terça-feira, 18 de abril de 2017

Muitas pesquisas têm sido feitas para comprovar que beber um cafezinho pode prevenir a degeneração cognitiva provocada pelo envelhecimento.

Muitas pesquisas têm sido feitas para comprovar que beber um cafezinho pode prevenir a degeneração cognitiva provocada pelo envelhecimento. Nascida em São Gabriel, a neurocientista e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Lisiane Porciúncula, trabalha há pelo menos 10 anos em pesquisas que comprovam que a cafeína auxilia na prevenção do Mal de Alzheimer.
A pesquisa foi feita em parceria com a Universidade de Coimbra e foi feita em modelos experimentais da doença. O estudo mostrou que camundongos que receberam cafeína por 12 meses apresentaram mais facilidade em memorizar e desempenhar tarefas. Ao mesmo tempo, os animais já envelhecidos que receberam a substância tiveram desempenho similar ao dos animais jovens.
– Há evidências de que a cafeína preservaç as proteínas sinápticas e permite uma deterioração mais lenta delas, fazendo com que a perda seja menor. A nossa conclusão é que a cafeína previne o declínio cognitivo decorrente da idade – explica Lisiane.
A pesquisa envolve a substância cafeína, presente no café, em chás, no chimarrão e no chocolate.
Curiosidades
- O café é a segunda bebida mais popular do mundo, ficando atrás só da água.
- Café não é só cafeína. Cafés do tipo arábica tem apenas 1,2% da substância em sua composição. Já no café robusta, o mais comum no mercado, tem 2,4%. O restante são substâncias como antioxidantes, sais minerais e vitaminas.
- Kopi Luwac é um tipo de café exótico, citado até no cinema (o filme Antes de Partir, faz referência a ele). Produzido na Indonésia, ele é feito a partir das fezes do civeta, um mamífero africano que se alimenta do grão de café. No Brasil, uma versão é produzida no Espírito Santo, a partir das fezes do pássaro Jacu.
- Para que a experiência de beber um café seja realmente saborosa, é preciso ter um cuidado sequencial. Iss passa pelo plantio, colheita, torrefação, moagem e, principalmente, a preparação do café. “Não adianta o café ser da melhor qualidade, se não tiver uma pessoa que saiba realmente como preparar a bebida”, enfatiza o médico e barista Jader Pires.
- Café gelado também é bom. Alternativa para os dias quentes, o chamado “frapê” pode ser feito com sorvete ou com leite gelado e café.
Café e suas categorias
O barista Marcus Lellis Vieira, da Baristo, nos ajudou a classificar os tipos de café existentes nas gôndolas de supermercados e empórios locais. Antes de tudo, ele esclarece que a bebida é dividida em dois tipos: arábica e robusta. O arábica representa três quartos da produção mundial de café, é rico em aroma e ligeiramente ácido, tendo uma concentração de 1,2% de cafeína. Já o robusta representa um quarto da produção e tem maior concentração de cafeína: 2,4%. Conheça algumas características e saiba como reconhecer as categorias do café:
Café Gourmet
O café gourmet é diferenciado por ser mais aromático, ter mais sabor e praticamente nada de amargor. É feito com 100% de grão arábica, uma espécie delicada, com um cultivo diferenciado, e com uma carga genética especial. O arábica tem um número de cromossomos maior que o das outras espécies, o que o torna mais complexo (e mais cheiroso, também).
– Podemos fazer uma analogia com o vinho. Assim como temos vários tipos de uvas, que vão despertar vários sabores e aromas, no café também temos sabores mais adoçados ou mais cítricos, e isso tem interferência direta da espécie e da maneira como foi cultivado – explica Marcus.
Além de ser 100% arábica, para ser considerado um café gourmet o pacote do produto precisa ter uma válvula para liberar gás carbônico. O café que não tiver válvula não é gourmet. A seleção dos grãos também é um indicativo importante: eles geralmente são maiores e praticamente todos do mesmo tamanho.
Outra forma de identificá-los é pela homogeneidade da torra. Geralmente, os cafés com grãos em tamanhos ou cores diferentes são de qualidade inferior e não estão no ponto de maturação. O quilo de um café gourmet custa em torno de R$ 40, mas pode chegar até R$ 1 mil.
Café Superior
De modo geral, os cafés superiores têm em sua composição 80% de café arábica e 20% de robusta. Nestes, não existe uma grande diferença na classificação de cores e tamanhos dos grãos.
Café Tradicional
É o mais popular e barato do país. É uma mistura de vários tipos de grãos arábica e robusta, sem muita exigência para a seleção. Em função do aspecto pouco atraente da matéria-prima, é um tipo vendido moído. O sabor também é inferior. Porém, é o tipo mais encontrado em supermercados e o mais consumido no Brasil.

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