ 2,1 bilhões. É mais do que o dobro do que foi despendido durante todo o ano de 2012 por todos os programas dos Estados. Uma antiga reclamação dos governadores é que a arrecadação está concentrada nas mãos da União, o que impede investimentos mais robustos das unidades federativas.
Pactos. O governo federal vem tentando costurar pactos com os Estados, para que se comprometam com programas de transferência de renda regulares e complementares ao Bolsa Família. Até agora, porém, apenas quatro Estados - Rio, Espírito Santo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul - e o Distrito Federal formalizaram tais pactos de iniciativas conjuntas.
Dois governadores desse grupo são filiados ao PT, o partido da presidente Dilma: Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, e Agnelo Queiroz, do Distrito Federal. Os outros três estão na base aliada: Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo; Sérgio Cabral (PMDB), do Rio; e Silval Barbosa (PMDB), do Mato Grosso. Juntos, seus governos transferem cerca de R$ 27 por mês às famílias inscritas no Bolsa Família.
O governador do Rio foi o primeiro a responder ao apelo de Dilma e, através do pacto, passou a assegurar uma renda mínima per capita de R$ 100 para cada família beneficiada pelo Bolsa Família - cujo teto é de R$ 70 per capita. Isso significa que, nos casos em que a renda per capita não atinja R$ 100 mesmo após a transferência dos vários tipos de benefícios pagos por Brasília, o Estado complementa. No ano passado foram beneficiadas 212,6 mil famílias cariocas, com R$ 178,9 milhões.
O teto mais alto pactuado até agora com Brasília encontra-se no Distrito Federal, onde o governo local assegura um complemento até R$ 140 per capita.
Apesar de não terem formalizado pactos com o governo federal, outros sete Estados mantêm programas regulares de transferência de renda para as famílias mais pobres. Apenas dois deles, porém, no Paraná e em Santa Catarina, foram criados após o apelo de Dilma. Nos Estados do Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Roraima e São Paulo eles já existiam.
O do Amapá iniciou em 1996, segundo informações do governo. Denominado Renda para Viver Melhor, foi expandido no mandato de Camilo Capiberibe (PSB), que agora se articula para ser o próximo governador a formalizar o pacto com Brasília.
Ainda no grupo de Estados com ações de transferência sem pactos formais, quatro são dirigidos pelo PSDB, partido de oposição ao governo Dilma. Um deles, Marconi Perillo, destaca que o Renda Cidadã de Goiás existe desde 2000 e tem seus próprios focos. Não é um complemento do programa federal e no ano passado beneficiou 65,5 mil famílias, com R$ 101,1 milhões.

Petista e tucano. O recorte dos programas varia de um Estado para outro e nem sempre é possível identificá-los pela filiação partidária do governador.
Um exemplo disso aparece na mesma lista de pagamento de julho do Bolsa Família. Ela indica que o Estado que mais recebeu recursos no mês foi a Bahia, com R$ 275,6 milhões, destinados a 1,7 milhão de famílias; e que Roraima foi o que menos recebeu, com R$ 7,7 milhões, para 46,2 mil famílias.
O curioso é que a Bahia, do governador petista Jaques Vagner, não tem programa de transferência direta de renda. Segundo sua assessoria, prefere investir em ações de inclusão produtiva. Em contrapartida, o governador de Roraima, o tucano José de Anchieta Júnior, aposta no Crédito Social, programa de transferência que destinou R$ 74,4 milhões em 2012 para 51 mil famílias. Considerando o pequeno tamanho do Estado, é um dos programas mais bem fornidos do País.
Transferência de renda não é a única ação reservada aos Estados e vários deles desenvolvem outros projetos contra a miséria. Ela pode ser um bom parâmetro, porém, para começar a identificar ruídos nas articulações de Brasília com alguns governadores, os interesses deles por programas sociais e os limites da capacidade dos Estados.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Dilma diz que com um bom marchante Vira o jogo nas pesquisas. qual será a estratégia desta vez.


