sábado, 20 de junho de 2015

Operação Lava-Jato Entenda quais são as garantias do acordo entre Andrade Gutierrez e BNDES para a reforma do Beira-Rio Presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, foi preso preventivamente nessa sexta-feira

O contrato firmado entre Inter e Brio (subsidiária do Grupo Andrade Gutierrez criada para tocar a reforma do Beira-Rio) não prevê impacto direto ao clube caso a nova parceira, que agora administra as novas áreas do estádio, encontre problemas para honrar o financiamento para a obra obtido junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devido a problemas no grupo após a prisão preventiva, na Operação Lava-Jato, do presidente da empreiteira AG, Otávio Azevedo.
Para garantir os recursos junto à instituição financeira, a Brio ofereceu uma "cesta de garantias", formada por uma fiança em nome da Andrade Gutierrez S.A. e do BTG Pactual Holding (os fiadores do negócio), pelas ações da própria Brio e pelas receitas oriundas do chamado direito real de Superfície (DRS) — que estabelece o direito da empresa de gerir novas áreas como camarotes, cadeiras VIPs, estacionamento e skyboxes.

— O Inter não tem relação societária com a Brio. Assim, mesmo o pior cenário que poderia acontecer para o clube (em caso de problemas envolvendo a Brio) seria ter outro ator atuando. O BNDES poderia ficar como dono do direito real de superfície das áreas, de exploração — diz um integrante da direção colorada anterior.
A possibilidade de não pagamento da parcelas — que estão em dia — é rechaçada pelo executivo da Brio, Marcelo Flores.

Ele, que afirma acreditar na inocência dos executivos da empreiteira AG, explica que, em uma eventual falta de compromisso da Brio junto ao BNDES, os primeiros a serem acionados seriam os fundos da AG e do BTG. Perguntado sobre o direito de superfície, ele afirmou não poder se manifestar devido à confidencialidade contratual.
O ex-presidente Giovanni Luigi faz coro à tese de "imunidade" do clube frente a eventuais problemas:
— O grupo de estudos que foi criado no Inter para analisar minuciosamente o contrato com a Andrade Gutierrez para a reforma avaliou todos os detalhes para evitar que fossemos afetados no futuro. Temos total tranquilidade de que nem Inter, nem Beira-Rio serão afetados por qualquer problema que venha a atingir a AG.

Normalmente, em casos de descumprimento de contrato, a primeira ação do BNDES é acionar os fiadores. Um cenário de falência da Brio é considerado radical e muito improvável por fontes ouvidas por ZH. Por meio da assessoria de imprensa, o BNDES se limitou a considerar que "todos os empréstimos foram feitos com garantias sólidas para assegurar o recebimento dos recursos pelo banco".
O contrato com o BNDES
A SPE Holding Beira-Rio S/A (Brio) firmou dois contratos com o BNDES para financiamento da reforma do estádio que sediou cinco jogos da Copa do Mundo de 2014. Um tem valor de R$ 183,4 milhões (repassado em duas partes iguais por Banrisul e Banco do Brasil) e, o outro, de R$ 91,7 milhões. Assinados em 9 de abril de 2013 (dia do aniversário do clube), os documentos preveem pagamento mensais durante 13 anos (156 meses), com carência de 24 anos — ou seja, a Brio começou a pagar as parcelas do empréstimo em abril passado.
A SPE Holding Beira-Rio S/A (Brio) é uma sociedade anônima de capital fechado.
Os acionistas do grupo são:
50% mais uma ação — Fundo AG Invest, fundo de investimento pertencente ao Grupo Andrade Gutierrez
50% menos uma ação — Fundo de Investimentos em Participações Beira Rio, do Grupo BTG Pactual.
*Colaborou Leandro Behs

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