Brasília - A equipe de comunicação da presidente Dilma Rousseff avalia que ela levará quatro meses para reconquistar a popularidade perdida, mas não vê abalo irreversível em sua imagem. Em troca de e-mails com ministros e dirigentes do PT, o marqueteiro João Santana garantiu que Dilma tem todas as condições de se recuperar do "terremoto neopolítico" instalado no País com a onda de protestos e o clima de "tensão pré-eleitoral".
A estratégia de reação consiste agora no lançamento de projetos em várias frentes, principalmente em saúde e educação. O assunto foi tratado na reunião ministerial de segunda-feira, na Granja do Torto, quando Dilma encomendou uma "força-tarefa" para tirar projetos da gaveta. "Eu quero resultados, coisas concretas. Não adianta só publicidade", afirmou ela, de acordo com relato de ministros presentes à reunião.
O prazo de quatro meses para curar as feridas tem como base o tempo que projetos levam para ganhar visibilidade nas ruas e também o cenário previsto para a melhora de indicadores econômicos, apesar das dificuldades enfrentadas. O Planalto aposta no avanço de concessões e leilões neste segundo semestre.
A avaliação no núcleo político do governo é que a presidente reverterá o desgaste porque encarna o papel de líder forte, que abraça causas coletivas e acena para uma solução negociada. No diagnóstico do Planalto, a proposta do plebiscito sobre reforma política não teria aprovação tão alta nas pesquisas se ela tivesse uma imagem de descrédito. Os últimos levantamentos mostraram que a sugestão da consulta popular tem a simpatia da maioria da população.
Santana disse a Dilma e a um grupo seleto de petistas, nos últimos dias, que um "terremoto neopolítico" pode aparecer de repente, em qualquer governo, não se tratando de um movimento específico contra a presidente. Por esse raciocínio, os chefes do Executivo dos principais Estados e capitais foram questionados, sem levar em conta os partidos, como se as manifestações tivessem "efeito dominó" contra autoridades em geral.
Na análise enviada aos ministros, Santana também chamou a atenção para um dado importante: para ele, o caráter difuso das manifestações mostra que o poder central não foi abalado. O marqueteiro escreveu, ainda, que não há líder de oposição capaz de representar as insatisfações populares.
Apesar da tentativa de Santana de tranquilizar o PT, o governo admite que a campanha veiculada por partidos de oposição, escancarando na TV a alta de preços e a escalada inflacionária, foi bem sucedida.
Faxina. Em conversas reservadas, auxiliares de Dilma também dizem que ela fará tudo para recuperar a imagem do combate à corrupção. Em 2011, Dilma demitiu seis ministros envolvidos em suspeitas de desvio de dinheiro público. Recentemente, porém, representantes de partidos "varridos" pela "faxina ética" reconquistaram espaço na Esplanada, em troca da garantia de apoio a Dilma na campanha da reeleição, no ano que vem.
O estrago provocado na imagem da presidente pela onda de protestos também pode ser revertido, na avaliação dos petistas, com maior atenção ao Congresso e aos movimentos sociais. A presidente escanteou a política do governo, mas agora a ordem é pôr a simpatia na vitrine.
Acostumada a decidir sozinha as principais diretrizes de sua administração, Dilma adotou, a contragosto, o estilo de "ouvidora" da República. Para o Planalto, com essa fórmula, não há efeito bumerangue à vista. COLABOROU TÂNIA MONTEIRO

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O caso Pasadena entenda.Você está em Economia Petrobrás corta em 43% contrato de US$ 840 milhões com a Odebrecht


Uma auditoria interna da Petrobrás contestou contrato da petroleira com o grupo Odebrecht em torno de US$ 840 milhões para serviços em dez países. Depois de análise do órgão interno, que atua com independência, o montante a ser pago foi reduzido em 43% do valor original, a cerca de US$ 480 milhões.
O acordo inclui trabalhos de manutenção na refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos), onde a Petrobrás é investigada por ter firmado um contrato com falhas e comprado a unidade por preço acima do de mercado, como revelou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em julho do ano passado (leia texto ao lado).
O contrato foi tema de pauta em reunião de conselho de administração da companhia realizada há pouco mais de dois meses. A presidente Graça Foster fez questão de relatar o caso aos outros nove administradores da estatal, no conselho presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Em seu relato ao conselho, Graça Foster não comentou que estavam incluídos no contrato trabalhos na refinaria de Pasadena. O serviço foi contratado durante a gestão de seu antecessor, José Sérgio Gabrielli.
Destino. Apenas US$ 400 milhões foram inicialmente destinados para a Odebrecht. Restaram em torno de US$ 80 milhões a serem pagos pela Petrobrás. Graça disse na reunião que o montante só seria desembolsado caso empresas locais oferecessem preços mais altos pelos trabalhos acordados inicialmente com a Odebrecht. Todos os valores são aproximados.
O acordo foi feito com Odebrecht Engenharia Industrial, braço da construtora responsável por obras industriais da empresa no Brasil e no exterior, em áreas como petróleo, mineração, petroquímica e metalurgia.
A empresa é responsável pelo contrato de prestação de serviços para a área de Negócios Internacionais da Petrobrás, dentro do plano de ação de certificação em segurança, meio ambiente e saúde, denominado Projeto PAC SMS.
O contrato guarda-chuva contempla vários países e, em 2011, foi ampliado para incluir serviços específicos em Pasadena.
Sem comentários. Procurada, a Odebrecht não quis comentar. A Petrobrás também não se manifestou oficialmente. A petroleira não informou o motivo da redução dos valores, nem por que o contrato foi revisto. Tampouco detalhou os serviços e países envolvidos.
Mas o Broadcast apurou que o contrato revisto do Projeto PAC SMS inclui, além dos Estados Unidos, nove países que têm refinarias e estações de serviços da Petrobrás. São eles Argentina, Japão, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Chile, Equador, Bolívia e Brasil. Segundo uma fonte, o acordo foi reduzido quase à metade por ter sido considerado caro demais para os serviços oferecidos.
As obras são conduzidas em parceria com a Foz do Brasil, uma empresa do grupo Odebrecht para projetos ambientais. Conta com 26,53% de participação acionária do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).
O contrato suplementar para Pasadena foi firmado para recuperação, construção, montagem e elaboração de estudos e diagnósticos das áreas de SMS. Também inclui colocação de equipamentos e realização de serviços para contingência e combate a incêndios. E parece que ficar por isso mesmo. estamos a mercê dos poderosos.

                                       Pé na bola

terça-feira, 22 de julho de 2014

'Quem se importa?', reage Joaquim Barbosa sobre a criação de tribunais Presidente do Supremo Tribunal Federal, crítico da emenda que permite novos TRFs, se recusou a fazer mais comentários

Brasília - Crítico da criação dos quatro novos tribunais regionais federais, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, recorreu ontem ao inglês ao ser questionado por jornalistas sobre a decisão do presidente interino do Congresso, André Vargas (PT-PR), de promulgar a emenda constitucional. "Who cares? (Quem se importa?)", indagou Barbosa, que se recusou a fazer mais comentários.
Cerca de uma hora depois, ele afirmou, por meio da assessoria de comunicação do STF: "Por enquanto, no que se refere a esse tema, da criação dos tribunais, já cumpri o meu papel institucional como chefe do Poder Judiciário".
Em abril, Barbosa deixou claro que discorda da criação dos tribunais. Durante encontro com dirigentes de associações representativas de juízes, ele afirmou que a aprovação da proposta, apoiada por entidades de classe, ocorreu de forma sorrateira, "ao pé do ouvido" e no "cochicho". De forma irônica, o presidente do Supremo disse ainda na ocasião que as sedes desses tribunais deveriam ser instaladas em resorts, o mais perto possível da praia.
Ontem, ministros do STF comentavam que a criação dos TRFs deverá ser debatida em breve pelo tribunal. Se provocados por uma ação direta de inconstitucionalidade, eles terão de analisar, por exemplo, se a proposta deveria ter sido apresentada obrigatoriamente pelo Judiciário ou não.
Interiorização. A vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, defendeu ontem a criação dos TRFs. "Eu concordo. Eu já disse isso publicamente. Eu acho que a criação dos TRFs é um desdobramento da interiorização da Justiça Federal." 

quinta-feira, 10 de julho de 2014

FHC critica Lula e diz que petista 'mama' na elite Tucano reagiu às declarações do petista sobre o artigo 'O papel da oposição' e o 'desafiou' para nova eleição


SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 18, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sendo "malicioso" ao tentar colar a imagem da sigla tucana à das elites do País. "O Lula, que era contra a privatização, agora está em Londres falando para a Telefónica e ganhando US$ 100 mil. O filho dele é sócio de uma empresa de telefonia. Eles aderiram totalmente às transformações que nós provocamos e ainda vêm nos criticar dizendo que estamos a favor da elite contra o povo, enquanto eles estão mamando na elite. Cabe isso?", questionou FHC em entrevista ao programa "Começando o Dia", da Rádio Cultura FM.
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As declarações de Fernando Henrique foram feitas após o petista comentar artigo do ex-presidente tucano na revista Interesse Nacional, em que defendeu que o PSDB deve deixar de lado o "povão" e buscar diálogo com a nova classe média. "Não sei como alguém que estudou tanto e depois diz que quer esquecer do povão. O povão é a razão de ser do Brasil. E do povão fazem parte a classe média, a classe rica, os mais pobres, porque todos são brasileiros", ironizou Lula, após ministrar palestra em Londres.
Para Fernando Henrique, as declarações de Lula são "maliciosas". O tucano afirmou que o PT utiliza as políticas sociais "de maneira demagógica" e que a tentativa de ligar o PSDB às elites tem razão político-ideológica. Fernando Henrique disse que foi nos seus dois mandatos que foram iniciados os programas sociais que depois foram ampliados com a marca do governo Lula. "Me elegi duas vezes presidente, fiz políticas sociais e quem começou todos esses programas de bolsas foi o meu governo", afirmou.
Segundo FHC, o que ele defende em seu artigo é que "o PSDB caminhe falando com a população para ver quais são seus novos anseios numa sociedade que é muito mobilizada". "Não tem nada com a direita, e sim com os interesses novos da população", afirmou. De acordo com o ex-presidente, o PSDB deve fugir dessa "intriguinha" e discutir os problemas do povo.
Desafio. Fernando Henrique disse ainda que aceitaria disputar uma nova eleição contra Lula. "Ele (Lula) esquece-se de que eu o derrotei duas vezes. Quem sabe ele queira uma terceira. Eu topo", afirmou Fernando Henrique, adversário histórico de Lula e que foi eleito e reeleito para a Presidência da República em disputa contra o petista. "Se ele quiser discutir comigo, eu estou aberto", completou.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Aécio inicia 'caçada' na coalizão de Dilma Tucano aproveita desgaste do governo com sua base e negocia para que partidos como PDT, PP e PTB não deem apoio formal à petista


A insatisfação de partidos da base aliada com o governo da presidente Dilma Rousseff levou o PSDB a sair à caça de legendas aliadas ao Palácio do Planalto com o objetivo de montar palanques para a provável candidatura do senador Aécio Neves (MG) à Presidência da República em 2014.
Nas últimas semanas, os tucanos, entre os quais Aécio, intensificaram as conversas com "aliados" de Dilma, cortejando parlamentares, presidentes de partidos e governadores. O alvo são siglas como PMDB, PP, PTB, PSD e PDT, que têm em comum a afinidade com o governo do PT e com administrações tucanas pelo País.
A ideia é aproveitar o momento de desgate entre base e governo e abrir negociações que, se bem-sucedidas, evitariam o apoio formal de alguns desses partidos a Dilma - e, por tabela, desidratariam os minutos da petista no horário eleitoral na TV.
As conversas ainda estão embrionárias, já que o cenário tende a mudar até junho de 2014, quando há convenções, mas a estratégia já foi definida. Os tucanos farão concessões em Estados de modo a apresentar a aliados de Dilma "argumentos" para que, pelo menos, declarem independência. Um levantamento sobre potenciais alianças em todo o País foi encomendado ao secretário-geral do PSDB, deputado Mendes Thame (SP), e servirá de base para as negociações.
Como forma de demonstrar boa vontade com o PP, por exemplo, o PSDB pode apoiar a candidatura ao governo do Rio Grande do Sul da senadora Ana Amélia (PP). Aécio mantém boa relação com o partido, que ocupa a vice-governadoria em Minas e que tem em seus quadros um tio do tucano, Francisco Dornelles (RJ). O mineiro também pediu a aliados que se aproximem do senador Ciro Nogueira (PI), liderança do PP no Nordeste.
Alianças. Na presidência do PSDB desde maio, Aécio passou a costurar pessoalmente alianças, em contatos que abrangem de desafetos do PT, como Roberto Jefferson (PTB-RJ), a aliados, como o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), com quem esteve domingo e que protagoniza conflito com petistas que querem candidato a sua sucessão o senador Lindbergh Farias (PT). Na semana passada, o PMDB também foi alvo de investidas por meio de Paulo Hartung (PMDB), ex-governador do Espírito Santo, que deve apoiá-lo no Estado. Aécio mantém ainda contato com os irmãos peemedebistas Geddel e Lúcio Vieira Lima que, em disputa com o PT baiano, ameaçam abrir palanque para o tucano.
O PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, também está na mira do PSDB. Em Minas, deputados estaduais ameaçam sair da legenda caso seja formalizado o apoio ao PT. Há conversas encaminhadas com o PDT, de Carlos Lupi (RJ), e com o deputado Paulinho (SP), da Força Sindical - os tucanos querem o apoio formal do Solidariedade, partido a ser criado pelo parlamentar na eleição de 2014.
Os tucanos admitem que a base aliada ameaça o governo com a "romaria" a Aécio e a Eduardo Campos. Mas avaliam que as tratativas podem render frutos. Ciente do ataque, o Planalto se previne. Na semana passada, convidou o PTB para assumir a vice-presidência do Banco do Brasil.

Geografia de SJNorte - Veja como e linda nossa Praia do Mar Grosso que infelizmente a mídia televisiva não divulga.

                                           Nossa linda Praia do Mar Grosso O município, localizado em uma península, é banhado a...